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Várias substâncias obtidas de vegetais e animais são ainda hoje
consideradas muito valiosas, mas quase todas as drogas utilizadas na
medicina moderna são produtos do avanço da química orgânica sintética e
da biotecnologia desde o final da Segunda Guerra Mundial. Pela lei
vigente nos Estados Unidos, uma droga é qualquer substância (exceto
alimentos ou dispositivos) cuja finalidade é o diagnóstico, a cura, o
alívio, o tratamento ou a prevenção das doenças, ou qualquer substância
que tenha como objetivo afetar a estrutura ou funções do corpo.
Os anticoncepcionais orais são exemplos de drogas que afetam a estrutura ou as funções do corpo sem ter relação com um processo patológico. Embora essa definição abrangente seja importante para finalidades legais, ela não é prática no dia-a-dia. Uma definição prática de droga é qualquer substância química que afeta o corpo e seus processos.
Os anticoncepcionais orais são exemplos de drogas que afetam a estrutura ou as funções do corpo sem ter relação com um processo patológico. Embora essa definição abrangente seja importante para finalidades legais, ela não é prática no dia-a-dia. Uma definição prática de droga é qualquer substância química que afeta o corpo e seus processos.
Medicamentos tradicionais, usos modernos
Droga
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Origem
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Distúrbio Tratado
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Digital
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Dedaleira-purpúrea
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Insuficiência cardíaca
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Quinina
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Casca de Cinchona
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Malária
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Alcalóides da vinca
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Pervinca
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Câncer
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Insulina
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Insulina suína, bovina e humana (manipulada geneticamente)
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Diabete
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Urocinase
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Culturas de células renais humanas
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Coágulos sangüíneos
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Ópio
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Papoula
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Dor
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Medicamentos de receita obrigatória
Legalmente, os
medicamentos são divididos em duas categorias: os que dependem de
prescrição (receita) para compra e os de venda livre. Os medicamentos de
receita obrigatória – considerados seguros para uso apenas sob
supervisão médica – podem ser fornecidos somente mediante uma receita
por escrito de um profissional habilitado (por exemplo, médico, dentista
ou veterinário).
Os medicamentos de venda livre –
considerados seguros para uso sem supervisão médica – são vendidos nas
farmácias sem receita. Nos Estados Unidos, a Food and Drug
Administration (FDA) é o órgão governamental que decide quais
medicamentos precisam obrigatoriamente de receita e quais podem ser
vendidos livremente, sem necessidade de receita. Depois de muitos anos
de uso dentro da norma de prescrição, medicamentos com excelente
registro de segurança podem ser aprovados pela FDA para venda livre, sem
necessidade de receita.
O medicamento ibuprofen, um analgésico, é
uma droga que antigamente precisava de receita para compra, mas que
atualmente pode ser comprada sem receita. Freqüentemente a quantidade do
ingrediente ativo existente em cada comprimido, cápsula, ou drágea de
uma substância aprovada para venda livre é substancialmente menor que a
quantidade em uma dose do medicamento receitado.
Nos Estados Unidos, o inventor ou
descobridor de uma substância nova recebe uma patente que lhe assegura
direitos exclusivos para uso da fórmula durante dezessete anos, embora
comumente muitos desses anos já tenham transcorrido por ocasião da
aprovação da substância para venda.
Enquanto a patente for válida, a
substância é considerada um medicamento registrado. Um medicamento
genérico (não registrado) não é protegido por patente. Depois que a
patente expira, o medicamento pode ser legalmente comercializado, com
seu nome genérico, por qualquer fabricante ou vendedor aprovado pela
FDA, mas o detentor original dos direitos autorais ainda controla os
direitos do nome comercial do medicamento. Na maior parte dos casos, as
versões genéricas são vendidas a preços mais baixos que o medicamento
original.
