Quase 80% das mulheres que não precisam de desodorante usam o produto desnecessariamente
Segundo novo estudo, essas pessoas carregam uma variação genética que as impede de produzir odor sob os braços
Desodorante: 80% das mulheres que carregam variação
genética que as impede de produzir odor nas axilas usam desodorante
mesmo assim, diz estudo
(Thinkstock)
CONHEÇA A PESQUISAO estudo foi divulgado nesta quinta-feira no periódico Journal of Investigative Dermatology, uma publicação do grupo Nature. Segundo os autores, a produção de odor embaixo do braço acontece quando o suor produzido pelas glândulas sudoríparas se mistura a certas bactérias. A atividade do gene ABCC11 é um dos fatores responsáveis para que esse odor seja produzido, mas uma variação genética nesse gene o torna inativo.
Título original: Dependence of Deodorant Usage on ABCC11 Genotype: Scope for Personalized Genetics in Personal Hygiene
Onde foi divulgada: periódico Journal of Investigative Dermatology
Quem fez: Santiago Rodriguez, Colin Steer, Alexandra Farrow, Jean Golding e Ian Day
Instituição: Universidade de Bristol, Grã-Bretanha
Dados de amostragem: 6.495 mulheres
Resultado: Cerca de 2% das mulheres britânicas brancas carregam uma variação no gene ABCC11 que as impedem de produzir odor debaixo dos braços. Delas, 78% usam desodorante mesmo assim. Essa variação genética também torna as pessoas mais propensas a ter cera de ouvido seca, e não pegajosa, característica que poderia indicar a necessidade, ou não, do uso de desodorante.
Para realizar a pesquisa, a equipe se baseou nos dados de 6.495 mulheres. A partir de um teste, o grupo encontrou a variação genética no gene ABCC11 em 2% das participantes. Apesar de não precisarem, já que não produzem odor nas axilas, 78% das mulheres britânicas brancas que apresentavam essa variante relataram usar desodorante todos os dias. A pesquisa também descobriu que 5% das participantes que deveriam fazer uso do produto, já que não carregavam a variação genética e que, portanto, produziam odor embaixo do braço, não costumavam fazê-lo.
Os autores do estudo ainda mostraram que pessoas que carregam essa variação genética também são mais propensas a ter a cera seca no ouvido, e não pegajosa. Ou seja, segundo eles, a verificação desse fator poderia ser um indicador da produção, ou não, de odor embaixo dos braços.
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