2.05.2012

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CÂNCER DE PELE: SAIBA MAIS SOBRE A CIRURGIA MICROGRÁFICA

Câncer de pele: saiba mais sobre a Cirurgia Micrográfica
Conheça esta nova técnica.


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O Câncer de pele é um dos tipos da doença mais comuns no Brasil. Por isso, não param de surgir estudos que visam a descobrir uma cura para este mal. A novidade é a Cirurgia Micrográfica, ainda pouco difundida no país. Esta é uma técnica que remove tumores cutâneos de forma extremamente precisa, porque além de retirar o câncer, evitando a remoção excessiva de tecido sadio, também avalia microscopicamente todas as margens da lesão durante a cirurgia.

Para entender melhor os benefícios desta técnica cirúrgica, confira uma entrevista com o Dr. Luís Fernando Kopke:

1. O que é a Cirurgia Micrográfica?
Cirurgia Micrográfica é um método cirúrgico e laboratorial que permite ao cirurgião retirar apenas o tumor, controlando microscopicamente todo o procedimento.

2. A Cirurgia Micrográfica pode ser indicada para quais tipos de doenças?
Ela é indicada em cânceres da pele, principalmente aqueles com margens clínicas pouco definidas, ou em situações em que poupar milímetros tem importância estética ou funcional, como no caso dos tumores na face, e em todo câncer que volta depois de ser operado (recidiva).

3. Como é realizada esta técnica? Quando começou a ser utilizada?
Atualmente, é realizada geralmente de forma ambulatorial, sob anestesia local. O cirurgião retira o tumor sem margens de segurança alargada, de forma a preservar o máximo de tecido sadio possível. O exame micrográfico analisa toda a margem cirúrgica e decide se há ou não a necessidade de retirar mais tecido acometido pelo tumor e assim por diante. Ou seja, a cirurgia é feita por ciclos ou estágios até que todo o câncer seja retirado.

4. Quais são os tumores que podem ser retirados com a cirurgia micrográfica?
O tipo de câncer mais operado com cirurgia micrográfica é o carcinoma basocelular (câncer de pele mais comum entre pessoas de pele clara). Mas, uma grande variedade de outros tumores como espinocelulares (tumor de pele maligno, mais invasivo e com desenvolvimento mais rápido que o do carcinoma basocelular), certos tipos de melanoma, tumores de anexos, o dermatofibrossarcoma e outros tumores do tecido fibroso. Também é indicada para tumores com margens mal delimitadas, áreas críticas como ao redor dos olhos, nariz, boca e outras regiões em que a extensão do tumor pode provocar deformidades após a cirurgia.

5. Todo dermatologista está  apto a realizar esta técnica?
Não. A Cirurgia Micrográfica necessita de um aprendizado especial. Do ponto de vista técnico, ela é  um procedimento complexo. Daí a necessidade de aprendizado um pouco mais profundo. No entanto, qualquer dermatologista que queira se dedicar seriamente pode aprender o método, pois as matérias básicas para se realizar a técnica, como cirurgia dermatológica e histopatologia, já fazem parte do aprendizado do dermatologista na residência.

6. Qual a diferença e as vantagens entre esta técnica em comparação ao congelamento convencional?
O congelamento convencional pode ser impreciso assim como o exame normal em parafina. Isto porque, eles são feitos por amostragem, não se examina toda a peça. O exame micrográfico não se faz por amostragem, examinando todas as margens cirúrgicas.

7. Quais são os cuidados no pré e no pós-operatório dessa cirurgia?
Os mesmos de uma cirurgia convencional.

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