Nomes dos Medicamentos
Algum
conhecimento de como os medicamentos recebem seus nomes ajuda a decifrar
os rótulos desses produtos. Cada medicamento de proprietário recebe
pelo menos três nomes: um nome químico, um nome genérico (não
registrado) e um nome comercial (registrado ou de marca).
O nome químico descreve a estrutura
atômica ou molecular da substância. Embora descreva e identifique com
precisão o produto, habitualmente é muito complexo e inconveniente para
uso geral, exceto no caso de algumas substâncias inorgânicas simples,
como o bicarbonato de sódio.
Nos Estados Unidos, o nome genérico é dado
por uma organizaçåo oficial, a United States Adopted Names (USAN)
Council. O nome comercial é escolhido pela companhia farmacêutica que
fabrica o produto. A companhia tenta escolher um nome exclusivo, que
seja curto e fácil de lembrar, para os médicos receitarem e os
consumidores procurarem pelo nome. Por essa razão, em alguns casos os
nomes comerciais ligam o medicamento ao uso pretendido.
A FDA exige que as versões genéricas dos
medicamentos possuam os mesmos ingredientes ativos do original e que sua
taxa de absorção seja igual. O fabricante de uma versão genérica pode
optar por conferir ao medicamento seu próprio nome comercial quando
acredita que sua versão “de marca” irá vender melhor.
No Brasil, o Ministério da Saúde, por meio
da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, regulamentou a Lei dos
Genéricos (lei 9.787/99), estabelecendo as exigências para que um
medicamento possa ser comercializado pelo nome de seu princípio ativo.
De acordo com a lei, medicamento genérico é um preparado que contém o
mesmo fármaco da marca original e é comercializado com a Denominação
Comum Brasileira, seguida do nome do fabricante.
As exigências objetivam dar segurança
tanto a médicos como a pacientes de que o genérico terá o mesmo efeito
que o medicamento de referência (marca comercial patenteada). Não
confundir genéricos com os chamados produtos similares, também
comercializados, mas que ainda não cumprem as exigências da
regulamentação.
Genérico é o medicamento que possui o
mesmo princípio ativo, as mesmas características e a mesma ação
terapêutica que um de marca, ou de referência, pesquisado e desenvolvido
por outro laboratório farmacêutico, normalmente multinacional, cuja
patente já está vencida. Similar é um medicamento que copia os chamados
remédios de marca ou de grife, propondo-se a manter equivalência
terapêutica com os mesmos.
Princípio ativo é a substância do
medicamento que provoca sua ação terapêutica. Todo remédio tem de ter um
princípio ativo. E é este princípio ativo que será copiado para a
elaboração do genérico.
O que significa um nome ?
Nome Químico
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Nome Genérico
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Nome Comercial
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N-(4-hidroxifenil) acetamida
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acetaminofen
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Tylenol
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7-cloro-1,3-diidro-1-metil-5-fenil-2 H-1,4-benzodiazepin-2-ona
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diazepam
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Valium
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4-[4-( p-clorofenil)-4-hidroxipiperidino]-4'-fluorobutirofenona
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haloperidol
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Haldol
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DL-treo-2-(metilamino)-fenilpropan-1-ol
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cloridrato de pseudoefedrina
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Allegra D
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N”-ciano- N-metil- N’-[2-[[(5-metil-1 H-imidazol-4-il) metil]tio]etil]guanidina
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cimetidina
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Tagamet
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Dinâmica e Cinética dos Medicamentos
Duas
características clínicas principais influenciam a seleção e o uso de um
medicamento: sua farmacodinâmica (o que o medicamento faz ao corpo) e
sua farmacocinética (o que o corpo faz ao medicamento). Além do que o
medicamento faz (por exemplo, alívio da dor, redução da pressão
sangüínea, redução do nível do colesterol plasmático), a farmacodinâmica
descreve onde (o lugar) e como (o mecanismo) determinado medicamento
atua no corpo.
