1.08.2012

ROSTO BONITO REQUER CUIDADOS DESDE A INFÂNCIA

Rosto bonito requer cuidados desde a infância 

Prevenção é fundamental para ter um rosto bonito.


Um rosto bonito e saudável é o sonho de 10 entre 10 pessoas. Para alcançar esse desejo é preciso se cuidar desde cedo. Pais e mães precisam estar atentos aos seus filhos. Estudos científicos reforçam a necessidade de acompanhar de perto o desenvolvimento facial na infância, período no qual ocorre a maior parte do crescimento da face, já que o rosto infantil possui praticamente 60% do tamanho que irá ter na fase adulta.
De acordo com o ortodontista e ortopedista facial Gerson Köhler, “as crianças inspiram muita atenção por parte dos pais e são estes cuidados que garantem uma vida adulta mais saudável e confortável, especialmente no que diz respeito ao crescimento do rosto e o desenvolvimento da boca”. “Se algum fator prejudicar o progresso ósseo do rosto, como a respiração bucal e uso de chupeta, as consequências serão perceptíveis na adolescência. As deformidades faciais acabam gerando transtornos funcionais, estéticos e psicológicos para o indivíduo”, alertou.
O especialista ressalta que por volta dos três anos de idade a primeira dentição já está completamente formada. O problema é que a região dentofacial, que representa cerca de 1/3 do rosto pode sofrer deformações. “A respiração incorreta, caracterizada quando o ar é inspirado pela boca, é um exemplo de um hábito inadequado que causa prejuízos à saúde em geral. Entre os efeitos nocivos estão os distúrbios do sono, problemas na fonação e na estética facial”, explica Gerson.
Gerson explica, ainda, que a projeção da arcada dentária superior que deixa a criança ‘dentuça’ e a projeção da mandíbula e da arcada dentária inferior que dão o aspecto de ‘queixudo’, são anomalias dentofaciais que podem atingir as crianças. “O prognatismo de maxila é o mais comum e pode surgir na fase de dentição de leite, já o prognatismo mandibular é menos prevalente, porém, mais agressivo e é associado a padrões genéticos herdados da família”, esclarece Gerson.
De acordo com Juarez Köhler, especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial que também atua com distúrbios do sono, as alterações nas estruturas musculares e ósseas da face podem ser corrigidas com um tratamento precoce. “Aos sete anos de idade o percentual do crescimento craniofacial é de 70%, aos 12 anos é de 90% e no fim da adolescência o rosto está totalmente desenvolvido. Devido a esta rapidez, quanto antes for iniciado o chamado tratamento de ‘Ortodontia Pediátrica de Acompanhamento’, melhor serão os resultados”, aponta.
Os pais devem levar os filhos a um especialista a partir dos três anos de idade e, assim, não pecar por falta de prevenção. “É um tratamento de prevenção, o que não significa que as estratégias terão resultados mais rápidos ou as crianças estarão imunes às anomalias. Em alguns casos, o problema pode ser complexo e exigir várias fases de tratamento, de acordo com os estágios do crescimento corporal e facial. A vantagem é que é possível diagnosticar precocemente as alterações e minimizar a sua intensidade”, enfatiza Juarez.
Segundo Juarez, a questão psicológica também deve ser levada em consideração. O tratamento precoce ajuda a evitar situações nas quais a criança fica exposta e acaba ganhando apelidos pejorativos de amigos e colegas da escola. “As brincadeiras podem causar complexos, crises de autoestima e autoimagem. Além disso, o principal objetivo do tratamento é proporcionar um crescimento mais saudável, sem prejuízos à saúde geral, e com economia, segurança e conforto para a criança. As orientações também ajudam a conscientizar os pais em relação aos hábitos inadequados”, conclui.


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