2.06.2012

SPFW: Coleção outono/inverno 2012

Para sua coleção outono/inverno 2012, a Riachuelo apostou no charme e na elegância das peças da estilista Juliana Jabour.
Inspirada na mulher moderna que busca conforto na moda, a coleção da grife traz 40 modelos entre confecção e acessórios e aposta na variedade de tecidos, como rendas com paetês misturadas com moletinho, até lãs pesadas para compor o mix de produtos. A cartela de cores vai do vinho e marinho ao nude.
Os acessórios e calçados prometem ser super neutros e atemporais.

A coleção chega às lojas da Riachuelo em 1 de março.

Para o inverno, scarpins da Neon

Você também se apaixonou pelos scarpins que a Neon trouxe para passarela em seu desfile na SPFW na terça-feira, 24? Pois eles estão aqui.
Pela quinta vez consecutiva, a Mr.Cat e a Neon repetem a parceria e levam os sapatos da marca de acessórios carioca para o evento.
Para o Inverno 2012, as marcas reeditaram o clássico scarpin, deixando-o com um formato retrô e bico arredondado. A cartela de cores chega bastante vibrante e forte: azul royal, vinho, amarelo, rosa, prateado e dourado.
E já está confirmado: os scarpins apresentados na passarela estarão à venda nas lojas da Mr.Cat, na próxima estação.

São Paulo, a cidade dos estilos

Mariana Belley, do estadão.com.br
Por todos os bairros, ruas e esquinas, o que se vê são jovens e adultos que se destacam por um corte de cabelo estiloso, um óculos mais ousado, várias tatuagens, sapatos, maquiagem, uma estampa diferente. Tudo dita tendência e nos inspira o tempo todo.
Para o dia do aniversário de São Paulo, o Moda fotografou diversas pessoas, em diversos lugares, com vários perfis diferentes.
Veja e entenda porque São Paulo é a cidade dos estilos. E dos estilosos.

As gueixas de André Lima encerram a SPFW

Valéria França
Hoje o dia começou com o show de grafismo e cores da Neon, que apresentou chapéus gigantes no Teatro Tucarena, nas Perdizes, em São Paulo. E acabou com outro show, o das gueixas de André Lima, que entraram na passarela da Bienal, no Parque do Ibirapuera, com vestidos exuberantes e sensuais, ao som de Ney Matogrosso.
Eram gueixas, sim. Isso não há dúvida. Mas as mulheres de André Lima também traziam um quê da África e do México. Nos vestidos, cores fortes, estampas étnicas, babados, e decotes sensuais nas costas ajudavam a compor o mix de influências. Eram trajes de divas, com direito a comprimentos longos, e detalhes espalhafatosos, caso dos grandes laços que surgiram nos decotes e na cintura.
André também sugeriu a calça para a festa com corte reto, cintura muito alta e ajustada, num look anos 1970. Parecia um terninho dos anos 1970, com paletó curto feito com o mesmo tecido.

Amapô traz inverno gráfico e colorido

A Amapô entrou na passarela ao som de Crazy, de Seal, provando que uma certa dose de loucura pode fazer muito bem à moda. Evocando geometrias que constroem um estilo, a marca propôs formas incomuns de se construir uma roupa, como se estivesse em evidência o esqueleto das peças. Em nítido clima 90′s, trouxe calças cheinhas (qualquer semelhança com as famigeradas calças-bag não é mera coincidência), que ganharam diversos tingimentos, principalmente a versão ‘jeans pichado com cara new wave’.
Pensou em anos 90, pensou em estilo urbano. Portanto, as cores do streetwear e das pinturas gráficas e coloridas. A estampa-chave desta coleção, batizada de Transe, nasceu de um transe criativo do artista multimídia Fábio Gurjão que, ao falar ao telefone com as estilistas da grife, rabiscou, literalmente, uma ideia. Produzido com técnica digital, Transe tem uma textura multicolorida, com ares de anos 60, mas tons da modernidade dos anos 90.
Por falar em cores, a cartela da coleção traz o flúor como principal personagem. Ele surge em azul, rosa, laranja e contrasta com o preto, que desbotou ao tomar sol. É exatamente este ‘novo velho’ que dá ares ultra contemporâneos ao inverno Amapô 2012.

O que vai ser desejo e o que vai ser moda em 2012 – ou o que não pode faltar no seu guarda-roupa