Embora fique logo evidente o que o
medicamento faz, o local e o mecanismo de ação precisos talvez não sejam
esclarecidos senão anos depois de o medicamento ter comprovado seu
valor, muitas e muitas vezes. Exemplificando, o ópio e a morfina têm
sido usados há séculos para aliviar a dor e a angústia, mas apenas
recentemente foram descobertas a química e as estruturas cerebrais
envolvidas no alívio da dor e na euforia produzidos por essas drogas.
Para que um medicamento funcione, ele deve
atingir o local do corpo onde está ocorrendo o problema, e é por isso
que a ciência da farmacocinética é importante. Uma quantidade suficiente
do medicamento deve permanecer no local de ação até que a substância
“faça seu trabalho”, mas não prolongadamente, a ponto de produzir
efeitos colaterais ou reações tóxicas graves.
Todos os médicos sabem que a seleção da
dose correta é tarefa verdadeiramente complicada. Muitos medicamentos
atingem o local de ação através da corrente sangüínea. O tempo
necessário para eles começarem a agir e a duração de seus efeitos
freqüentemente dependem da rapidez com que eles chegam na corrente
sangüínea, da quantidade que atinge a corrente sangüínea, da rapidez com
que eles deixam a corrente sangüínea, da eficiência da degradação
hepática (metabolismo) e da rapidez com que eles são eliminados pelos
rins e intestinos.
Ação do Medicamento
O mistério que
envolve a ação de um medicamento pode ser esclarecido, em grande parte,
se reconhecermos que os medicamentos afetam apenas a velocidade de
ocorrência das funções biológicas, isto é, não alteram a natureza básica
dos processos existentes nem criam novas funções.
Os medicamentos aceleram ou retardam, por
exemplo, as reações bioquímicas que promovem a contração dos músculos; a
regulação, pelas células renais, do volume de água e da quantidade de
sais retidos ou eliminados pelo corpo; a secreção de substâncias pelas
glândulas (como muco, ácido gástrico ou insulina); e a transmissão de
mensagens pelos nervos. Em geral, a intensidade da ação do medicamento
depende de como responderão os processos-alvo.
Assim, as drogas podem alterar a
velocidade de processos biológicos existentes. Alguns medicamentos
antiepilépticos, por exemplo, reduzem as convulsões enviando ao cérebro
uma ordem determinando que esse órgão reduza a produção de certas
substâncias químicas cerebrais. Mas os medicamentos não podem restaurar
os sistemas que já estão lesionados sem possibilidade de reparo.
Essa limitação fundamental de sua ação
justifica grande parte da frustração atual nas tentativas de tratamento
de moléstias degenerativas ou que destroem tecidos, como insuficiência
cardíaca, artrite, distrofia muscular, esclerose múltipla e mal de
Alzheimer.
Resposta aos Medicamentos
Os indivíduos
respondem de maneira diferente aos medicamentos. Uma pessoa de grande
estatura geralmente precisa de uma dose maior que uma pessoa pequena
para que ocorra o mesmo efeito. Recém-nascidos e pessoas idosas
metabolizam os medicamentos mais lentamente que crianças e adultos.
Pessoas com doenças renais e hepáticas têm
maiores problemas para a eliminação dos medicamentos depois de sua
entrada no corpo. Uma dose padrão ou média é determinada para cada
medicamento novo, com base em testes laboratoriais em animais e em
experimentos em seres humanos. Mas o conceito de uma dose média é como o
conceito de “tamanho único” para uma roupa: ela veste grande número de
pessoas suficientemente bem, mas quase ninguém fica vestido com
perfeição.
Reações adversas
No início do
século passado, o cientista alemão Paul Ehrlich descreveu o medicamento
ideal como um “projétil mágico”: direcionado precisamente para o local
da doença, sem lesionar os tecidos sadios. Embora muitos medicamentos
recentes sejam mais seletivos que seus predecessores, ainda não existe o
remédio perfeito.
