3.19.2012

FDA APROVA O ESTUDO DE PESQUISA BRASILEIRA PARA MEDICAMENTO PARA CÂNCER DE OVÁRIO

EUA apoiam pesquisa de brasileiros sobre droga contra o câncer de ovário

Órgão do governo americano que controla e autoriza a comercialização de alimentos e medicamentos aprovou o estudo. Além de eficiente, o novo remédio tem outros benefícios para paciente por não atacar todas as células.



A pesquisa de um remédio novo contra o câncer de ovário rendeu uma certificação inédita a um laboratório brasileiro.
A notícia veio pela internet: o FDA, órgão do governo americano que controla e autoriza a comercialização de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, aprovou o estudo.
Os pesquisadores já estão testando em humanos uma nova droga contra o câncer de ovário, que, no Brasil, atinge 6 mil mulheres por ano. O anticorpo monoclonal, por enquanto chamado de HU 3S 193 foi descoberto por um instituto de pesquisa americano e está sendo desenvolvido no Brasil.
A droga age assim: o anticorpo, injetado na paciente, tem como único alvo uma proteína que está na borda da célula com câncer. Ao se juntar a essa proteína, o anticorpo aciona o sistema de defesa do organismo, que passa a produzir anticorpos em série para combater a doença. Sem esse processo, o organismo não reconhece as células cancerígenas.
Os primeiros testes foram feitos em pacientes com câncer de ovário, que tinham passado por cirurgia e por sessões de quimioterapia e que, apesar disso, tiveram a chamada recidiva, ou seja, a doença voltou. Todos esses pacientes tomaram o novo medicamento e em metade deles, o câncer não voltou mais.
Além de eficiente, o novo medicamento tem outros benefícios para a paciente por não atacar todas as células. “Como ele é mais direcionado para as células do câncer, ele poupa as células sadias. Então, tem menos queda de cabelo, menos náuseas, menos vômitos, menos diarreia, menos efeitos colaterais da quimioterapia convencional”, explica o oncologista Óren Smaletz.
Agora, com o apoio oficial do governo americano, o medicamento vai ser testado em 280 pacientes. “Nós acreditamos que dentro de cinco anos, inclusive pelo fato de ter sido reconhecido esse status, porque isso acelera o processo de aprovação, a gente possa ter essa droga no mercado”, avalia José Fernando Perez, fundador da empresa de biotecnologia.

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