Gleisi Hoffmann bate-boca com líder tucano
Por Gabriela Guerreiro
BRASÍLIA, DF, 19 de março (Folhapress) - Conhecida como "soldado" do governo federal no Senado, a ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR) bateu-boca hoje com o líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), durante votação de uma matéria na Comissão de Constituição e Justiça.
Após o tucano acusar o governo Dilma Rousseff de ter "destroçado" o setor elétrico, Gleisi reagiu classificando a afirmação do senador de "leviana".
Com o dedo em riste, Nunes disse que Gleisi não exerce o seu mandato para "policiar" seus discursos ou críticas.
"A senhora, por favor, não queira me policiar. A senhora não tem nenhum tipo de autoridade para me policiar. Eu falo o que eu quiser. O que a presidente fez no setor elétrico, e a senhora participou como ministra, foi uma pauta bomba que o destroçou", afirmou.
O tucano disse ainda que a ex-ministra não é "superior" a nenhum outro senador para "ditar normas" sobre os seus pronunciamentos. "A senhora não está aqui para me policiar, para me ditar normas. Eu posso falar o que eu quiser."
Gleisi reagiu dizendo que não reivindica "nenhuma superioridade" e pediu mais educação ao colega. "A educação faz parte do nosso debate. Tenho todo o direito de questionar declaração que considero leviana, que não tem base na realidade. Não tem números que comprovem que a presidenta desestruturou o setor elétrico. Nós pegamos um setor desestruturado."
Ao final do bate-boca, Nunes ironizou a ex-ministra afirmando que retirava suas declarações sobre o setor elétrico porque está "tudo uma maravilha e ninguém vai pagar a mais por energia no ano que vem".
Não foi a primeira vez que os dois senadores trocaram farpas na CCJ. Gleisi tem como hábito, desde que reassumiu seu mandato no Senado, em fevereiro, de rebater todos os discursos de oposicionistas contrários ao governo federal. O bate-boca não teve nenhuma relação com o tema do projeto discutido pela comissão, que autoriza a transferência de posse de bancas de jornais para os herdeiros dos donos.
"Soldado"
Com discursos atacando a oposição e postura mais aguerrida que a adotada por outros governistas, Gleisi é chamada de "soldado do Planalto" por congressistas que criticam a defesa enfática do modelo Dilma de governar. A senadora tem como prática rebater discursos da oposição contra o governo, nas comissões ou no plenário da Casa.
Na prática, Gleisi passou a adotar postura de líder do governo no Senado posto oficialmente ocupado pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Uma ala de senadores peemedebistas considera que ela "esvaziou" os poderes do líder, aumentando a insatisfação do aliado com o PT.
Na Casa Civil, principal ministério político do Executivo, Gleisi foi substituída por Aloizio Mercadante. Ela deixou o cargo para se dedicar à sua campanha ao governo do Paraná, que terá como mote a defesa da gestão petista.
A aparência tímida e delicada esconde o perfil adotado pela petista em seus discursos e ações --estrategicamente calculados para enfraquecer bandeiras levantadas por adversários do PT.
Um dos objetivos de Gleisi é neutralizar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), provável adversário de Dilma nas eleições de outubro. A petista também já atacou o governador Eduardo Campos (PSB-PE). Ex-aliado e outro presidenciável, ele foi chamado de "ingrato e hipócrita".
BRASÍLIA, DF, 19 de março (Folhapress) - Conhecida como "soldado" do governo federal no Senado, a ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR) bateu-boca hoje com o líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), durante votação de uma matéria na Comissão de Constituição e Justiça.
Após o tucano acusar o governo Dilma Rousseff de ter "destroçado" o setor elétrico, Gleisi reagiu classificando a afirmação do senador de "leviana".
Com o dedo em riste, Nunes disse que Gleisi não exerce o seu mandato para "policiar" seus discursos ou críticas.
"A senhora, por favor, não queira me policiar. A senhora não tem nenhum tipo de autoridade para me policiar. Eu falo o que eu quiser. O que a presidente fez no setor elétrico, e a senhora participou como ministra, foi uma pauta bomba que o destroçou", afirmou.
O tucano disse ainda que a ex-ministra não é "superior" a nenhum outro senador para "ditar normas" sobre os seus pronunciamentos. "A senhora não está aqui para me policiar, para me ditar normas. Eu posso falar o que eu quiser."
Gleisi reagiu dizendo que não reivindica "nenhuma superioridade" e pediu mais educação ao colega. "A educação faz parte do nosso debate. Tenho todo o direito de questionar declaração que considero leviana, que não tem base na realidade. Não tem números que comprovem que a presidenta desestruturou o setor elétrico. Nós pegamos um setor desestruturado."
Ao final do bate-boca, Nunes ironizou a ex-ministra afirmando que retirava suas declarações sobre o setor elétrico porque está "tudo uma maravilha e ninguém vai pagar a mais por energia no ano que vem".
Não foi a primeira vez que os dois senadores trocaram farpas na CCJ. Gleisi tem como hábito, desde que reassumiu seu mandato no Senado, em fevereiro, de rebater todos os discursos de oposicionistas contrários ao governo federal. O bate-boca não teve nenhuma relação com o tema do projeto discutido pela comissão, que autoriza a transferência de posse de bancas de jornais para os herdeiros dos donos.
"Soldado"
Com discursos atacando a oposição e postura mais aguerrida que a adotada por outros governistas, Gleisi é chamada de "soldado do Planalto" por congressistas que criticam a defesa enfática do modelo Dilma de governar. A senadora tem como prática rebater discursos da oposição contra o governo, nas comissões ou no plenário da Casa.
Na prática, Gleisi passou a adotar postura de líder do governo no Senado posto oficialmente ocupado pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Uma ala de senadores peemedebistas considera que ela "esvaziou" os poderes do líder, aumentando a insatisfação do aliado com o PT.
Na Casa Civil, principal ministério político do Executivo, Gleisi foi substituída por Aloizio Mercadante. Ela deixou o cargo para se dedicar à sua campanha ao governo do Paraná, que terá como mote a defesa da gestão petista.
A aparência tímida e delicada esconde o perfil adotado pela petista em seus discursos e ações --estrategicamente calculados para enfraquecer bandeiras levantadas por adversários do PT.
Um dos objetivos de Gleisi é neutralizar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), provável adversário de Dilma nas eleições de outubro. A petista também já atacou o governador Eduardo Campos (PSB-PE). Ex-aliado e outro presidenciável, ele foi chamado de "ingrato e hipócrita".
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