Acordo entre governo e fabricantes diminuiu ingrediente que causa hipertensão
Análises de rótulos para acompanhar a
quantidade da substância foram feitas em 172 marcas de massas
instantâneas, 102 de pães de forma e 13 de bisnaguinhas. Já os testes
laboratoriais incluíram 54 produtos. Os parâmetros utilizados foram as
metas de redução de sódio estabelecidas em 2011 com prazo de cumprimento
em 2012 e 2014.
De acordo com a análise da embalagem,
94,9% das massas; 97,7% dos pães de forma e 100% das bisnaguinhas
tinham ainda menos sódio do que suas metas para 2012, que eram de
1.920,7mg/100g, 645mg/100g e 531mg/100g, respectivamente. Já a análise
laboratorial mostrou que em 29 marcas de macarrão, 19 (65,5%) ficaram
abaixo do limite. Entre 16 marcas de pães de forma, o índice foi de
93,75% e, entre nove marcas de bisnaguinhas, 66,6%. A diferença nos
índices ocorre porque a análise de rótulo foi no país todo e a de
laboratório, em nove estados, apenas como uma complementação.
Um dos objetivos do ministério é reduzir os
casos de doenças crônicas, como hipertensão. Se o consumo de sódio for
reduzido a 5g por dia, as mortes por AVC, por exemplo, podem diminuir em
15%, e as mortes por infarto, em 10%. “Esta redução de sódio na
alimentação do brasileiro se materializa na redução, a longo prazo, no
número de óbitos por doenças crônicas não transmissíveis”, disse o
ministro Arthur Chioro.
A previsão é que a retirada de sódio chegue a 1,8 mil toneladas até o fim de 2014. Até 2020, seriam 28 mil toneladas. A parceria entre ministério e Abia reúne 16 categorias de alimentos, entre biscoitos, temperos, laticínios e embutidos. O acordo é voluntário: empresas que não cumprem não são multadas. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor aponta que as metas são próximas à quantidade original de sódio nos itens e alerta que muitas indústrias descumprem a medida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário