Exame Psicológico: é
uma situação relacional em que o psicólogo clínico aplica os seus
conhecimentos teóricos e métodos psicológicos, para a compreensão e
escuta da dinâmica subjetiva do outro, que apresenta dificuldades num
determinado momento da sua vida. Assim, é a partir da anamnese que se
formulam as hipóteses e se escolhem os testes. Este processo designa-se
como diagnóstico progressivo.
A entrevista deve ser utilizada como
guia, e é útil para a utilização dos instrumentos. Na entrevista há um
nível verbal e um nível não verbal, onde também há comunicação. Ao nível
verbal somos nós o instrumento. Há um nível manifesto e um nível
latente da comunicação, para o qual devemos estar suficientemente
atentos.
Porque é que o psicólogo utiliza a entrevista?
- Serve para fazer um diagnóstico,
dentro das problemáticas que nos aparecem, e com base nas dúvidas que
aparecem é que escolhemos criteriosamente as provas que vamos utilizar.
- A entrevista pode por si só ter fins
terapêuticos. Quer tenha fins terapêuticos ou de diagnóstico é sempre
uma relação que se estabelece, relação esta que é assimétrica, uma vez
que o psicólogo é o “detentor do saber”.
- É uma relação que vai evoluindo de uma
relação cerimoniosa para uma relação mais íntima e mais profunda. Daí
termos cuidado e moderar certos conteúdos mais problemáticos. As causas
devem ser abordadas gradualmente ao longo do tempo.
Normalmente somos vistos como figuras parentais (pai ou mãe), e por vezes os pacientes estabelecem conosco uma relação passiva.
Quanto mais claro for o pedido, mais fácil será para nós o estabelecer da relação.
Devemos ser o menos diretivo possível e deixar que as pessoas falem livremente.
O que devemos fazer:
• Deixar o sujeito falar.
• Pôr o sujeito a falar quando tem resistências.
• Quando as pessoas falam devemos interferir o menos possível.
• Deve-se fazer para que seja o sujeito a falar primeiro.
• Não alimentar dependências (não ser curioso).
• Ter uma atitude de neutralidade.
• Não fazer juízos de valor.
• Saber de onde vêm as emoções para que não nos deixemos levar por elas.
• Pôr o sujeito a falar quando tem resistências.
• Quando as pessoas falam devemos interferir o menos possível.
• Deve-se fazer para que seja o sujeito a falar primeiro.
• Não alimentar dependências (não ser curioso).
• Ter uma atitude de neutralidade.
• Não fazer juízos de valor.
• Saber de onde vêm as emoções para que não nos deixemos levar por elas.
O que não devemos fazer:
• Pôr perguntas fechadas.
• Ter cuidado com as descargas emocionais, sobretudo na primeira entrevista.
• Não assumir atitudes valorativas.
• Não deixar que a entrevista seja traumatizante, evitando as atitudes que reforçam a curiosidade e a culpabilidade.
• Não se deve quebrar aos silêncios, mas é importante o que significa cada silencio (há silêncios agressivos, de reflexão e de expressão de dor).
• Ter cuidado com as descargas emocionais, sobretudo na primeira entrevista.
• Não assumir atitudes valorativas.
• Não deixar que a entrevista seja traumatizante, evitando as atitudes que reforçam a curiosidade e a culpabilidade.
• Não se deve quebrar aos silêncios, mas é importante o que significa cada silencio (há silêncios agressivos, de reflexão e de expressão de dor).
É importante escrever tudo o que se diz na entrevista (inclusivamente o que nós sentimos), mas não em frente da pessoa.
Devemos estar atentos ao modo como as pessoas se vestem, à atitude da pessoa, à postura (perceber a harmonia da voz, gestos, movimentos, etc.), ao modo como a pessoa se senta, pois estabelece a distância que ela trava connosco, à mímica e à entoação da voz.
Devemos estar atentos ao modo como as pessoas se vestem, à atitude da pessoa, à postura (perceber a harmonia da voz, gestos, movimentos, etc.), ao modo como a pessoa se senta, pois estabelece a distância que ela trava connosco, à mímica e à entoação da voz.
Dificuldades que podem acontecer nas entrevistas:
Numa primeira entrevista um doente
neurótico é capaz de estabelecer uma relação connosco. Um psicótico e um
doente psicossomático não têm um espaço transaccional, mas sim uma
colagem. Nestes doentes não há lugar para as duvidas, para as metáforas,
nem para a simbolização
O nosso objectivo é estabelecer uma
relação empática, no sentido da compreensão do indivíduo, tendo por isso
que atentar até ao seu funcionamento mental.
