Dois assessores de Putin e o presidente deposto da Ucrânia estão entre os afetados pela ação de Obama
O Estado de S. Paulo
(Atualizada às 11h55) WASHINGTON - O presidente
americano, Barack Obama, impôs sanções contra 11 russos e ucranianos
nesta segunda-feira, 17, incluindo dois assessores do presidente
Vladimir Putin, Cladislov Surkov e Sergei Glazyev, e o presidente
deposto ucraniano, Viktor Yanukovich. O pacote de sanções é o mais sério
confronto entre EUA e Rússia desde o fim da Guerra Fria.
Veja também: Parlamento da Crimeia pede oficialmente anexação à Rússia Tártaros temem nova onda de expulsões na península
Obama ordenou o congelamento de quaisquer bens das 11 pessoas nos EUA
e as proibiu viagens ao país americano. Washington acusa as pessoas de
serem responsáveis pela incursão militar da Rússia na Crimeia. "Essas
sanções são um primeiro passo. Se a Rússia continuar a interferir na
Ucrânia, aplicaremos novas sanções", afirmou Obama, em pronunciamento na
Casa Branca. Também foram atingidos pelas sanções, segundo a agência AFP, o vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozin, a presidente da Conselho da Federação russa, Valentina Matvienko, um assessor de Yanukovich e dois ativistas separatistas da Crimeia.
"O destino da Ucrânia deve ser decidido pelo povo da Ucrânia. Os EUA continuam do lado do povo ucraniano", acrescentou Obama, ressaltando que a Rússia ficará cada vez mais isolada com as sanções e que cabe a Moscou "agravar ou amenizar esse isolamento."
Mais cedo, a União Europeia (UE) anunciou a imposição das mesmas sanções contra 21 autoridades russas e ucranianas "ligadas à piora da situação na Crimeia".
As sanções ocorrem horas depois de o Parlamento da Crimeia declarar a região um Estado independente. No domingo 16, 96,77% dos eleitores que participaram do referendo optaram pela separação do território da Ucrânia e anexação à Rússia.
Os EUA afirmam que a votação foi ilegal e, por isso, não reconhecerão seu resultado. "Como eu disse ao presidente Putin ontem, o referendo na Crimeia violou as leis internacionais", disse Obama.
"As ações de hoje enviam uma forte mensagem ao governo russo de que há consequências para a ação de violar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, incluindo o apoio de Moscou ao referendo ilegal pela separação da Crimeia", afirmou a Casa Branca./ REUTERS e AP
Nenhum comentário:
Postar um comentário