11.04.2014

Avanços da medicina



Paciente com paralisia volta a andar após cirurgia inédita

Células nervosas responsáveis pelo olfato foram transplantadas na medula



Paciente com paralisia volta a andar após cirurgia inédita

Células nervosas responsáveis pelo olfato foram transplantadas na medula, mas ainda falta comprovação

Um homem com paralisia do tórax para baixo voltou a andar depois de passar por uma cirurgia na qual células nervosas responsáveis pelo olfato foram transplantadas na medula espinhal. O polonês Darek Fidyka, de 38 anos, se tornou a primeira pessoa do mundo a se recuperar de um rompimento total dos nervos da coluna vertebral. Ele ficou paralisado após ser esfaqueado várias vezes nas costas, em 2010.
O tratamento inédito foi realizado por cirurgiões do Hospital Universitário Wroclaw, na Polônia, em parceria com pesquisadores da Universidade College de Londres. No procedimento, anunciado nesta terça-feira, mas feito há dois anos, Fidyka passou por uma neurocirurgia para retirar um dos bulbos olfativos - estrutura responsável pela percepção do olfato -, que foi colocado em uma cultura de células.
Paciente com paralisia volta a andar após cirurgia inédita - AFP

Cientistas apresentam braços artificiais controlados pelo cérebro

Cientistas apresentam braços artificiais controlados pelo cérebro - Ortiz Catalan et al., Science Translational Medicine, 2014
Novas próteses (ainda experimentais) possuem eletrodos conectados ao sistema nervoso do usuário, capazes de receber e enviar informações táteis para o cérebro EscobarNovas próteses (ainda experimentais) possuem eletrodos conectados ao sistema nervoso do usuário, capazes de receber e enviar informações táteis para o cérebro. Uma delas se acopla diretamente ao osso do braço, por meio
Paciente amputado sueco com a prótese que se acopla diretamente a uma haste de titânio implantada no seu braço. Os eletrodos que lhe permitem controlar a prótese passam por dentro da haste e através do osso para se conectar aos nervos da musculatura. Foto: Ortiz Catalan et al., Science Translational Medicine, 2014
Imagine um braço artificial para amputados que pudesse ser acoplado diretamente ao esqueleto e conectado eletronicamente ao sistema nervoso do paciente, permitindo a ele não só mover e controlar a prótese de maneira muito mais cômoda e refinada, mas também sentir os objetos que toca com sensibilidade aguçada — a ponto de poder pegar um ovo, segurá-lo e balançar o braço de um lado para o outro sem quebrá-lo.
Um protótipo desse braço já existe, e vem sendo usado com sucesso há mais de um ano por um paciente voluntário na Suécia, segundo um trabalho publicado na edição desta semana da revista Science Translational Medicine.
“Usamos a técnica de osseointegração para criar uma fusão estável de longo prazo entre homem e máquina, integrando-os em diferentes níveis”, diz o autor principal das pesquisa, Max Ortiz-Catalan, em um texto divulgado pela Universidade de Tecnologia Chalmers, em Gotemburgo.
Neste vídeo é possível ver o paciente (um motorista de caminhão no norte da Suécia, que teve o braço direito amputado acima do cotovelo dez anos atrás) realizando várias tarefas manuais: http://youtu.be/Z3uE4bRSkMc
Ele tira e coloca a prótese com a mesma facilidade de alguém que encaixa e desencaixa a broca da ponta de uma furadeira. Os eletrodos implantados na musculatura, que lhe permitem controlar a peça, estão embutidos numa haste de titânio que foi parafusada ao osso do seu braço (semelhante ao que se faz com implantes dentários). Nesse sentido, é como se ele estivesse “plugando” eletronicamente a prótese ao braço, e não apenas encaixando-a mecanicamente, para então controlá-la com o cérebro de um encaixe 
 



Fonte: Estadão

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