Segundo dados do Dossiê Mulher
do Instituto de Segurança Pública (ISP), divulgado em maio do ano
passado, a maior parte dos crimes contra a mulher ocorre no espaço
doméstico e no ambiente familiar
Rio - Mulheres de vários municípios do Rio de
Janeiro fizeram na manhã deste domingo uma caminhada pela orla de
Copacabana, na Zona Sul, por direitos de gênero e contra a violência. O
evento contou com o apoio de órgãos como a Subsecretaria Estadual de
Políticas para as Mulheres e a Defensoria Pública do Estado, além de
organizações não governamentais.
Terezinha Ruade, presidenta do
Movimento Articulado de Mulheres de Saquarema (Mamas), veio ao Rio com
uma caravana de mulheres de seu município, localizado a 100 quilômetros
da capital. “Na nossa cidade, a gente tem lutado contra estupros e
violência doméstica. Buscamos a paz e a tranquilidade para que nossas
famílias possam ter uma qualidade de vida melhor”, disse.
Para a subsecretária de Políticas
para as Mulheres, Marta Dantas, ainda há muitos desafios para a garantia
dos direitos da população feminina no estado. “Primeiramente, temos que
saber quem são as mulheres [que sofrem a violência]. Muitas vezes,
quando elas são violentadas, elas não sabem se procuram a delegacia, um
advogado, um núcleo de atendimento ou uma secretaria de assistência
social. Vamos buscar trabalhar com uma rede de ONGs [organizações não
governamentais] que sabem realmente o que acontece em seus bairros”,
disse.
Segundo dados do Dossiê Mulher do Instituto de
Segurança Pública (ISP), divulgado em maio do ano passado, a maior parte
dos crimes contra a mulher ocorre no espaço doméstico e no ambiente
familiar. As mulheres são as maiores vítimas de calúnia, injúria e
difamação (72,4%), ameaça (66,7%) e agressão (65,3%). De acordo com os
dados, foram registrados quase 6 mil casos de estupro no ano passado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário