8.16.2013

Sindicato dos Metroviários vai às ruas contra propinoduto tucano

Manifestação conta com apoio do Movimento Passe Livre (MPL) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)





Alckmin
O governador Geraldo Alckmin está na berlinda e será o principal alvo dos protestosO Sindicato dos Metroviários fará nesta quarta-feira 14 uma manifestação em São Paulo contra o suposto cartel nas licitações das obras de expansão do metrô. A manifestação, que conta com apoio de diversos movimentos sociais como o Movimento Passe Livre (MPL) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), está prevista para as 15h. A concentração será no Vale do Anhangabaú e depois seguirá até a Secretaria dos Transportes Metropolitanos.
De acordo com as investigações do Ministério Público, existem fortes indícios de formação de cartel e de fraudes em licitações da Companhia Paulista de Transporte Metropolitano (CPTM) e da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), entre os anos de 1999 e 2009.  O rombo do chamado "propinoduto" para os cofres públicos pode chegar a 615 milhões de reais. O MP se baseia na documentação fornecida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, que investiga o suposto cartel.
Em seu site, o MPL afirmou que a mobilização contribui na luta por um transporte verdadeiramente público, organizado de acordo com os interesses dos seus trabalhadores e usuários, e não pelo lucro das empresas e políticos. "O movimento enxerga a corrupção como só mais um elemento da lógica privatista que rege o transporte, em detrimento das necessidades da população. Não defendemos o 'fim da corrupção' porque sabemos que não se trata de um problema pontual, e sim estrutural. Defendemos o fim do lucro. A luta do MPL é por um transporte público fora da iniciativa privada, sob o controle de seus trabalhadores e usuários", afirmou o movimento.
Em nota, o Sindicato dos Metroviários observou que a corrupção do governador Geraldo Alckmin (PSDB) afeta a vida dos trabalhadores em transporte e os usuários. "Com o dinheiro desviado dos cofres públicos seria possível a ampliação das redes metroviária e ferroviária, passagens mais baratas e aumento do número de funcionários, realização da equiparação salarial e uma PR (participação dos resultados) maior", apontou.
Para a categoria, as denúncias agora investigadas pelo Cade são apenas a ponta do iceberg em um esquema muito maior da utilização de investimentos públicos para interesses e lucros privados. "Com o dinheiro desviado, poderíamos buscar a tarifa zero, a ampliação da rede metroviária e ferroviária, a integração da EMTU com o transporte municipal e a redução de falhas, paradas técnicas e acidentes."

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