Presidenta Dilma diz que não se abala com ‘julgamento apressado’ da economia
No dia 24, agência Standard & Poor’s rebaixou nota de crédito do Brasil.
Para presidente, interesses podem ‘obscurecer’ avaliação sobre economia.
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A presidente Dilma Rousseff disse neste sábado (29) que não vai se
abalar com “julgamentos apressados” e com “conclusões precipitadas”
sobre a política econômica adotada pelo seu governo e que não vai
abdicar de seu compromisso com a solidez da economia do país. As
declarações foram feitas 5 dias depois de a agência de classificação de
risco Standard & Poor’s ter rebaixado a nota de crédito soberano do Brasil.
“Tão pouco nos abalaremos com julgamentos apressados, com conclusões precipitadas que a realidade desmentirá. Todos sabemos que, em economia, a realidade sempre se impõe”, disse a presidente, durante discurso na 55ª Reunião Anual da Assembleia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na Costa do Sauípe, no Litoral Norte da Bahia.
“Em alguns momentos, expectativas, especulações, avaliações e até mesmo interesses políticos podem obscurecer a visão objetiva dos fatos. Para nós, o que importa é que continuaremos a agir para manter o pais no rumo certo, sem abdicar em nenhum momento do nosso compromisso fundamental com a solidez da economia e com a inclusão e o desenvolvimento social e ambiental do país”, completou a presidente.
No dia 24 de março, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito soberano do Brasil, que reflete a confiança de investir no país, de "BBB" para "BBB-". A S&P também mudou a perspectiva do rating de negativa para estável.
A classificação de "BBB-" ainda mantém o país com grau de investimento, que recomenda o país como destino de aplicações, mas é o último degrau para perder esse posto. O fato de ter mudado a perspectiva para estável indica que a S&P não deve fazer novos rebaixamentos no curto prazo.
A Standard & Poor's apontou em sua justificativa sinais pouco claros da política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um frágil quadro fiscal, e também a desaceleração do crescimento do país.
Em comunicado, a S&P disse que o rebaixamento do rating reflete a combinação de "derrapagem orçamentária" em meio às perspectivas de "crescimento moderado nos próximos anos", baixo volume de investimentos, "capacidade restrita" a ajustar a política antes das eleições presidenciais de outubro e "algum enfraquecimento das contas externas do país".
O Ministério da Fazenda já havia divulgado uma nota em resposta à S&P. Nela, classifica a decisão da S&P de "contraditória com a solidez e os fundamentos do Brasil" e "inconsistente com as condições da economia brasileira".
Em seu discurso na reunião do BID, a presidente disse que o Brasil tem muitos desafios e “obstáculos a serem removidos”, mas pode se “orgulhar” das mudanças e melhorias conquistadas. Na visão da presidente, “o Brasil vai bem e irá melhor.”
Ela disse estar convencida da necessidade de “preservar a solidez dos fundamentos macro econômicos do país.” Declarou ainda que seu governo assumiu compromisso “inarredável” com “as forças produtivas e com os investidores que aqui vêm, tanto nacionais como internacionais.”
Dilma afirmou que o governo vai manter neste ano a trajetória de queda da dívida do setor público como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) – hoje ela é de 33,8% do PIB. E que a inflação no país em 2014 vai se manter dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para 2014 e 2015, a meta central na qual teoricamente o Banco Central estaria mirando ao fixar os juros básicos da economia é de 4,5%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
“Nos últimos dez anos, a inflação se manteve rigorosamente dentro dos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional. Posso garantir que assim também será em 2014”, disse a presidente.
Novas concessões
Ao fazer um retrato da situação da economia, a presidente citou que as reservas internacionais do Brasil superam hoje os US$ 370 bilhões, “o que nos dá um lastro confortável e seguro para enfrentar qualquer volatilidade.” E que, nos últimos 12 meses, o país recebeu mais de US$ 65 bilhões em investimentos estrangeiros diretos.