Mais que luxo e estilo, honestidade e decência. Mais que o desejo de uma moda inatingível, um estilo real e prático. Mais que a hiper tecnologia, o desejo de se desconectar para aproveitar melhor o pouco tempo livre, e real, que sobra depois de uma semana de trabalho. Estas são de fato as grandes tendências de moda e consumo para o próximo ano. De fato não é preciso ser um fashionista para concordar com as conclusões acima. Como toda tendência, estes são sensações que já estão sendo sentidas pela população mundial e que profissionais da moda e do consumo detectam, formatam e transformam em valores de empresas e produtos. A diferença é que hoje há os caçadores de tendências que viajam o mundo de olho nas grandes tendências. Este é o caso da equipe do WHSN (o maior portal de tendências de moda e consumo do mundo), que apresentou ontem no Shoppping Iguatemi as principais correntes de consumo, comportamento e desejos para 2012 e 2013.
Já que esta foi uma semana em que a moda esteve em foco, não há como não falar da forma em que as novas prioridades dos consumidores irão se refletir e adaptar ao que se veste. Para citar um exemplo, uma das grandes tendências para este ano, o Idiomático, surge na forma da valorização da cultura local, provinciana mesmo. Isso se traduz no uso de estampas e artesanatos regionais para se criar uma coleção global, como fez Juliana Jabour, que se inspirou nas paisagens da India, da Neon, que ontem desfilou as cores e formas de Istambul, e a Maria Bonita, que por tradição valoriza a cultura brasileira e desta vez foi buscar no sertão as cores e formas de seu inverno.
Par ser mais específico, há peças que não vão faltar na próxima estação e que já foram vistas pela Bienal: a saia lápis, proposta pela Tufi Duek, por Reinaldo Lourenço e pela Colcci, é outra peça forte da revistarão aos anos 60.
Na outra linha de pensamento, Wonderlab, ou o laboratório das maravilhas, traz a valorização da ciência não só na criação de utensílio, mas também na arte e na vida. A pesquisa de tecidos como o leather denim, pela Ellus, o design futurista e os tecidos tecnológicos de Jefferson Kulig, e a inspiração em Einstein de Gloria Coelho são bons exemplos.
A terceira grande macro tendência, a da Story of Today, ou ‘o aqui e agora’ também deve pautar coleções e formas de se chegar ao público. A onda das roupas de inspiração esportiva em ano de Olimpíadas, que passaram na passarela por coleções que transformam o uso de bonés, tênis, roupas de ginastica, é bom exemplo de como ‘o hoje’ dará as cartas em 2012.
Focando mais na forma de se pensar uma moda prática para o dia de hoje, as coleções pret-a-porter, impecáveis e de olho no consumo final, de Pedro Lourenço, Alexandre Herchcovitch e UMA são ótimos exemplos de como as grifes brasileiras estão cada vez mais antenadas com as novas necessidades de mercado.

Alexandre evoca os judeus ortodoxos para criar sua moda contemporânea

Alexandre Herchcovitch cresceu em um colégio judeu. E levou para a passarela do último dia de SPFW muito da atmosfera que o acompanhou na infância no bairro paulistano do Bom Retiro. Levou também o modo peculiar de se vestir dos judeus ortodoxos para sua coleção masculina inverno 2012.
Para quem não sabe que as franjas que davam movimento aos looks eram referência aos tzitzit, as franjas dos tradicionais talits, espécie de chale religioso que é sempre usado debaixo da roupa escura, o recurso ainda assim tem ótimo efeito fashion. Ironicamente é o ‘acessório’ que tira a sisudez de looks clássicos e de corte impecável.
Também ironicamente é a meia branca aparente, bem à moda ortodoxa, que dá modernidade a looks em que a calça curta é destaque. As sobreposições que de nada têm de fashion para os religiosos judeus dá contemporaneirade aos visual. Ares mais modernos ainda surgem com o uso criativo dos tradicionais chapéus, de feltro, que ganham releitura e surgem em forma de bonés, de shtreimel (o clássico chapéu com aplique de pele e pelos).
Na modelagem, como bem explica Alexandre, tudo é clássico, também bem à moda da moda masculina que ainda se faz. Clássica e básica. Tecidos clássicos, como cashmere, algodão, seda acomodam as formas das calças curtas e folgadas, dos paletós, casacos mais longos, quase sempre pretos, com seis botões ou somente um, trespassados ou não. Mais modernidade ganham as camisas listradas e longas, em referências a releitura dos fios do talits. O ponto alto são as jaquetas e coletes de neve, que, sobrepostos aos looks clássicos, trazem o presente para uma tradição milenar. Quem foi que disse que homem (principalmente o não fashionista ou o religioso) não tem apreço ao se vestir? Alexandre mais uma vez surpreende com seu olhar sensível e atento e prova que uma nova moda masculina é sempre possível, sem deixar de olhar o passado, claro.

André Lima vem com beleza forte

A beleza da grife André Dias vem com o olhar bem marcado.
Os olhos recebem sombra roxa e dourada. Lápis preto e rímel nos cílios de cima e de baixo para complementar. As sobrancelhas são marcadas com o mesmo lápis preto.
A pele recebe corretivo, blush cremoso rosa e iluminador nas têmporas. A boca vem com batom marrom.
O penteado foi inspirado nas japonesas.

O Renascimento fashion de Fernanda Yamamoto

Um inverno rico em detalhes e cores envelhecidas, inspirado no Renascimento, mais especificamente nos retratos da imperatriz romana Bianca Maria Storza. O mosaico de referências funciona como um patchwork fashion (com direito a muita aplicação de canutilhos nos casacos e vestidos, e efeitos vazados nas blusas). Não é à toa que há exatamente muito patchwork, custurado com apreço, encaixando perfeitamente à silhueta sequinha dos looks. Entre os tecidos, jacquard, náilon e tricoline.
As formas oram sugerem as pinturas delicadas do Renascimento, em tons de verde, que ganham recortes criativos nas blusas, brincando com o mostra-esconde de ombros e decotes. Nas saias e nos vestidos (muitos cheios de grafismos), o corte em A (tendência forte para 2012, na linha do sessentismo que também traz a saia lápis) confere modernidade e movimento.

Make natural; cabelo punk

A Amapô trará para a passarela uma beleza simples, leve.
Ricardo dos Anjos, maquiador responsável, não quis que a make brigasse com o colorido das roupas. Assim, escolheu passar lenços umedecidos na pele para dar um ar bem natural, fresco. Base cremosa e blush marrom para corrigir e iluminar. Nos olhos, apenas rímel nos cílios superiores. Nada nas pálpebras. A sobrancelha recebe rímel incolor.
O cabelo é inspirado no punk. Ricardo fez uma releitura dos cortes característico do estilo. Como não podia raspar o cabelo das meninas, dividiu o cabelo em 4 rabos, 2 laterais e 1 na parte de cima e 1 na parte de trás.

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