Poucos medicamentos se aproximam da
precisão prevista por Ehrlich. Embora eles atuem contra as doenças,
também causam alguns efeitos indesejáveis. Esses efeitos são chamados
efeitos colaterais ou reações adversas. Se os medicamentos tivessem um
controle cruzado, poderiam manter automaticamente um nível desejável de
ação. Exemplificando, poderiam manter uma pressão arterial normal em
alguém com pressão arterial elevada, ou um nível normal de açúcar no
sangue de alguém com diabetes.
Mas a maioria dos medicamentos não pode
manter um nível específico de ação. Em vez disso, causam um efeito
demasiadamente intenso, provocando pressão arterial baixa na pessoa que
está sendo tratada para pressão arterial alta ou um baixo nível de
açúcar no sangue da pessoa com diabetes.
Apesar disso, uma boa comunicação entre
paciente e médico garante que efeitos indesejáveis sejam minimizados ou
evitados. O paciente informa ao médico como o medicamento o está
afetando, e o médico ajusta a dose. Um medicamento pode afetar várias
funções, embora objetive apenas uma delas.
Assim, os anti-histamínicos podem ajudar a
aliviar os sintomas da alergia, como nariz entupido, olhos
lacrimejantes e espirros. Mas, como a maioria afeta o sistema nervoso
central, os anti-histamínicos também costumam causar sonolência,
confusão mental, turvamento da visão, boca seca, constipação e problemas
de micção.
O modo de avaliar a ação de determinado
medicamento (efeito colateral ou efeito desejável) depende do motivo
para seu uso. Habitualmente, anti-histamínicos são os ingredientes
ativos nos sedativos que podem ser comprados livremente. Por isso,
quando esses remédios são tomados com essa finalidade, sua capacidade de
produzir sonolência é um efeito benéfico, não um efeito colateral
incômodo.
Eficácia e segurança
Os dois
princípios que norteiam o desenvolvimento de um medicamento são eficácia
e segurança. Tendo em vista que todos os medicamentos tanto podem
causar danos como benefícios, sua segurança é relativa.
Quanto mais ampla a margem de segurança
(janela terapêutica) – a diferença entre a dose efetiva comum e a dose
que produz efeitos colaterais graves ou que põem em risco a vida do
usuário – mais útil será o medicamento. Se a dose efetiva comum de
determinado medicamento for também tóxica, os médicos não desejarão
utilizá-lo, exceto em situações limite, quando não há alternativa mais
segura.
Os melhores medicamentos são eficazes e,
na maioria dos casos, seguros. A penicilina é um deles. Exceto em
pessoas alérgicas a ela, a penicilina é virtualmente atóxica, mesmo em
doses altas. Por outro lado, barbitúricos, que eram comumente utilizados
como sedativos, podem interferir na respiração, alterar o ritmo
cardíaco e mesmo causar a morte se ingeridos em excesso.
Os medicamentos sedativos mais recentes,
como o triazolam e temazepam, possuem maiores margens de segurança.
Alguns medicamentos precisam ser usados, a despeito de possuírem uma
margem de segurança muito estreita. A warfarina, por exemplo, utilizada
para evitar a coagulação do sangue, pode causar sangramentos. Pessoas
que tomam warfarina precisam ser frequentemente submetidas a exames de
controle para que se verifique se o medicamento está exercendo efeito
excessivo ou deficiente na coagulação do sangue.
Clozapina é outro exemplo. Esse
medicamento costuma trazer benefícios às pessoas que sofrem de
esquizofrenia quando todos os demais medicamentos fracassaram. Mas a
clozapina tem um efeito colateral sério: ela pode diminuir a produção
dos glóbulos brancos do sangue (leucócitos), que protegem contra
infecções. Em virtude desse risco, as pessoas tratadas com clozapina
devem realizar exames de sangue frequentes durante o tempo em que estão
usando o medicamento.
Quando as pessoas sabem o que esperar de
um medicamento, tanto no aspecto positivo como no negativo, podem, junto
com seus médicos, avaliar mais adequadamente como o medicamento está
funcionando e se estão ocorrendo problemas sérios com seu uso.
