3.19.2012

Tiroteio em escola judaica na França deixa mortos e feridos

Um homem armado atirou contra crianças que entravam na escola Ozar Hatorah, em Toulouse

AGÊNCIA EFE
Peritos recolhem provas em frente à escola judaica Ozar Hatorah, em Toulouse, na França, onde um tiroteio deixou mortos e feridos (Foto: Bruno Martin / AP)
Um tiroteio na manhã desta segunda-feira (19) em uma escola judaica de Toulouse, cidade no sul da França, deixou pelo menos quatro pessoas mortas, entre elas três crianças, e vários feridos. De acordo com as primeiras informações, o atentado na escola seria parte de uma série de ataques registrada em Toulouse e numa cidade vizinha nos últimos dias.
O promotor Michel Valet, responsável pelo caso, explicou à imprensa que tudo ocorreu minutos antes das 8h local (4h do horário de Brasília), quando um motoqueiro chegou à escola Ozar Hatorah, situada em um bairro residencial de Toulouse, e abriu fogo contra os alunos que esperavam a abertura dos portões do colégio. "Ele disparou contra tudo o que tinha na frente dele", destacou o representante do Ministério Público. As autoridades da França informaram que o assassino aparentemente utilizou duas armas nos ataques e perseguiu algumas crianças dentro da escola.
De acordo com Valet, estão entre as vítimas um homem de 30 anos e seus dois filhos, de seis e três anos. Uma outra criança de 10 anos também foi morta e um adolescente de 17 anos está em estado grave.
Segundo as primeiras informações, uma das armas continha munição do mesmo calibre usado para matar um militar no último dia 11 também em Toulouse, além de outros dois na cidade vizinha Montauban no dia 15.
Tanto o promotor de Toulouse, como o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o ministro do Interior, Claude Guéant, evidenciaram as "similaridades" entre os três episódios, embora o chefe de Estado tenha afirmado que "é muito cedo" para chegar a conclusões. Sarkozy, que cancelou um ato de campanha e deve visitar Toulouse nesta segunda, qualificou o caso como uma "tragédia espantosa" e acrescentou que todo o país "foi afetado por este drama abominável".
Seu principal rival na campanha para as eleições presidenciais, o socialista François Hollande, insistiu no "caráter antissemita e deplorável" dos assassinatos, e declarou que também iria se dirigir à cidade.
Época

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