O JORNAL DA DITABRANDA DESINFORMA E MANIPULA. DE NOVO!!!
Desinformando seus leitores, o jornal da ditabranda tenta fazer crer que a impunidade eterna destes carrascos é fato consumado:
"Quando julgou a Lei da Anistia em 2010, o Supremo Tribunal Federal (Leia-se Gilmar Mendes e Cia) decidiu sem ambiguidades que ela é constitucional e que seus efeitos se aplicam tanto aos integrantes de organizações da luta armada quanto aos agentes do Estado que tenham cometido crimes políticos ou conexos.Com a decisão, portanto, o Supremo encerrou de vez, e para o bem da sociedade, toda a polêmica sobre o alcance da anistia".
A Folha supõe que sejamos todos crédulos e ignorantes.
Sem
dúvida nenhuma, é mesmo incontornável a aberração jurídica cometida
pela mais alta corte do País, que deu a tiranos o direito de anistiarem
preventivamente a si próprios em plena vigência do regime de exceção (!),
contrariando não só o entendimento da questão em todo mundo civilizado
como a lógica mais comezinha: seria uma brecha para todos os criminosos
de todas as ditaduras escaparem sempre das punições.
As
instâncias inferiores do Judiciário poderão até acolher teses como a
dos procuradores da República que sustentam serem crimes continuados
cinco execuções comandadas pelo célebre Major Curió sem que os restos
mortais fossem encontrados até hoje.
Mas, tais pendengas inevitavelmente desembocarão no Supremo e o Supremo inevitavelmente considerará intocáveis os torturadores. Resumindo: é perda de tempo.
Mas, tais pendengas inevitavelmente desembocarão no Supremo e o Supremo inevitavelmente considerará intocáveis os torturadores. Resumindo: é perda de tempo.
NADA
IMPEDE, CONTUDO, QUE O EXECUTIVO PROPONHA A REVOGAÇÃO DESTA CARICATURA
DE ANISTIA E QUE A PROPOSTA SEJA APROVADA PELO LEGISLATIVO. Aí, evidentemente, o STF seria provocado a reposicionar-se sobre o assunto.
É flagrante a desonestidade da Folha
ao omitir que existe, sim, uma via democrática para sustarem-se os
efeitos desta lei vergonhosa, gerada pelos culpados de assassinatos
(incluindo execuções covardes de militantes aprisionados e indefesos),
torturas, estupros, ocultação de cadáveres e outros horrores, com o aval
de um Congresso subserviente à caserna, manietado e intimidado ao
extremo, cujos membros não haviam sido escolhidos em eleições livres; e
com a anuência de uma esquerda que cedeu à chantagem ditatorial para
obter, em troca, a libertação dos presos políticos e a permissão de
volta dos exilados.
Para nosso opróbrio, ainda não acabamos de eliminar o entulho autoritário... 27 anos depois de voltarmos à civilização!
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