Qualquer pessoa que esteja tomando um
medicamento não deve hesitar em pedir explicações ao médico, à
enfermeira ou ao farmacêutico quanto aos objetivos do tratamento, os
tipos de reações medicamentosas adversas e os problemas que costumam
ocorrer. Deve também saber até onde esses profissionais podem participar
no plano terapêutico, para ajudar a garantir os melhores resultados.
As pessoas também devem manter bem
informados os profissionais de saúde sobre sua história clínica, os
outros medicamentos que estão tomando e qualquer outro dado relevantes
Interações Medicamentosas
Quando tomados,
no mesmo período, dois ou mais medicamentos podem interagir de forma
satisfatória ou prejudicial. Juntos, os medicamentos podem ser mais
efetivos no tratamento de um problema ou aumentar a quantidade ou a
gravidade das reações adversas. As interações medicamentosas ocorrem
tanto entre medicamentos de receita obrigatória como entre medicamentos
de venda livre.
Quando mais de um médico está envolvido no
tratamento, cada um deve tomar conhecimento de todos os medicamentos
que estão sendo utilizados. É preferível que as pessoas obtenham todos
os medicamentos de receita obrigatória em uma mesma farmácia, que
mantenha um perfil medicamentoso completo para cada paciente. Assim, o
farmacêutico pode ajudar a verificar a possibilidade de interações.
As pessoas também devem consultar um
farmacêutico de confiança ao selecionar medicamentos de venda livre (por
exemplo, laxantes, antiácidos e remédios para tosse e resfriado), em
particular quando também estão tomando medicamentos de receita
obrigatória. Embora muitas pessoas não considerem o álcool uma droga,
essa substância afeta os processos do corpo e frequentemente é
responsável por interações medicamentosas. Médicos ou farmacêuticos
podem esclarecer as dúvidas sobre possíveis interações entre o álcool e
medicamentos.
As interações medicamentosas nem sempre
são prejudiciais. Por exemplo, alguns medicamentos utilizados no
tratamento da pressão arterial alta são receitados em combinação, com o
objetivo de reduzir os efeitos colaterais que poderiam ocorrer se apenas
um medicamento fosse receitado em dose mais elevada.
Deixe que Saibam...
Para ajudar os profissionais da saúde na
formulação de um plano terapêutico seguro e eficaz, as pessoas devem
certificar-se de que o médico, a enfermeira e/ou o farmacêutico tenham
as seguintes informações:
• Quais são seus problemas clínicos
• Quais medicamentos (tanto de receita obrigatória como de venda livre) vêm tomando nas últimas semanas • Se são alérgicos ou já tiveram alguma reação incomum a qualquer medicamento, alimento ou outra substância • Se estão submetidos a dietas especiais ou a restrições alimentares • Quando mulheres, se estão grávidas ou planejam engravidar ou se estão amamentando |
Abuso de medicamentos(drogas)
Ao longo do
tempo, as drogas vêm trazendo enormes benefícios no alívio do sofrimento
e na prevenção e tratamento das moléstias. Mas, para algumas pessoas, a
palavra droga significa uma substância que altera a função cerebral de
forma prazerosa. Sempre houve um “lado obscuro” na descoberta e no uso
das drogas, especialmente das que aliviam a ansiedade ou alteram o humor
e comportamento por formas que satisfazem as necessidades emocionais
das pessoas.
O abuso de drogas – uso excessivo e
persistente de substâncias que alteram a mente, sem necessidade clínica
vem acompanhando o uso clínico apropriado dessas drogas ao longo de toda
a história. As mais comuns são: álcool, maconha, cocaína, barbitúricos,
benzo- diazepínicos, metaqualona, heroína e outros narcóticos,
anfetaminas, LSD (dietilamida do ácido lisérgico) e PCP (fenciclidina).
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