A questão
do ambiente
Volker Link
As concepções tradicionais de meio-ambiente o apresentam como uma realidade fechada em si mesma e com comportamento causal. Estas concepções por possuírem subjacentemente um conceito positivista e uma posição analítica, tomam o meio-ambiente como sendo o natural (físico e biótico) ao qual se soma, exatamente em moldes adicionais, o social. Ele é a soma de partes, onde sistema e particularidades são recíprocos e só na sua reciprocidade são cognocíveis.
A questão ambiental não poderá escapar da compreensão das diferenças geradas pelo sistema produtivo, que ocasionaram este ou aquele problema ambiental, visto que desenvolvimento é entendido como implantação da ordem capitalista no seu nível material e ideológico.
Os critérios de análise da problemática ambiental só terão razão de ser se revelarem, nas suas especificidades bio-geo-físicas e sócio-econômico-culturais, os dois pontos acima mencionados, ou seja, relações de produção e diferentes interesses sociais. Caso contrário não representam a realidade, mas sim, manipulam o real de acordo com os interesses de alguns.
Volker Link
As concepções tradicionais de meio-ambiente o apresentam como uma realidade fechada em si mesma e com comportamento causal. Estas concepções por possuírem subjacentemente um conceito positivista e uma posição analítica, tomam o meio-ambiente como sendo o natural (físico e biótico) ao qual se soma, exatamente em moldes adicionais, o social. Ele é a soma de partes, onde sistema e particularidades são recíprocos e só na sua reciprocidade são cognocíveis.
O meio-ambiente
não é visto como totalidade dialética, onde o
biogeofísico e o sócio-econômico
são os seus perfis de tensão e do possível. O
meio-ambiente não é visto como
sua trama vital histórico que adquire sentido através de
um projeto, isto é, do
trabalho e, portanto, do homem.
A questão ambiental não poderá escapar da compreensão das diferenças geradas pelo sistema produtivo, que ocasionaram este ou aquele problema ambiental, visto que desenvolvimento é entendido como implantação da ordem capitalista no seu nível material e ideológico.
Se a questão
ambiental não for compreendida deste modo, não se
escapará da figura
tecnoburocrática que se coloca como a consciência da
realidade dispondo de uma
atividade racional que organiza a história, dá corpo
à nação e funda o poder.
Figura esta que é chamada para impor as
condições daquilo que é e deve ser. É ela
que, pela mediação do Estado,
desperta a razão que prevê o futuro, encurta o tempo e
preconiza o planejamento
justificando, teoricamente, todo esse quadro e anulando a rede
constituída de
relações de produção e as diferenças
de interesses sociais.
Os critérios de análise da problemática ambiental só terão razão de ser se revelarem, nas suas especificidades bio-geo-físicas e sócio-econômico-culturais, os dois pontos acima mencionados, ou seja, relações de produção e diferentes interesses sociais. Caso contrário não representam a realidade, mas sim, manipulam o real de acordo com os interesses de alguns.
Nenhum comentário:
Postar um comentário