Dilma também citou os 18 leilões de concessão feitos pelo governo federal em 2013, nos setores de energia elétrica, rodovias, portos, aeroportos, petróleo e gás, que, segundo ela, vão gerar R$ 80 bilhões em investimentos. E informou que o governo vai fazer neste ano novas concessões, nas áreas de logística, energia e infraestrutura urbana.
“Em 2014, faremos novas concessões, ampliando ainda mais a nossa parceria e a parcela de investimentos que temos com o setor privado”, disse a presidenta.
“Tão pouco nos abalaremos com julgamentos apressados, com conclusões precipitadas que a realidade desmentirá. Todos sabemos que, em economia, a realidade sempre se impõe”, disse a presidente, durante discurso na 55ª Reunião Anual da Assembleia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na Costa do Sauípe, no Litoral Norte da Bahia.
“Em alguns momentos, expectativas, especulações, avaliações e até mesmo interesses políticos podem obscurecer a visão objetiva dos fatos. Para nós, o que importa é que continuaremos a agir para manter o pais no rumo certo, sem abdicar em nenhum momento do nosso compromisso fundamental com a solidez da economia e com a inclusão e o desenvolvimento social e ambiental do país”, completou a presidente.
No dia 24 de março, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito soberano do Brasil, que reflete a confiança de investir no país, de "BBB" para "BBB-". A S&P também mudou a perspectiva do rating de negativa para estável.
A classificação de "BBB-" ainda mantém o país com grau de investimento, que recomenda o país como destino de aplicações, mas é o último degrau para perder esse posto. O fato de ter mudado a perspectiva para estável indica que a S&P não deve fazer novos rebaixamentos no curto prazo.
A Standard & Poor's apontou em sua justificativa sinais pouco claros da política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um frágil quadro fiscal, e também a desaceleração do crescimento do país.
Em comunicado, a S&P disse que o rebaixamento do rating reflete a combinação de "derrapagem orçamentária" em meio às perspectivas de "crescimento moderado nos próximos anos", baixo volume de investimentos, "capacidade restrita" a ajustar a política antes das eleições presidenciais de outubro e "algum enfraquecimento das contas externas do país".
O Ministério da Fazenda já havia divulgado uma nota em resposta à S&P. Nela, classifica a decisão da S&P de "contraditória com a solidez e os fundamentos do Brasil" e "inconsistente com as condições da economia brasileira".
Em seu discurso na reunião do BID, a presidente disse que o Brasil tem muitos desafios e “obstáculos a serem removidos”, mas pode se “orgulhar” das mudanças e melhorias conquistadas. Na visão da presidente, “o Brasil vai bem e irá melhor.”
Ela disse estar convencida da necessidade de “preservar a solidez dos fundamentos macro econômicos do país.” Declarou ainda que seu governo assumiu compromisso “inarredável” com “as forças produtivas e com os investidores que aqui vêm, tanto nacionais como internacionais.”
Dilma afirmou que o governo vai manter neste ano a trajetória de queda da dívida do setor público como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) – hoje ela é de 33,8% do PIB. E que a inflação no país em 2014 vai se manter dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para 2014 e 2015, a meta central na qual teoricamente o Banco Central estaria mirando ao fixar os juros básicos da economia é de 4,5%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
“Nos últimos dez anos, a inflação se manteve rigorosamente dentro dos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional. Posso garantir que assim também será em 2014”, disse a presidente.
Novas concessões
Ao fazer um retrato da situação da economia, a presidente citou que as reservas internacionais do Brasil superam hoje os US$ 370 bilhões, “o que nos dá um lastro confortável e seguro para enfrentar qualquer volatilidade.” E que, nos últimos 12 meses, o país recebeu mais de US$ 65 bilhões em investimentos estrangeiros diretos.
Dilma também citou os 18 leilões de concessão feitos pelo governo federal em 2013, nos setores de energia elétrica, rodovias, portos, aeroportos, petróleo e gás, que, segundo ela, vão gerar R$ 80 bilhões em investimentos. E informou que o governo vai fazer neste ano novas concessões, nas áreas de logística, energia e infraestrutura urbana.
“Em 2014, faremos novas concessões, ampliando ainda mais a nossa parceria e a parcela de investimentos que temos com o setor privado”, disse a presidenta.
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