A gordura localizada na região abdominal pode indicar que você é uma falsa magra. Saiba mais!
De acordo com Rodrigo Siqueira, endocrinologista da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, a falsa magreza funciona do ponto de vista metabólico como se o individuo fosse obeso, o que pode trazer problemas cardiovasculares, esteatose hepática (um acúmulo de gordura no fígado, que a longo prazo pode levar a cirrose), aumento do risco de diabetes, elevação dos níveis de colesterol e triglicerídeos.
O endocrinologista explica que para uma pessoa perceber que se enquadra no quadro da falsa magreza é necessário observar uma deposição de gordura localizada na região abdominal ou nos membros inferiores. “Onde esta gordura será depositada depende de fatores ligados a genética, mas a quantidade dela depende basicamente do estilo de vida que a pessoa leva. Por vezes, a pessoa só consegue saber se é um falso magro se for submetido a exames que quantificam a gordura corporal, como o teste de pregas cutâneas ou através da bioimpedância elétrica”, disse Rodrigo Siqueira.
Siqueira explica que a bioimpedância elétrica é um exame pelo qual uma corrente elétrica de baixa intensidade percorre o corpo da pessoa examinada e um aparelho detecta o quanto o corpo é condutor dessa energia elétrica. “Quanto maior o percentual de gordura que o indivíduo possui, menor vai ser a condutividade elétrica, visto que o tecido gorduroso é pobre em água e a energia elétrica é melhor conduzida na água corporal. Dessa forma, o aparelho consegue estimar o percentual de gordura e de massa magra que o indivíduo possui”, disse.
Mas, como evitar esse acúmulo de gordura? Para o especialista, como a quantidade de gordura está ligada ao estilo de vida, a melhor forma de combater a falsa magreza é seguir uma alimentação balanceada, além de praticar exercícios físicos regularmente. “Especialmente combinando a atividade aeróbica com atividades de musculação para ganho de massa muscular”, acrescentou.
COMO SER UMA PESSOA MAGRA
Ser uma pessoa magra não é tão difícil. Conheça alguns truques dos magros.
1 – Movimente-se: a ida à farmácia, ao petshop, ao supermercado ou à academia pode, e deve, ser feita a pé ou de bicicleta. Uma caminhada rápida ou uma pedalada são sempre bons aquecimentos.
2 – Lista de compras: ir ao supermercado pode ser complicado para quem gosta de comer. Mas, fazer uma lista de compras saudável e segui-la passo a passo sem desviar a atenção para guloseimas é a dica.
3 – Frutas: o consumo de frutas é essencial para a mulher magra. Na hora de comprar as frutas, dê preferência às cítricas. Este grupo auxilia na absorção de gorduras e açúcares pelo organismo.
4 – Comparar peso: há uma mania entre as mulheres de comparar o seu peso com o peso da amiga ou da famosa que viu na revista. O truque das magras é não agir assim.
5 – Na balança: verificar o peso todos os dias não ajuda às magras. O ideal é fazer essa verificação uma vez por mês.
6 – Calorias: a mulher magra não conta calorias. Ela simplesmente mantém uma alimentação equilibrada sem fazer dietas malucas.
7 – Roupas: a mulher magra deve ter em mente que é preciso comprar roupas do próprio número e, jamais, do manequim que deseja ter.
8 – Álcool: a mulher magra pode ir à happy hour depois do trabalho e bebericar, mas saber quando parar é o segredo. O ideal é parar no segundo chope.
9 – Cochilar: tirar a sesta entre as refeições não pode fazer parte da vida da mulher que quer emagrecer. Esse é um dos truques das mulheres magras.
10 – Comer compulsivamente: ter ataques de fome à noite, invadir a geladeira ou não comer são sinais de distúrbios emocionais. A mulher magra mantém o controle e, caso precise, pede ajuda a profissionais.
QUANDO A MAGREZA VIRA DOENÇA: SAIBA MAIS SOBRE OS DISTÚRBIOS ALIMENTARES!
Mesmo com tantas informações sobre a importância de se
alimentar bem, o número de pessoas que sofre com estes distúrbios ainda é
crescente!
Atualmente, dizer que uma pessoa é bonita é quase o mesmo de dizer que ela é magra e está “com tudo em cima”. Porém, esta ditadura da magreza faz com que muita gente cometa loucuras para perder peso e coloque a sua saúde em risco. Em muitos destes casos é que acontece o que chamamos de distúrbios alimentares. Ou seja, para emagrecer vale tudo, até mesmo se privar da alimentação.
Atualmente, dizer que uma pessoa é bonita é quase o mesmo de dizer que ela é magra e está “com tudo em cima”. Porém, esta ditadura da magreza faz com que muita gente cometa loucuras para perder peso e coloque a sua saúde em risco. Em muitos destes casos é que acontece o que chamamos de distúrbios alimentares. Ou seja, para emagrecer vale tudo, até mesmo se privar da alimentação.
Em pleno século XXI, onde o acesso à informação é irrestrito, parece até mentira que as pessoas optem por este caminho para alcançar o peso que desejam. Mas, a quantidade de gente que sofre com este problema é crescente e assustadora.
“Os distúrbios alimentares ocorrem mais freqüentemente no sexo feminino (95%) e, geralmente, tem como fator desencadeante algum outro evento importante como separações ou traumas de infância”, explica a nutricionista Lílian Assis, responsável pelo Plano de Emagrecimento Suadieta.
Vale destacar que existem tipos diferentes destes distúrbios. Segundo Lílian: “A anorexia nervosa é caracterizada por recusa alimentar, falta de apetite e distorção da imagem corporal (a pessoa se vê gorda apesar da magreza). Neste caso, é comum o uso de laxantes, diuréticos e drogas que reduzem a fome. As principais conseqüências são a desnutrição e a desidratação podendo levar até mesmo à morte”.
A Nutricionista continua: “Já a bulimia, é quando a pessoa come muito em episódios de compulsão e depois usa algum método compensatório (vômito auto-induzido, laxantes, exercícios extenuantes, jejuns) para que não ganhe peso. Esta doença leva principalmente a complicações no aparelho digestivo”.
Além disso, algumas pessoas têm episódios de compulsão, que é caracterizado por grande ingestão de alimentos em curto período de tempo, sem o método compensatório. Geralmente estas pessoas se escondem para comer, estão acima do peso e tem caráter depressivo. “Estima-se que 1% da população geral preencha critérios para um transtorno da compulsão alimentar periódica”, diz Lílian.
Ela ainda ressalta que há um novo tipo de distúrbio alimentar, ainda pouco conhecido, a ortorexia: “As pessoas ortoréxicas são obcecadas por alimentos naturais, sem conservantes, orgânicos etc. Elas chegam a um limite extremo que pode causar alguns problemas de socialização e até a desnutrição (por exclusão de muitos alimentos)”.
E quando o assunto é o tratamento para estes distúrbios, a Nutricionista é taxativa: “O tratamento adequado é feito por uma equipe multiprofissional especializada, composta por médico clínico, nutricionista, psiquiatra e terapeuta individual, de grupo ou familiar. É a única saída”.
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