Necessidade de nova operação varia de acordo com a análise de cada cirurgião
Os resultados de um novo estudo indicam que o número de mulheres que
se submetem a uma ou mais cirurgias adicionais para remover o tecido
tumoral com suspeita residual de reincidência, após cirurgia
conservadora da mama devido ao câncer, varia muito, dependendo dos
cirurgiões e dos hospitais. O grupo de pesquisadores, liderado por
Laurence E. McCahill, do Centro de Câncer Richard J., em Grand Rapids,
no estado do Michigan, EUA, não pôde determinar porém se essa variação
afetou as taxas de recorrência do tumor.
— O grau elevado grau de variabilidade clínica é inexplicável, por si só, e representa um obstáculo potencial ao atendimento eficaz de alta qualidade e custo — avaliam os autores, que coletaram dados de mulheres com câncer de mama diagnosticados entre 2003 e 2008.
Todas as pacientes passaram por uma primeira cirurgia para a conservação da mama na Universidade de Vermont, ou em um dos três centros da Rede de Pesquisa Organizações de Saúde da Cancer Administration (Grupo de Saúde do estado do Colorado, ligado à Marshfield Clinic). Das 2.206 mulheres que eram elegíveis para a participação no estudo, 509 (23%) apresentaram uma ou mais cirurgias de mama, após a cirurgia inicial para preservar a mama. Destes, 190 mulheres, ou cerca de 8,5% das que tinham sido submetidas à cirurgia inicial para a conservação da mama, tiveram mastectomia total.
Um total de 311 mulheres, ou 14%, tinham margens positivas após a cirurgia inicial (algumas células tumorais não foram removidas e mantiveram-se no local da cirurgia, tal como determinado por um patologista), mas apenas cerca de 86% destas mulheres foram submetidas a novas intervenções.
O percentual de mulheres com margens positivas que realizaram novas intervenções era diferente, dependendo da instituição, e variava entre 73,7% e 93,5%. As taxas de novas incisões também variaram substancialmente, de acordo com o cirurgião, indo de zero e a 70%. Não foi possível determinar a partir do estudo se estas variações foram influenciadas pelas características patológicas dos tumores, dos fatores clínicos, como ter passado por radioterapia.
Os autores explicaram que atualmente não há consenso sobre qual é o tamanho adequado da margem cirúrgica ao redor do tumor para que a área possa ser considerada "limpa". Como resultado, o estudo descobriu que quase metade das pacientes foi sibmetida a novas incisões, com margens “limpas”, do ponto de vista patológico, de menos de 1 mm de largura e um quinto das pacientes tinham margens “limpas” que variavam entre 1 mm e 1,9 mm.
— Agora devemos fazer uma pesquisa mais clínica para realmente entender o que está subjacente esta variação: quanto é apropriado do ponto de vista clínico e quanto é realmente devido fatores possivelmente influentes, como um maior nível de estudos e melhores recursos na sala de cirurgia — disse Steven Clauser, chefe da Seção de Resultados de Pesquisa, Divisão de Controle do Câncer e de Ciências da População de Grand Rapids.
O Globo
— O grau elevado grau de variabilidade clínica é inexplicável, por si só, e representa um obstáculo potencial ao atendimento eficaz de alta qualidade e custo — avaliam os autores, que coletaram dados de mulheres com câncer de mama diagnosticados entre 2003 e 2008.
Todas as pacientes passaram por uma primeira cirurgia para a conservação da mama na Universidade de Vermont, ou em um dos três centros da Rede de Pesquisa Organizações de Saúde da Cancer Administration (Grupo de Saúde do estado do Colorado, ligado à Marshfield Clinic). Das 2.206 mulheres que eram elegíveis para a participação no estudo, 509 (23%) apresentaram uma ou mais cirurgias de mama, após a cirurgia inicial para preservar a mama. Destes, 190 mulheres, ou cerca de 8,5% das que tinham sido submetidas à cirurgia inicial para a conservação da mama, tiveram mastectomia total.
Um total de 311 mulheres, ou 14%, tinham margens positivas após a cirurgia inicial (algumas células tumorais não foram removidas e mantiveram-se no local da cirurgia, tal como determinado por um patologista), mas apenas cerca de 86% destas mulheres foram submetidas a novas intervenções.
O percentual de mulheres com margens positivas que realizaram novas intervenções era diferente, dependendo da instituição, e variava entre 73,7% e 93,5%. As taxas de novas incisões também variaram substancialmente, de acordo com o cirurgião, indo de zero e a 70%. Não foi possível determinar a partir do estudo se estas variações foram influenciadas pelas características patológicas dos tumores, dos fatores clínicos, como ter passado por radioterapia.
Os autores explicaram que atualmente não há consenso sobre qual é o tamanho adequado da margem cirúrgica ao redor do tumor para que a área possa ser considerada "limpa". Como resultado, o estudo descobriu que quase metade das pacientes foi sibmetida a novas incisões, com margens “limpas”, do ponto de vista patológico, de menos de 1 mm de largura e um quinto das pacientes tinham margens “limpas” que variavam entre 1 mm e 1,9 mm.
— Agora devemos fazer uma pesquisa mais clínica para realmente entender o que está subjacente esta variação: quanto é apropriado do ponto de vista clínico e quanto é realmente devido fatores possivelmente influentes, como um maior nível de estudos e melhores recursos na sala de cirurgia — disse Steven Clauser, chefe da Seção de Resultados de Pesquisa, Divisão de Controle do Câncer e de Ciências da População de Grand Rapids.
O Globo
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