Muito se especula a respeito da vida de modelo. Como todas as outras
profissões, só sobrevive no mercado quem se profissionaliza. O glamour é
mais fantasia do que realidade. O cotidiano do modelo se traduz numa
preocupação constante com a pele, o cabelo, o corpo através de
alimentação balanceada. O que se busca é saúde. Não existe para o modelo
masculino o ideal de beleza cadavérico que se impõe às top models
femininas (20 quilos a menos que a altura), mas tampouco ele pode ter
alguns quilinhos a mais. Mais ou menos musculoso, não importa. Ele tem
que estar com o corpo em cima, vendendo saúde. Esporte é fundamental,
mas isso não significa que o modelo tenha que passar três horas diárias
malhando numa academia. Natação, ginástica, corrida, capoeira e outros
exercícios aeróbicos podem ter resultados esteticamente tão bons ou até
mesmo superiores que as horas monótonas gastas numa academia. O uso de
esteróides e anabolizantes é totalmente desaconselhável, embora exista
um nicho de mercado para halterofilistas, normalmente no segmento de
roupa esportiva. Modelos de passarela devem ser altos, normalmente acima
de 1.80 m. Modelos fotográficos, não. Modelos com carreiras bem
estruturadas chegam bem aos 30 anos, mas o mercado funciona em sua
maioria para aqueles que tenham entre 16 e 25 anos. Cada vez mais
modelos se tornam atores como uma extensão de sua carreira e até por uma
questão de sobrevivência. Basta assistir às novelas da TV para perceber
isso. Portanto, aqueles que quiserem investir no seu desenvolvimento
profissional devem incluir em seu currículo aulas de teatro, dança,
canto, passarela, vídeo, além de duas línguas fundamentais, o inglês e o
espanhol. Lógico que quem começa normalmente não tem nada disso, mas se
analisarmos os currículos dos modelos mais bem sucedidos vamos
encontrar três ingredientes fundamentais: beleza, profissionalismo e
humildade. A beleza é o fator motivador, o profissionalismo é o que pode
manter o modelo por mais tempo na estrada e a humildade é o que leva o
verdadeiro profissional a aceitar os nãos ao longo da carreira e a
encarar o envelhecimento com dignidade.
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