Assim na entrevista temos que considerar:
• Identificação (nome, idade, morada, nacionalidade, naturalidade)
• Ambiente socio-económico e sócio-cultural
• Nível de escolaridade
• Nome do pai e da mãe, e o nível de escolaridade de ambos
• Profissão do sujeito e dos pais
• Com que vem à consulta
• Quem é que enviou a criança/adulto
• Motivação da consulta, esclarecer bem o motivo da consulta
• Perceber qual a estrutura de personalidade do sujeito
• Perceber o ambiente e relacional que rodeia o indivíduo
• Onde vive, que tipo de habitação tem e o tempo que leva a deslocar-se à consulta
• História familiar
• Irmãos (idade, sexo, nome)
• Doenças familiares, situações de internamento e operações (quando e porque é que ocorreram)
• Ambiente socio-económico e sócio-cultural
• Nível de escolaridade
• Nome do pai e da mãe, e o nível de escolaridade de ambos
• Profissão do sujeito e dos pais
• Com que vem à consulta
• Quem é que enviou a criança/adulto
• Motivação da consulta, esclarecer bem o motivo da consulta
• Perceber qual a estrutura de personalidade do sujeito
• Perceber o ambiente e relacional que rodeia o indivíduo
• Onde vive, que tipo de habitação tem e o tempo que leva a deslocar-se à consulta
• História familiar
• Irmãos (idade, sexo, nome)
• Doenças familiares, situações de internamento e operações (quando e porque é que ocorreram)
História Pessoal do Indivíduo
• Saber se a gravidez foi planeada/desejada
• Como é que correu a gravidez (eventuais doenças, acidentes, enjoos, desmaios)
• Fantasias em relação à criança
• Ver se houve um investimento por parte do pai e na altura do parto se o pai esteve ou não presente, e o porquê no caso de não ter estado presente
• Onde ocorreu o parto e que dificuldades surgiram no pós-parto
• Relação precoce
• Alimentação e desmame
• Sono; onde é que a criança dormia; com que idade teve o seu quarto
• Doenças em criança (quando ocorreram e o que afectou nos pais)
• Etapas do desenvolvimento:
o Sorriso
o Quando se sentou
o Quando gatinhou
o Quando começou a andar
o Primeiros dentes
o Angustia do 8º mês
o As primeiras palavras (quais foram)
o Controlo dos esfíncteres (idade, como fez e com quem fez)
o Conflitos/vivências edipianas
o Na adolescência como viveu a menarca e as diversas alterações
o Como ocorreu a escolaridade
o Relação com os amigos/pais/membros da família/estranhos
o Jogos, motivações, hobbies e desportos
o Estado de humor habitual; como reagem às frustrações
o Queixas
• Como é que correu a gravidez (eventuais doenças, acidentes, enjoos, desmaios)
• Fantasias em relação à criança
• Ver se houve um investimento por parte do pai e na altura do parto se o pai esteve ou não presente, e o porquê no caso de não ter estado presente
• Onde ocorreu o parto e que dificuldades surgiram no pós-parto
• Relação precoce
• Alimentação e desmame
• Sono; onde é que a criança dormia; com que idade teve o seu quarto
• Doenças em criança (quando ocorreram e o que afectou nos pais)
• Etapas do desenvolvimento:
o Sorriso
o Quando se sentou
o Quando gatinhou
o Quando começou a andar
o Primeiros dentes
o Angustia do 8º mês
o As primeiras palavras (quais foram)
o Controlo dos esfíncteres (idade, como fez e com quem fez)
o Conflitos/vivências edipianas
o Na adolescência como viveu a menarca e as diversas alterações
o Como ocorreu a escolaridade
o Relação com os amigos/pais/membros da família/estranhos
o Jogos, motivações, hobbies e desportos
o Estado de humor habitual; como reagem às frustrações
o Queixas
• Conclusões
• Hipótese de diagnóstico
• Dúvidas
• Provas a utilizar
• Diagnóstico
• Prognóstico
• Indicação e orientação para o caso
• Hipótese de diagnóstico
• Dúvidas
• Provas a utilizar
• Diagnóstico
• Prognóstico
• Indicação e orientação para o caso
Entrevistas com crianças:
Primeiro faz-se uma entrevista com os
pais e com a criança, depois uma entrevista só com os pais, e por fim
faz-se uma entrevista só com a criança.
Na entrevista com crianças é importante
estarmos atentos à distância que ela se coloca em relação a nós, pois
revela muito da sua problemática (se é ao nosso colo, de costas, se
invade o território, etc.)
Devemos perguntar o nome, a idade, a
data de nascimento. Tentar saber o que a criança pensa sobre nó,
perguntar se sabe porque é que vem à entrevista. Perguntar o nome da
professora, quantos alunos tem na turma, se ela gosta da escola, quais
são os seus amigos, pedir-lhe que escreva e que leia. Falamos sobre a
escola, os tempos livres, os amigos, as brincadeiras, filmes, livros,
etc.
Perante o problema devemos perceber qual é a atitude da criança e dos pais.
Perante o problema devemos perceber qual é a atitude da criança e dos pais.
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