Demorar para tomar uma decisão também pode levar a lapsos de memória
É a primeira vez que se mostram diferenças consideráveis entre pessoas que estejam diretamente ligadas ao tamanho da região pré-frontal do cérebro
Pensar demais faz mal ao cérebro. Pode-se resumir dessa forma a conclusão de uma pesquisa britânica recente, segundo a qual aqueles que perdem muito tempo filosofando sobre a vida podem acabar ficando depressivos e ter até lapsos de memória.
De acordo com artigo publicado na revista Science, o tamanho do cérebro de uma pessoa varia de acordo com o tempo que ela gasta para tomar uma decisão. No estudo, por exemplo, os voluntários que se mostraram mais seguros e certos de suas escolhas tinham mais células no córtex pré-frontal. É a primeira vez que se mostram diferenças consideráveis entre pessoas que estejam diretamente ligadas ao tamanho dessa região do cérebro - comumente relacionada a desordens mentais, como o autismo.
“Acredito que há diversas implicações importantes para pacientes com problemas mentais que, talvez, não tenham muita consciência de sua própria doença”, afirmou a médica Rimona Weil, co-autora da pesquisa. Para ela, a descoberta é um passo positivo para a conscientização de pacientes que não aceitam alguns tratamentos e remédios.
A psicóloga Tracy Alloway enfatiza que pensar demais pode não ser tão seguro. Um levantamento realizado por ela vai ao encontro do que descobriu a equipe de Rimona. Segundo a terapeuta, meditar demais pode sim aumentar os risco de depressão e as pessoas com uma memória baixa se enquadram no principal grupo de risco. Isso ocorre, de acordo com ela, porque essas pessoas precisam pensar demais sobre qualquer assunto antes de tomarem uma decisão que considerem confiável.
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