Nova vacina em teste aprisiona parasita da malária em glóbulos vermelhos
Doença mata cerca de 627 mil pessoas por ano, a maioria crianças na África subsaariana
Estados Unidos - Cientistas que pesquisam uma
vacina contra a malária, que mata uma criança por minuto na África,
desenvolveram uma nova e promissora abordagem que pretende aprisionar os
parasitas que causam a doença nos glóbulos vermelhos que infectam.
Os pesquisadores disseram nesta quinta-feira que uma vacina experimental baseada nesta ideia protegeu ratos em cinco testes e será testada em macacos de laboratório nas próximas quatro a seis semanas.
O diretor do Centro para Pesquisas Internacionais de Saúde do Hospital de Rhode Island, doutor Jonathan Kurtis, afirmou que se os testes com os macacos correrem bem, o chamado teste clínico Fase I que testará a vacina em um pequeno grupo de pessoas poderá começar em um ano e meio.
“É profundamente importante desenvolver uma vacina eficiente contra a malária”, disse o doutor Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, classificando o estudo como “um tipo novo e diferente de abordagem para obter uma vacina”.
“Como o parasita da malária tem um ciclo de replicação tão complexo, há múltiplos pontos nesse ciclo que são vulneráveis à interferência de um anticorpo ou a alguma reação que pode ser induzida por uma vacina”, disse Fauci à Reuters.
Duas abordagens existentes para o desenvolvimento de uma vacina tentaram bloquear a entrada dos parasitas no fígado ou nos glóbulos vermelhos. A nova abordagem tenta contê-los nos glóbulos vermelhos – ou, como disse Kurtis, “prendê-las em uma casa em chamas”.
Se os parasitas ficarem presos, podem ser absorvidos inofensivamente pelo baço por células do sistema imunológico chamadas macrófagos, disse Kurtis.
Os pesquisadores disseram nesta quinta-feira que uma vacina experimental baseada nesta ideia protegeu ratos em cinco testes e será testada em macacos de laboratório nas próximas quatro a seis semanas.
O diretor do Centro para Pesquisas Internacionais de Saúde do Hospital de Rhode Island, doutor Jonathan Kurtis, afirmou que se os testes com os macacos correrem bem, o chamado teste clínico Fase I que testará a vacina em um pequeno grupo de pessoas poderá começar em um ano e meio.
Usando amostras de sangue e dados
epidemiológicos coletados de centenas de crianças na Tanzânia, onde a
malária é endêmica, os pesquisadores isolaram uma proteína, chamada
PfSEA-1, que os parasitas precisam para escapar de dentro dos glóbulos
vermelhos que infectam quando causam malária.
Em seguida, os pesquisadores
descobriram que os anticorpos enviados pelo sistema imunológico do corpo
para agir contra a proteína conseguiram aprisionar os parasitas dentro
dos glóbulos vermelhos, impedindo a progressão da doença.
Os cientistas vêm lutando há anos para criar
uma vacina eficiente contra a malária, uma doença transportada por
mosquitos que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima matar 627 mil
pessoas por ano, a maioria crianças na África subsaariana.“É profundamente importante desenvolver uma vacina eficiente contra a malária”, disse o doutor Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, classificando o estudo como “um tipo novo e diferente de abordagem para obter uma vacina”.
“Como o parasita da malária tem um ciclo de replicação tão complexo, há múltiplos pontos nesse ciclo que são vulneráveis à interferência de um anticorpo ou a alguma reação que pode ser induzida por uma vacina”, disse Fauci à Reuters.
Duas abordagens existentes para o desenvolvimento de uma vacina tentaram bloquear a entrada dos parasitas no fígado ou nos glóbulos vermelhos. A nova abordagem tenta contê-los nos glóbulos vermelhos – ou, como disse Kurtis, “prendê-las em uma casa em chamas”.
Se os parasitas ficarem presos, podem ser absorvidos inofensivamente pelo baço por células do sistema imunológico chamadas macrófagos, disse Kurtis.
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