Isso prejudica a alma dos fiéis, segundo o pontífice.
Francisco beatificou 124 mártires norte-coreanos em grande cerimônia,
Fiéis lotam ruas durante missa de beatificação
celebrada nestte sábado (16) em Seul, Coreia
do Sul, pelo Papa Francisco
(Foto: AP Photo/Korea Pool via Yonhap)
O Papa Francisco criticou neste sábado (16) o que chamou de
"hipocrisia" dos religiosos que "vivem como ricos" e pediu que a
comunidade eclesiástica mantenha o voto de pobreza durante sua visita a
um centro católico de atendimento a incapacitados na Coreia do Sul.celebrada nestte sábado (16) em Seul, Coreia
do Sul, pelo Papa Francisco
(Foto: AP Photo/Korea Pool via Yonhap)
"A hipocrisia dos homens e mulheres consagrados que professam o voto de pobreza e, no entanto, vivem como ricos, prejudica a alma dos fiéis e prejudica à Igreja", declarou Francisco perante quatro mil membros das comunidades religiosas sul-coreanas no complexo de Kkottongnae, 100 quilômetros ao sul de Seul.
O pontífice também defendeu a castidade que "expressa a entrega exclusiva ao amor de Deus", em um momento em que se propõe o desaparecimento do celibato na Igreja Católica.
"Todos sabemos o exigente que é (a castidade) e o compromisso pessoal que comporta. As tentações neste campo requerem humilde confiança em Deus, vigilância e perseverança", disse o papa aos religiosos sul-coreanos.
Posteriormente Francisco se encontrou com 150 representantes dos laicos da Igreja Católica sul-coreana, a quem pediu auxílio para ajudar aos pobres e esforços para que todos os cidadãos desfrutem da "dignidade de ganhar o pão e manter suas famílias".
Também lhes instou em seu discurso a "promover os casamentos" nos tempos atuais, que qualificou como "uma época de grande crise para a vida familiar".
O líder do Vaticano, que iniciou na quinta-feira uma viagem de cinco dias a Coreia do Sul, conheceu no terceiro dia de sua visita o complexo católico Kkottongnae, onde são atendidas milhares de pessoas com incapacidade.
Antes deste encontro com os incapacitados, o pontífice beatificou 124 mártires do país na praça de Gwanghwamun de Seul, em cerimônia assistida por centenas de milhares de pessoas.
Francisco encerrará na segunda-feira uma visita histórica por ser a primeira de um Papa em 25 anos à Coreia do Sul, que abriga 5,4 milhões de católicos, mais de 10 % da população
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