Senado analisa proposta, que já tramitou na Câmara, que acaba com a disputa por filhos. Se aprovado, pais e mães vão ter que dividir o tempo com as crianças
Um dos objetivos é acabar com a disputa de pais e mães pela guarda e estabelecer regras mais claras para a divisão de tempo que a criança deve passar com um e com o outro. Na justificativa, Arnaldo Faria Sá estabelece que “o tempo de custódia física dos filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai”.
O projeto recebe o apoio de grupos
ligados ao tema. De acordo com a Associação de Pais e Mães Separados
(Apase), em 80% dos casos de separação há dificuldades de relação entre
os pais que acabam se refletindo na criação dos filhos. “Acreditamos
que, com a adoção da guarda compartilhada, teremos uma grande queda dos
problemas relativos à alienação parental, quando um pai faz a criança
rejeitar o outro”, afirma o presidente da Associação, Analdino Rodrigues
Paulino.
Segundo ele, a expectativa é que, com a
aprovação do projeto for aprovado, serão reduzidos os números de
processos relativos a disputa pelos filhos. “Quando os processos de
guarda chegarem ao juiz, ele dará a guarda compartilhada e não haverá
motivos para brigar”.ESPECIALISTAS APROVAM
A proposta é defendida também por psicólogos especializados em crianças e adolescentes, como Áderson Luiz Costa Júnior, professor do Departamento de Psicologia clínica da Universidade de Brasília (UnB). Ele diz que filhos precisam de pais presentes para “terem modelos de desenvolvimento e ganharem autonomia.”
Brasília
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