DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Coreia do Norte concordou em suspender o lançamento de mísseis de
longo alcance, testes nucleares e enriquecimento de urânio em sua
principal plataforma em troca de um pacote de ajuda alimentar, anunciou
nesta quarta-feira o Departamento de Estado dos EUA.
A agência de notícias estatal norte-coreana, KCNA, confirmou a oferta de uma moratória nuclear.
A porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, disse que o governo de Pyongyang vai permitir a entrada de inspetores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) para inspecionar e monitorar a desativação do reator de Yongbyon.
Digital Globe/AFP - 29.set.10 | ||
Imagens de satélite mostram obras na região de Yongbyon, onde a Coreia do Norte mantém usinas nucleares |
A KCNA afirmou que a Coreia do Norte tomou a decisão em resposta a um pedido dos EUA com "a intenção de manter a atmosfera positiva" pelo que foi descrito como "conversas entre o Norte e os EUA de alto nível".
O primeiro contato dos EUA com o governo norte-coreano desde a ascensão do novo líder do país de regime comunista, Kim Jong-un, aconteceu na semana passada.
O representante especial dos EUA para a Coreia do Norte, Glyn Davies, esteve em Pequim nos dias 23 e 24 de fevereiro para discuitr com representante dos governos norte-coreanos a não-proliferação nuclear, a ajuda alimentar à Coreia do Norte e outros temas que causam tensões regionais.
As negociações de Pequim tinham por objetivo persuadir a Coreia do Norte a retornar às negociações com as seis partes, que foram abandonadas em abril de 2009.
O programa de enriquecimento, divulgado pela primeira vez em novembro de 2010, pode fornecer a Pyongyang um caminho alternativo para a fabricação de bombas atômicas, em adição ao seu programa de plutônio de longa data.
A Coreia do Norte realizou testes nucleares em 2006 e 2009 e acredita-se que tenha plutônio em quantidade suficiente para produzir de seis a oito armas nucleares.
TENSÃO
No domingo (26), Coreia do Sul e os Estados Unidos deram início a um de seus maiores exercícios militares anuais em território sul-coreano apesar das ameaças da Coreia do Norte, que declarou que seu povo e seu Exército estariam "preparados para uma guerra" contra os dois países.
Cerca de 200 mil soldados sul-coreanos e 2.900 americanos participarão, até 9 de março, de uma série de simulações "de natureza defensiva" chamada Key Resolve. Os exercícios acontecerão nas bases do Exército dos EUA na Coreia do Sul, informou um porta-voz do Comando das Forças Conjuntas de ambos os países.
Através de sua imprensa estatal, Pyongyang qualificou as manobras dos aliados como "uma violação imperdoável à soberania e à dignidade" da Coreia do Norte, que "está em período de luto" correspondente aos cem dias posteriores à morte do líder Kim Jong-il.
A agência de notícias oficial da Coreia do Norte, a KCNA, acrescentou que "o Exército e o povo" norte-coreanos "estão plenamente preparados para lutar em uma guerra" contra a Coreia do Sul e os EUA.
No sábado (25), Pyongyang havia ameaçado começar uma "guerra santa" devido ao exercício dos aliados, que segundo o regime comunista representa uma "provocação".
FOME
Dese janeiro, milhares de caminhões chineses transportaram arroz para a Coreia do Norte, que sofre com uma falta crônica de alimentos, anunciou Do Hee-Yoon, membro da Coalizão de Cidadãos pelos Direitos Humanos, Pessoas Sequestradas e Refugiados Norte-Coreanos, um grupo com sede em Seul.
Os comboios de caminhões chineses com arroz entraram na Coreia do Norte depois que Pequim aceitou, segundo a imprensa japonesa, conceder uma ajuda em alimentos a Pyongyang.
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