Saiba tudo sobre AVC e veja como evitar este mal!
Segundo a neurologista Gisele Sampaio Silva, professora adjunta da disciplina de neurologia da Universidade Federal de São Paulo-UNIFESP, o AVC é mais frequente em pessoas com idade avançada. Mas hipertensos, fumantes, diabéticos, sedentários e indivíduos com colesterol alto também fazem parte do grupo de risco.
“A taxa elevada de colesterol LDL é um fator de risco para o AVC isquêmico”, observa a especialista. Dividido entre hemorrágico, quando acontece um sangramento interno na caixa craniana, e isquêmico, que representa 80% dos casos e ocorre quando há uma artéria obstruída, o AVC apresenta sintomas como perda repentina da força muscular ou da visão, dificuldade de comunicação oral, tonturas, formigamento num dos lados do corpo e alterações da memória.
A fibrilação atrial (FA), um tipo muito comum de arritmia cardíaca, é uma doença que aumenta o risco de formação de coágulos no coração, que seguem para o cérebro, causando o AVC isquêmico. Níveis elevados de colesterol do sangue podem contribuir para a aterosclerose - uma doença inflamatória crônica que leva à obstrução das artérias pelo acúmulo de lípides (principalmente colesterol) em suas paredes. “Se um coágulo for formado na artéria carótida interna (artéria localizada no pescoço) sobre uma placa de aterosclerose, o risco de AVC isquêmico é grande”, informa a neurologista.
O controle dos níveis do colesterol é apenas uma das medidas que as pessoas devem tomar para prevenir o derrame. “Colesterol elevado, hipertensão, diabetes são morbidades que aumentam o risco do acontecimento do AVC. Vale ressaltar que os indivíduos que possuem pais ou avós que já tiveram AVC precisam redobrar os cuidados”, alerta Gisele. “O AVC isquêmico é uma emergência médica e seu tratamento é feito com medicamentos trombolíticos, que diluem o coágulo responsável pela isquemia”, conclui.
Veja dicas para se prevenir do AVC
Mantenha a pressão arterial sob controle;
Evite o consumo de sal em excesso;
Modere a ingestão de bebidas alcoólicas;
Não fume;
Controle o peso;
Tenha uma alimentação saudável: evite gorduras saturadas (encontrada principalmente em alimentos de origem animal, como carne vermelha, derivados do leite e ovos) e frituras;
Coma bastante frutas, verduras e fibras;
Pratique exercícios físicos regularmente;
Evite o estresse: faça atividades relaxantes como uma caminhada ao ar livre, conversar com amigos, passear com o cachorro.
Saiba ainda:
(Clique aqui): Conheça alguns mitos e verdades sobre derrame - Fotos - Saúde-
Tipos de AVC
- AVC Isquêmico: entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro
- AVC Hemorrágico: rompimento do vaso provocando sangramento no cérebro.
Sintomas de AVC
- Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo
- Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo
- Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos
- Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem
- Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente
- Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.
Tratamento de AVC
O tratamento e a reabilitação da pessoa vitimada por um AVC
dependerá sempre das particularidades que envolvam cada caso. Há
recursos terapêuticos que podem auxiliar na restauração das funções
afetadas. Para que o paciente possa ter uma melhor recuperação e
qualidade de vida, é fundamental que ele seja analisado e tratado por
uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde, fisioterapeutas,
médicos, psicólogos e demais profissionais. Seja qual for o tipo do
acidente, as consequências são bastante danosas. Além de estar entre as
principais causas de morte mundiais, o AVC é uma das patologias que mais
incapacitam para a realização das atividades cotidianas.
Conforme a região cerebral atingida,
bem como de acordo com a extensão das lesões, o AVC pode oscilar entre
dois opostos. Os de menor intensidade praticamente não deixam sequelas.
Os mais graves, todavia, podem levar as pessoas à morte ou a um estado
de absoluta dependência, sem condições, por vezes, de nem mesmo sair da
cama.
A pessoa pode sofrer diversas
complicações, como alterações comportamentais e cognitivas, dificuldades
na fala, dificuldade para se alimentar, constipação intestinal,
epilepsia vascular, depressão
e outras implicações decorrentes da imobilidade e pelo acometimento
muscular. Um dos fatores determinantes para os tipos de consequências
provocadas é o tempo decorrido entre o início do AVC e o recebimento do
tratamento necessário. Para que o risco de sequelas seja
significativamente reduzido, o correto é que a vítima seja levada
imediatamente ao hospital.
Os danos são consideravelmente
maiores quando o atendimento demora mais de 3 horas para ser iniciado.
Prevenção
Muitos fatores de risco contribuem
para o seu aparecimento. Alguns desses fatores não podem ser
modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo.
Outros fatores, entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais
como a hipertensão arterial (pressão alta), a diabetes mellitus, as doenças cardíacas, a enxaqueca,
o uso de anticoncepcionais hormonais, a ingestão de bebidas
alcoólicas, o fumo, o sedentarismo (falta de atividades físicas) e a obesidade. A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC.
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