Vários fatores tornam o escritório ‘habitável’ ou não. Entre eles estão a temperatura, a luz e o barulho
Rio - Barulho o tempo todo, cheiro de
mofo ou tinta, cadeiras que dificultam a postura certa, colegas
gripados e ausência de luz natural. O ambiente de trabalho contribui
para a saúde ou colabora para deixar o funcionário doente? De acordo com
especialistas, diferentes fatores influenciam a qualidade de vida no
escritório: da temperatura do ar condicionado à forma como o chefe lida
com seus subordinados.
Segundo Márcia Bandrini, da
Associação Nacional de Medicina no Trabalho, existe uma lista que toda
empresa deveria levar em consideração ao pensar na saúde dos
colaboradores. A qualidade e o nível de circulação do ar é um exemplo.
Lugares secos causam irritação nas vias aéreas. Além disso, a oscilação
de temperatura deixa o organismo vulnerável a doenças. “Ambientes muito
frios ou muito calorentos também afetam o humor, tiram a concentração e
diminuem a produtividade,” alerta a médica.
Produtos de limpeza, poeira, cheiro de tinta e
mofo são ‘inimigos’ de muita gente. A médica explica que carpetes, tetos
e paredes porosas acumulam poeira e ácaros, por isso devem ser limpos
com mais cuidado. O mofo aumenta a incidência de asma. “Os carpetes são bons para manter a acústica, mas devem ser em placas, para facilitar a troca”, aconselha. Em relação às pinturas e obras, recomenda-se tintas à base de água e um intervalo de pelo menos dois dias para que o expediente volte e as paredes sequem.
A barulheira também é uma reclamação. Para a especialista, paredes e divisórias podem ser fabricadas com material absorvente de ondas sonoras. “Impressoras devem ficar longe de quem depende de concentração, como setores de criação,” explica. Já o costume de falar alto, que é uma questão cultural, pode ser mudado, analisa Márcia. Educar-se para não atrapalhar colegas precisa ser uma tentativa diária de todos.
Mesas e cadeiras devem ter altura ajustável, e apoios para os pés são essenciais. Ficar sentado por oito horas “é proibido”, diz Márcia. Uma dica é ter uma garrafa de água ao lado. “Você se obriga a levantar para enchê-la: se hidrata e acaba se mexendo”.
Marcia explica que o estresse também pode ser resultado de uma jornada de trabalho abusiva e de relações interpessoais ruins. Resultado: transtornos depressivos, males cardíacos, distúrbios do sono e problemas cognitivos.
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