A média do tempo de reação a partir do momento que uma placa "Pare" é avistada até a frenagem foi 1,34 segundo para os idosos, enquanto que para o grupo de adultos jovens, o tempo foi 0,96 segundo. O estudo, divulgado nesta terça-feira, foi feito com o uso de um simulador e teve a participação de 30 idosos e 15 adultos jovens.
Apesar do tempo de reação maior, 97% dos idosos participantes do estudo não se envolveram em acidentes nos últimos cinco anos, nem foram multados no último ano. O estudo detectou que os idosos evitam colisões diminuindo drasticamente a velocidade. “Intuitivamente ou não, eles diminuem a velocidade e aí eles têm um tempo maior para parar”, diz a pesquisadora do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas, Angélica Castilho Alonso.
A pesquisadora ressalta que com o aumento do número de idosos no país – em 2020, o Brasil terá a quinta maior população idosa do mundo – as cidades terão de se adaptar ao modo, mais lento, deles ao volante. “A adaptação não é proibir os idosos de dirigir. Teremos que pensar quais serão as modificações na cidade para que o idoso possa fluir sem atrapalhar o trânsito e sem correr riscos,” diz a pesquisadora, sugerindo algum tipo de identificação nos veículos.
A idade dos avaliados foi 74,3 anos para homens e 69,4 para mulheres. Eles dirigem em média há 48,5 anos, e elas há 40,6 anos. Os carros das mulheres têm em torno de 5,7 anos de uso, e o dos homens, 10,7 anos. Todos os avaliados dirigem os próprios veículos em dias de chuva, vias congestionadas e no horário do rush. A maior parte dos motoristas pesquisados – 73% mulheres e 87% homens – dirige à noite.
“Antes, nós pensávamos em um idoso motorista como aquele que dirige no entorno da sua residência, que leva os netos na escola. Mas esse perfil mudou 100%. Os nossos entrevistados afirmam que dirigem em horário de pico, na chuva, à noite, pegam estradas, sobem rampas, fazem conversões e baliza”.
Todos os entrevistados afirmaram ser cuidadosos no trânsito. Entre as mulheres, 27% já pensaram em parar de dirigir, e entre os homens, apenas 13%. “Recomendação médica, pedido familiar, facilidade de usar outro meio de transporte ou a autopercepção de incapacidade são os motivos que levariam o grupo pesquisado a parar de dirigir”, ressalta a pesquisadora.
Um comentário:
Nesta mesma pesquisa foi descoberto que a maioria dos idosos andam mais devagar que os mais jovens e tem mais rugas. Rs... Rs... Rs
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