- Cortejo tinha o objetivo de pedir paz na comunidade
- Arcebispo acabou optando por apenas rezar uma missa
Carlos Alberto Teixeira
RIO — Uma procissão para pedir a paz próximo à UPP de Mandela, no
complexo de Manguinhos, prevista para ser realizada na manhã deste
sábado, foi cancelada. O cortejo iria da capela São Miguel Arcanjo até a
capela São Jerônimo Emiliani, que recebeu o Papa Francisco em maio do
ano passado. Em função dos históricos de violência recente na
região, o vicariato da região recebeu uma orientação de prezar pela
segurança dos fiéis.
— Achamos melhor não realizar a procissão para não abusar — disse o cardeal arcebispo do Rio Dom Orani Tempesta, que realizou uma missa na capela São Miguel Arcanjo para mais de 300 fiéis que estavam reunidos, sob um forte esquema de segurança.
O cardeal, que mandou ainda um recado para os policiais, disse que a Igreja está dando apoio à população, e pediu "que todos encontrem caminhos de reconciliação e entendimento, que as pessoas possam ter segurança no ir e vir e no habitar nessa cidade.
- Há policias sofrendo, mortos em combate, há alguns que tem atitudes não recomendáveis. Todos aqueles que trabalham com segurança, mesmo sabendo que existem tantos problemas ao redor, tem que ver que o bem das pessoas deve vencer qualquer violência ao redor - disse Dom Orani.
Apesar de o clima estar aparentemente tranquilo na comunidade, com famílias caminhando pelas ruas e caminhões de carga fazendo entregas, nenhum morador quis dar entrevista.
Na noite da quinta-feira, um ataque de bandidos às UPPs na região de Manguinhos deixou dois policiais feridos, incluindo o comandante da UPP da região, o capitão Gabriel de Toledo, baleado na virilha. Bandidos atearam fogo nos contêineres da UPP. Dois carros da PM também foram destruídos. Segundo moradores, uma menina quase morreu asfixiada pela fumaça, mas foi socorrida pelos policiais.
Na madrugada desta sexta-feira, durante uma reunião realizada após os ataques, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, confirmou que a ordem para os atentados partiu de chefes de uma facção do tráfico que estão em um presídio. E na sexta-feira, após uma reunião de duas horas, a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral acertaram o envio de tropas federais para reforçar as ações de combate aos ataques de organizações criminosas nas comunidades pacificadas do Rio.
Segundo o governador, a estratégia de segurança será formalizada na próxima segunda-feira, em nova reunião com representantes dos ministérios da Justiça e da Defesa, sinalizando que o reforço deverá contar com homens da Força Nacional (composta por quadros das polícias Civil, Militar e Federal) e das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). Este ano, quatro PMs de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Complexo do Alemão já foram mortos em ataques do tráfico. Além disso, já ocorreram cerca de 30 tiroteios na Rocinha.
— Achamos melhor não realizar a procissão para não abusar — disse o cardeal arcebispo do Rio Dom Orani Tempesta, que realizou uma missa na capela São Miguel Arcanjo para mais de 300 fiéis que estavam reunidos, sob um forte esquema de segurança.
O cardeal, que mandou ainda um recado para os policiais, disse que a Igreja está dando apoio à população, e pediu "que todos encontrem caminhos de reconciliação e entendimento, que as pessoas possam ter segurança no ir e vir e no habitar nessa cidade.
- Há policias sofrendo, mortos em combate, há alguns que tem atitudes não recomendáveis. Todos aqueles que trabalham com segurança, mesmo sabendo que existem tantos problemas ao redor, tem que ver que o bem das pessoas deve vencer qualquer violência ao redor - disse Dom Orani.
Apesar de o clima estar aparentemente tranquilo na comunidade, com famílias caminhando pelas ruas e caminhões de carga fazendo entregas, nenhum morador quis dar entrevista.
Na noite da quinta-feira, um ataque de bandidos às UPPs na região de Manguinhos deixou dois policiais feridos, incluindo o comandante da UPP da região, o capitão Gabriel de Toledo, baleado na virilha. Bandidos atearam fogo nos contêineres da UPP. Dois carros da PM também foram destruídos. Segundo moradores, uma menina quase morreu asfixiada pela fumaça, mas foi socorrida pelos policiais.
Na madrugada desta sexta-feira, durante uma reunião realizada após os ataques, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, confirmou que a ordem para os atentados partiu de chefes de uma facção do tráfico que estão em um presídio. E na sexta-feira, após uma reunião de duas horas, a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral acertaram o envio de tropas federais para reforçar as ações de combate aos ataques de organizações criminosas nas comunidades pacificadas do Rio.
Segundo o governador, a estratégia de segurança será formalizada na próxima segunda-feira, em nova reunião com representantes dos ministérios da Justiça e da Defesa, sinalizando que o reforço deverá contar com homens da Força Nacional (composta por quadros das polícias Civil, Militar e Federal) e das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). Este ano, quatro PMs de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Complexo do Alemão já foram mortos em ataques do tráfico. Além disso, já ocorreram cerca de 30 tiroteios na Rocinha.
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