3.27.2014

69% dos 14 milhões assistidos pelo Mais Médicos consideram o atendimento ótimo

 


Pesquisa Datafolha divulgada hoje revela o acerto e êxito do Mais Médicos lançado pela presidenta Dilma Rousseff e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha a partir de setembro do ano passado: nos poucos meses de funcionamento da iniciativa, cerca de 14 milhões já foram atendidos por médicos estrangeiros que trabalham no programa.
A pesquisa foi divulgada nesta 4ª feira (ontem)  durante o Fórum a Saúde do Brasil, o segundo seminário da série promovida pela Folha para discutir problemas que marcam o cotidiano dos brasileiros. O Mais Médicos é um programa implantado pelo governo federal com o propósito de levar profissionais da área às regiões do país carentes de profissionais, a cidades carentes distantes e aos bairros da periferia das grandes cidades, nas quais médicos brasileiros não estejam trabalhando. O programa conta, atualmente com 9.501 médicos (87% estrangeiros).
E o melhor desta pesquisa: entre os brasileiros atendidos pelos médicos estrangeiros, 69% consideram que o atendimento foi ótimo ou bom e 27% acharam regular, ruim ou péssimo. Questionados sobre a vinda de profissionais estrangeiros para trabalhar no programa em regiões remotas do país com falta desses  profissionais, 67% dos entrevistados manifestaram-se favoráveis à medida.
O aperfeiçoamento do SUS
De acordo com a pesquisa, a maior aceitação registra-se na região Nordeste, com 72% de aprovação, seguida da região Norte e Centro-Oeste, juntas, com 68%. A região com menor índice de aprovação é a Sul (64%). A pesquisa Datafolha, feita em parceria com a Interfarma, entidade representativa da indústria farmacêutica, entrevistou 2.109 pessoas em 140 municípios.
O fórum da Folha contou  com a presença, ontem,  do ministro da Saúde, Arthur Chioro. Em sua exposição, o ministro fez uma avaliação do sistema público de saúde do país, o SUS, considerando que entre os desafios apresentados pelo sistema, um dos principais é a consolidação dos serviços de atenção básica e de redes integrais de saúde, que deem continuidade ao tratamento médico.
Para melhorar o financiamento da saúde, Chioro propôs uma interação mais adequada entre os sistemas de saúde público e privado.” “Meu sonho é que o SUS legal cada vez mais se aproxime do SUS real, aquele que possa fazer o brasileiro dizer: Estou satisfeito.” Chioro defende, também, uma reforma no modelo de gestão do SUS. “Hoje é uma grande dificuldade para gestores públicos: é OS, é Oscip, é fundação, é fundação privada, é empresa. Nenhum desses modelos dá estabilidade e capacidade para o processo de gestão de que nós precisamos”, disse.

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