2.06.2012

Caminhada melhora a qualidade de vida dos cães e de seus donos



Todos sabem que a prática de caminhadas contribui para a prevenção de doenças, auxilia no combate à obesidade, ajuda no controle da pressão arterial, diminui o estresse, auxilia no reforço muscular e ósseo, além de melhorar a auto-estima. Poucos sabem, no entanto, que caminhar ao lado do cão pode ajudar um indivíduo a manter a saúde e a forma física. Uma pesquisa realizada pela University New South Wales, na Austrália, mostrou isso.

O estudo apontou que 41% dos proprietários de cães caminham 18% a mais do que os sem-cachorro. Naquele país, 40% da população têm cães, o que significa um total de 3,1 milhões de caninos, mostrou o levantamento. O simples fato de ter um cachorro, para muita gente, já representa uma melhora significativa no dia-a-dia. A troca de afeto e a convivência com o animal representam, muitas vezes, o ânimo que faltava para conduzir tarefas simples do cotidiano como sair de casa, conversar com vizinhos sobre assuntos amenos e fazer amigos. Os cães unem pessoas numa espécie de confraria.

Deve-se observar que, levar o cão para passear e caminhar, no entanto, são coisas completamente distintas. Enquanto passear é sair com o animal alguns minutos para que faça suas necessidades, caminhar ao lado do animal, especialmente aqueles que vivem em apartamentos, ajuda no processo de socialização, combate à obesidade, osteoartrite, doenças cardiovasculares, doenças hepática e mesmo na resistência à insulina. No animal e no dono.

Exames para ambos antes de sair para as caminhadas, recomendam os especialistas, é necessário que dono e animal passem por avaliações médicas - incluindo exames como eletrocardiograma e hemograma - com atenção especial para diabéticos e hipertensos. Os cães devem ser levados a um veterinário para fazer um eletrocardiograma. Esse exame vai determinar o ritmo das passadas e a condição física do animal. Animais com mais de sete anos, que são considerados idosos, assim como obesos, devem ser submetidos a avaliações criteriosas para checar a existência de doenças pertinentes à condição, como displasia coxo-femural, problemas de coluna e cardíacos.

Há ainda outros cuidados que devem ser tomados, como a escolha do horário mais indicado, de preferência num momento de pouco sol, já que o calor pode machucar as patas dos animais. A respiração ofegante do cão e a resistência em continuar o trajeto devem ser respeitadas.

Para mostrar ao cão a diferença entre passeio e caminhada, é preciso adotar uma postura séria, com comandos mais firmes. As paradas do cão, tão comuns nos passeios, devem ser abolidas para que se mantenha um ritmo adequado ao cachorro e ao dono. Nas caminhadas, fique atento para evitar acidentes com crianças e pessoas idosas. Use sempre os equipamentos de segurança, como coleiras e, no caso de determinadas raças, focinheiras. Manter a vacinação em dia se faz necessário e recolher as fezes do animal é um ato de educação e convívio social.

Para garantir o bem-estar de seu melhor amigo, é importante fazer com que ele beba água em pequenas quantidades e urine antes de começar a caminhada. É importante o dono segurar a coleira de maneira firme, do lado esquerdo, e manter a postura ereta. Não deixe de recompensar o cão após a caminhada com um petisco canino para condicionar o bom comportamento.

Como dicas básicas para os donos, estão o uso de roupas confortáveis e tênis, alongamento antes e depois da caminhada; hidratação antes, durante e após a prática, e a escolha de um local adequado para a caminhada, longe de calçadas esburacadas e ruas movimentadas. O ideal é manter a meta de 30 minutos por caminhada, cinco vezes por semana, pelo menos.

Sedentários devem começar caminhando três vezes por semana, por 30 minutos, para que o corpo se ajuste à nova rotina de exercícios. A partir da segunda semana, o praticante deve aumentar o tempo em 10 minutos, para que, após um mês do início da atividade, chegue a 60 minutos de caminhada por dia.
Lembrem-se: A busca de orientação especializada, se faz necessária, tanto no âmbito clínico como no técnico!

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