Presidenta afirma que disputará reeleição e pede a governador o seu apoio
Fernanda Krakovics
BRASÍLIA — Em sua terceira conversa desde o início de novembro com o
presidente do PSB e pré-candidato à Presidência da República em 2014,
governador Eduardo Campos (PE), na última segunda-feira, a presidente
Dilma Rousseff afirmou categoricamente que será candidata à reeleição. O
socialista, que tenta viabilizar sua própria candidatura, mas continua
na base de apoio ao governo, não se posicionou em relação ao eventual
apoio à reeleição de Dilma. Comprometeu-se apenas a ajudá-la a fazer uma
boa administração neste ano de 2013.
Setores do PT gostariam que o ex-presidente Lula fosse candidato em 2014, já que Dilma mantém uma relação mais distante com o partido. Essa opção também funciona como uma espécie de garantia caso algo vá mal no governo. Já a presidente tem evitado falar publicamente sobre o assunto porque não quer antecipar o debate eleitoral, o que poderia prejudicar sua administração.
Integrantes do PSB e interlocutores de Eduardo Campos contaram que, na conversa de segunda-feira, no Palácio do Planalto, Dilma afirmou que será candidata à reeleição e pediu apoio do presidente do partido para atravessar 2013, principalmente por causa da crise econômica e da necessidade de retomar o crescimento do país. A informação foi divulgada pela agência Reuters, e confirmada pelo GLOBO.
— O PSB é fundamental para nós (governo). Se você é candidato ou não, não altera — teria dito a presidente para Campos, de acordo com interlocutores do pernambucano.
— Eu vou para a reeleição — teria afirmado a presidente, sem ter de volta o compromisso de apoio de Eduardo Campos.
O tom da conversa foi uma saia-justa para Campos. Ele ainda não sabe se realmente será candidato, porque, para isso, precisa costurar apoios e analisar o cenário político e econômico, para ver se tem alguma chance. O presidente do PSB não quer entrar em uma aventura, mas também não quer excluir seu nome do processo.
Enquanto isso, os socialistas continuam no governo Dilma, ocupando dois ministérios, Integração Nacional e Portos.
— Nossa estratégia hoje é que o Eduardo não pode dizer que é candidato e também não tem como dizer que não é. E ele também não quer se expor — disse uma pessoa próxima de Campos.
Depois da conversa de quase duas horas, o presidente do PSB deixou o Planalto repetindo o discurso de apoio ao governo federal, mas sem se comprometer com as eleições de 2014. Ele disse que antecipar o debate eleitoral não interessa ao desenvolvimento do país.
Essa foi a primeira vez em que Dilma falou sobre 2014 com Campos. No último dia 5, a presidente o recebeu para almoço na Bahia, onde passava férias, junto com o governador Jaques Wagner (BA) e as respectivas famílias. Amenidades dominaram a conversa, que serviu mais como um gesto de aproximação. Antes, no início de novembro, logo após as eleições municipais, os dois jantaram no Palácio da Alvorada, com a presença do vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, do presidente do PT, Rui Falcão, e da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Nessa ocasião, 2014 foi deixado de lado. A preocupação de Dilma era não deixar que as rusgas entre PT e PSB, que romperam em Fortaleza e Recife, contaminassem a relação dos socialistas com o governo federal.
Setores do PT gostariam que o ex-presidente Lula fosse candidato em 2014, já que Dilma mantém uma relação mais distante com o partido. Essa opção também funciona como uma espécie de garantia caso algo vá mal no governo. Já a presidente tem evitado falar publicamente sobre o assunto porque não quer antecipar o debate eleitoral, o que poderia prejudicar sua administração.
Integrantes do PSB e interlocutores de Eduardo Campos contaram que, na conversa de segunda-feira, no Palácio do Planalto, Dilma afirmou que será candidata à reeleição e pediu apoio do presidente do partido para atravessar 2013, principalmente por causa da crise econômica e da necessidade de retomar o crescimento do país. A informação foi divulgada pela agência Reuters, e confirmada pelo GLOBO.
— O PSB é fundamental para nós (governo). Se você é candidato ou não, não altera — teria dito a presidente para Campos, de acordo com interlocutores do pernambucano.
— Eu vou para a reeleição — teria afirmado a presidente, sem ter de volta o compromisso de apoio de Eduardo Campos.
O tom da conversa foi uma saia-justa para Campos. Ele ainda não sabe se realmente será candidato, porque, para isso, precisa costurar apoios e analisar o cenário político e econômico, para ver se tem alguma chance. O presidente do PSB não quer entrar em uma aventura, mas também não quer excluir seu nome do processo.
Enquanto isso, os socialistas continuam no governo Dilma, ocupando dois ministérios, Integração Nacional e Portos.
— Nossa estratégia hoje é que o Eduardo não pode dizer que é candidato e também não tem como dizer que não é. E ele também não quer se expor — disse uma pessoa próxima de Campos.
Depois da conversa de quase duas horas, o presidente do PSB deixou o Planalto repetindo o discurso de apoio ao governo federal, mas sem se comprometer com as eleições de 2014. Ele disse que antecipar o debate eleitoral não interessa ao desenvolvimento do país.
Essa foi a primeira vez em que Dilma falou sobre 2014 com Campos. No último dia 5, a presidente o recebeu para almoço na Bahia, onde passava férias, junto com o governador Jaques Wagner (BA) e as respectivas famílias. Amenidades dominaram a conversa, que serviu mais como um gesto de aproximação. Antes, no início de novembro, logo após as eleições municipais, os dois jantaram no Palácio da Alvorada, com a presença do vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, do presidente do PT, Rui Falcão, e da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Nessa ocasião, 2014 foi deixado de lado. A preocupação de Dilma era não deixar que as rusgas entre PT e PSB, que romperam em Fortaleza e Recife, contaminassem a relação dos socialistas com o governo federal.
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