Efeito sanfona
POR Gislandia Governo
Rio - A webdesigner Janaina Gonçalves Correia, 35 anos, já apelou a diversas ‘receitas’ mirabolantes para perder peso: fez a dieta das frutas, dos shakes, da gelatina, dos pontos. “Perdi peso. Mas semanas depois recuperei tudo”, conta. Esse ciclo de engorda-emagrece-engorda é o chamado efeito sanfona, alteração que pode resultar em danos ao metabolismo, efeitos estéticos (estrias, flacidez, celulite) e maior risco de aumento de colesterol ruim, hipertensão, infarto e AVC.
NADA DE PASSAR FOME!
Não adianta pensar: ‘quanto mais fome passar, maior a perda de peso’. Para mantê-lo estável é preciso mudar de vez os hábitos alimentares inadequados. “Até porque, após tantas oscilações de peso, o organismo acaba criando maior resistência a emagrecer e manter o peso desejado vai ficando cada vez mais difícil” avisa a nutricionista Danielle Moreira, do Memorial Saúde.
Foi o que fez Janaina Gonçalves. “Como eu fazia dietas malucas, ficava nesse engorda e emagrece. Depois que passei a ser auxiliada pelo médico, com uma dieta adequada ao meu metabolismo, há dois anos venho conseguindo manter meu peso”, conta.
Investir em refeições saudáveis de três em três horas e na ingestão de muita água é a receita para manter o metabolismo em bom funcionamento. “E para acelerar o processo de queima de calorias é imprescindível a prática de exercícios. Dessa forma, e sem pressa, porque cada organismo tem seu ritmo, é possível driblar o efeito sanfona”, ensina a nutricionista.rganização das Olimpíadas deste ano se empenhou para defender o Meio Ambiente.
O DiaFoto: Arte O Diacolesterol ruim, dos triglicerídeos, dos níveis de açúcar. O sistema imunológico fica mais vulnerável”, diz o endocrinologista.
NADA DE PASSAR FOME!
Não adianta pensar: ‘quanto mais fome passar, maior a perda de peso’. Para mantê-lo estável é preciso mudar de vez os hábitos alimentares inadequados. “Até porque, após tantas oscilações de peso, o organismo acaba criando maior resistência a emagrecer e manter o peso desejado vai ficando cada vez mais difícil” avisa a nutricionista Danielle Moreira, do Memorial Saúde.
Foi o que fez Janaina Gonçalves. “Como eu fazia dietas malucas, ficava nesse engorda e emagrece. Depois que passei a ser auxiliada pelo médico, com uma dieta adequada ao meu metabolismo, há dois anos venho conseguindo manter meu peso”, conta.
Investir em refeições saudáveis de três em três horas e na ingestão de muita água é a receita para manter o metabolismo em bom funcionamento. “E para acelerar o processo de queima de calorias é imprescindível a prática de exercícios. Dessa forma, e sem pressa, porque cada organismo tem seu ritmo, é possível driblar o efeito sanfona”, ensina a nutricionista.rganização das Olimpíadas deste ano se empenhou para defender o Meio Ambiente.
Como funciona o efeito sanfona
Também chamado de fenômeno do ioiô, o efeito sanfona é aquilo que em medicina se diz “ciclismo de peso”. Trata-se da perda de peso com dieta (associada ou não à atividade física e a medicamentos) seguida de recuperação do peso perdido. É um fenômeno muito comum nas sociedades urbanas modernas. As primeiras publicações sobre o efeito sanfona coincidem com o aumento exponencial dos casos de obesidade nos Estados Unidos, há cerca de 20, 30 anos. ©2007 HowStuffWorks Mais de 1,6 bilhão de pessoas estão obesas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde |
Quando fazemos uma redução muito drástica da quantidade de alimento ingerido (e portanto de calorias), ocorre uma redução do nível de leptina no sangue e um aumento nas concentrações de grelina. Hormônio produzido no tecido gorduroso, a leptina leva sinais de saciedade para o cérebro. Ela foi descoberta em 1994, e seu nome deriva da palavra grega leptos, que significa magro. Já a grelina é uma substância produzida no estômago com o objetivo de levar sinais de fome ao cérebro. Descoberta recentemente pelos japoneses, a grelina estimula o apetite do dia-a-dia. É o hormônio da fome.
Durante uma dieta, com a quantidade de leptina reduzida e a de grelina aumentada, o indivíduo está mais propenso a ceder à tentação na próxima vez que o alimento aparecer na sua frente. E como esses dois hormônios atuam na regulação do metabolismo, as alterações também ocasionam uma redução do gasto de calorias do organismo, favorecendo o efeito sanfona.
O maquinário de economia energética do ser humano está programado para nos defender da falta de alimento. Por isso quando perdemos peso (principalmente em dietas rígidas demais), nosso organismo “pensa” que vamos morrer de inanição porque falta comida, e tenta nos “proteger” facilitando o ganho de peso, fazendo-nos procurar comida e fazendo essa comida ser armazenada com mais facilidade.
Por isso, não adianta fazer dietas radicais demais. Quanto mais radicais - tanto em termos quantitativos (número de calorias), como qualitativos (uso de gordura, proteína e carboidrato de forma balanceada ou não)-, maior é a chance de ocorrer o efeito sanfona.
Algumas pessoas podem ter maior predisposição a apresentar oscilações de peso, mas os genes que regulam a obesidade são muitos e não há um estudo genético específico sobre esse assunto. O que se sabe, com certeza, é que sexo e idade aumentam a propensão ao efeito sanfona.
Sexo e idade influem?
Qualquer pessoa com excesso de peso pode sofrer o “efeito sanfona” depois de uma dieta. Porém, as mulheres são mais propensas. Elas já ganham peso com mais facilidade do que homens, porque têm menos massa magra, menor estatura e a taxa metabólica é menor (gastam menos calorias).©2007 HowStuffWorks Mulheres são mais propensas a enfrentar o efeito sanfona |
As pessoas mais velhas tendem a perder peso mais devagar e mais dificilmente engajam-se em dietas radicais demais. Por isso, a chance de ciclismo de peso grande é menor.
Além do sobe e desce dos ponteiros da balança, o efeito sanfona provoca problemas de saúde.
As conseqüências para a saúde
Alguns trabalhos mostram que manter o peso em excesso é melhor do que ter efeito sanfona, mas não representam o pensamento da comunidade científica em geral. Há estudos pontuais, como um publicado em 2007 no "American Journal of Epidemiology" que relacionou os riscos de câncer renal ao efeito sanfona em mulheres na pós-menopausa. Foi revelado que a adiposidade abdominal é um fator de risco para a incidência do câncer nos rins. Tanto os obesos como os que perderam peso e o recuperaram tiveram aumento da incidência de câncer renal, mas aqueles que tiveram efeito sanfona tiveram maior risco.O risco de hipertensão e de pré-eclâmpsia (hipertensão grave na gestação), bem como de alterações de lípides circulantes ou mesmo de alterações do humor, como ansiedade e depressão, não se relacionam a ciclismos de peso. Na maioria dos casos, relacionam-se à obesidade (veja quadro abaixo). Na verdade, o ato de emagrecer e engordar seguidamente tem efeitos negativos sobre a saúde, mas não há comprovação de que outras doenças crônicas sejam mais comuns em indivíduos que tiveram efeito sanfona.
Trabalhos que envolvem indivíduos que perderam peso e mantiveram essa perda ao longo dos anos mostram que o benefício da perda de peso resulta em menor mortalidade ao longo dos anos.
O Dia
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