Secretário de Estado dos EUA será recebido pela presidenta Dilma às 16h30 desta terça
Agência Brasil
Assessores que preparam a visita, garantem, porém, que o mal-estar
não ofuscará a discussão de vários temas bilaterais comuns – como
inovação, tecnologia e ciência. Kerry terá encontro com a presidenta
Dilma Rousseff às 16h30 no Palácio do Planalto
Uma equipe de funcionários do governo dos Estados Unidos passou a
manhã de ontem (12) no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das
Relações Exteriores, para rastrear os locais por onde o secretário
passará. Os norte-americanos querem garantir que há segurança suficiente
em caso de protestos mais intensos, como o ocorrido em junho quando o
Itamaraty foi alvo de vândalos que destruíram vidraças e algumas peças
do prédio.
No Itamaraty, entretanto, a segurança para a visita de Kerry será a
mesma organizada para todos os chanceleres estrangeiros. O esquema é
feito por seguranças internos, que trabalham rotineiramente no
Itamaraty, pela guarda de representação que é formada por fuzileiros
navais e pela Polícia Militar, que é responsável pela segurança do lado
de fora do prédio.
Kerry chega ao Brasil, depois de passar pela Colômbia. Em Brasília,
ele tem reunião, às 9h, na Embaixada dos Estados Unidos, depois
conversa com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e segue para o
Itamaraty, para encontros com o chanceler Antonio Patriota. Kerry
concederá entrevista coletiva às 13h.
O secretário norte-americano está no Brasil no momento em que as
autoridades brasileiras aguardam mais informações dos Estados Unidos
sobre o monitoramento de dados de cidadãos nos meios de comunicação,
conforme denunciou Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa
terceirizada que prestava serviços para a Agência de Segurança Nacional
(NSA).
No cargo há seis meses, Kerry provocou críticas dos governos
latino-americanos ao se referir à América Latina como “quintal”. Os
presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Equador, Rafael Correa,
reagiram aos comentários cobrando explicações. Mas as autoridades
brasileiras preferiram minimizar os efeitos do comentário, ao
interpretar que houve uso indevido de palavra e não uma agressão.
O esforço dos assessores brasileiros e norte-americanos é para que a
visita de Kerry tenha resultados positivos. Nos últimos cinco anos, o
fluxo de comércio entre os Estados Unidos e o Brasil aumentou 11,3%,
passando de US$ 53,1 bilhões para US$ 59,1 bilhões. Os Estados Unidos
são o país com maior estoque de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED)
no Brasil, somando US$ 104 bilhões em 2010. Em 2012, os Estados Unidos
foram o maior investidor estrangeiro no Brasil.
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