Alguns hábitos ajudam a perder quilos sem restringir o consumo de comida
Emagrecimento: Mudar a alimentação não é a única opção para perder peso
(Thinkstock)
Um dos hábitos comprovadamente aliados do emagrecimento é dormir bem. Pesquisas revelam que um sono ruim afeta atividade cerebral, fazendo com que a vontade por comida gordurosa aumente e a capacidade de resistir a elas diminua. Outros estudos mostraram, com sucesso, como a prática de ioga e a acupuntura ajudam a combater a obesidade.
O site de VEJA selecionou algumas formas de evitar o ganho de peso sem contar calorias.
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Acupuntura
Uma pesquisa publicada no fim de 2013 mostrou que a acupuntura auricular,
que se baseia na ideia de que a orelha representa todas as partes do
corpo humano, pode ser aliada na perda de peso. O estudo selecionou 91
pessoas com sobrepeso e as dividiu em três grupos: aquelas que foram
tratadas com agulhas em cinco pontos específicos da orelha (como os
relacionados ao baço, ao estômago e ao apetite), as tratadas com agulha
em um ponto da orelha associado ao apetite e as submetidas a um
procedimento falso. Após dois meses de tratamento, o índice de massa
corporal (IMC) dos voluntários do primeiro grupo caiu 6,1%, em média, e
os do segundo 5,7%. Não houve redução no IMC dos participantes do grupo
do placebo.
Refeições em casa
Um estudo feito na Faculdade de Medicina da USP concluiu que comer fora de casa aumenta o risco de engordar.
Segundo a pesquisa, a prevalência de sobrepeso ou obesidade é de 59%
entre quem se alimenta em restaurantes, enquanto a média na cidade de
São Paulo, onde o trabalho foi feito, é de 47,9%. Para os autores da
pesquisa, a conclusão se explica pelo fato de os restaurantes terem uma
maior variedade de alimentos calóricos, como carnes e frituras, o que
aumenta a chance de uma pessoa exagerar nas calorias consumidas.
Ioga
Um estudo publicado em 2009 no periódico "Journal of the American Dietetic Association"
concluiu que a prática de ioga pode reduzir o risco de obesidade.
Segundo os autores, a atividade está associada a uma alimentação mais
consciente, isto é, ao hábito de comer porque sente fome e de parar
quando está satisfeito. A pesquisa avaliou 300 pessoas e concluiu que os
iogues eram mais conscientes de sua alimentação e tendiam a ter um
índice de massa corporal (IMC) menor do que aqueles que não praticavam a
atividade.
Refeição na hora certa
Uma pesquisa da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que adultos que fazem a principal refeição do dia mais tarde do que o comum (almoçam depois das três horas da tarde, por exemplo) tendem a enfrentar maiores dificuldades para emagrecer. O estudo, feito com mais de 400 pessoas que estavam de dieta, observou que aquelas que comiam mais tarde perderam significativamente menos peso ao longo de cinco meses do que as que se alimentavam mais cedoTelevisão fora do quarto
Pesquisas recentes já constataram que ter televisão no quarto aumenta o
tempo que uma pessoa passa em frente ao aparelho e eleva as chances de
ela fazer algumas das refeições enquanto assiste TV. Consequentemente,
ela come muito, se exercita pouco e acumula gordura no corpo. Um estudo
do Centro de Pesquisas Biomédicas Pennington, nos Estados Unidos,
observou que crianças que tinham televisão no quarto, em comparação com
as que não tinham, passavam mais tempo sentadas em frente ao aparelho e
tinham maiores níveis de gordura
subcutânea (que geralmente se acumula na barriga, nas pernas e no
culote), de gordura visceral (que fica em torno dos órgãos) e de
circunferência abdominal.
Consumo de proteína
O consumo de proteína é essencial para o bom funcionamento do corpo — e
um aliado do emagrecimento. Uma pesquisa publicada em 2011 no periódico
"Obesity" comprovou que o nutriente aumenta a sensação de saciedade
ao longo do dia em pessoas que estão tentando perder peso. O exagero,
no entanto, não é recomendado. Um estudo divulgado em abril deste ano
concluiu que uma dieta rica em proteína (quando o nutriente representa
mais de 20% das calorias ingeridas no dia) pode encurtar a vida.
Além disso, é preciso limitar o consumo de alimentos ricos em proteína e
gordura saturada (portanto, calóricos), como carne vermelha, queijos e
ovos.
Mais refeições e pratos menores
Aumentar a quantidade de refeições e diminuir as porções pode ajudar a
perder peso. Os lanchinhos reduzem a fome no almoço ou jantar e,
consequentemente, a ingestão calórica. Uma pesquisa grega feita com
crianças — cujo resultado pode se aplicar aos adultos — mostrou que quem
faz mais de três refeições por dia tem um risco 22% menor de ser obeso
ou ter sobrepeso. Além disso, um estudo da Universidade da Pensilvânia,
nos Estados Unidos, provou que o tamanho do prato interfere na quantidade de comida consumida por uma pessoa — quanto maior o prato, maior a quantidade de calorias ingerida.
Prática de exercícios, mesmo que pouca
Fazer alguma atividade física é essencial para todas as pessoas,
especialmente para quem deseja emagrecer, já que os exercícios queimam
as calorias consumidas e impedem que elas se acumulem. Não é preciso
exercitar-se muito para obter o benefício. Uma pesquisa dinamarquesa
publicada em 2012 concluiu, após avaliar 60 homens obesos, que a perda
de peso foi semelhante com a prática de 30 ou 60 minutos de exercícios
três vezes por semana. Essas atividades devem ser de moderadas a
intensas, suficientes para produzir suor, como uma caminhada rápida pelo
bairro.
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