Presidente reafirmou que quer dar continuidade ao programa habitacional.
Em discurso a empresários da construção, ela defendeu subsídios federais.

"Todos aqueles que pretenderem fazer arranjos ou tomarem decisões impopulares, vocês podem ter a certeza que alguma delas será cortar uma parte dos subsídios do Minha Casa, Minha Vida", afirmou, acrescentando ter "compromisso" com o programa e que vai garantir sua continuidade, lançando a terceira etapa do programa até o fim deste mês.
A declaração foi feita na abertura do 86º Encontro Nacional da Indústria da Construção, que ocorre em Goiânia, para o qual estão convidados também os pré-candidatos à Presidência Aécio Neves (PSDB), que deverá falar nesta quinta, e Eduardo Campos (PSB), que participará do evento na sexta.
Durante seu discurso, que durou quase 50 minutos, Dilma exaltou várias vezes o Minha Casa, Minha Vida, dizendo ter "a honra de ter participado do nascimento" do programa, acrescentando que ele "não pode ser interrompido nem amesquinhado".
Ressaltou a experiência adquirida pelo governo e pelos construtores desde o lançamento em 2010 e destacou a contratação de 3,75 milhões de unidades até o fim deste ano. Ao mencionar a ascensão de "48 milhões de pessoas" à classe média e de "36 milhões" que deixaram a pobreza, Dilma disse que a principal riqueza delas está na conquista da casa própria.
Na defesa das despesas do governo, Dilma também destacou o investimento de R$ 14 billhões no Pronatec (ensino técnico); R$ 143 bilhões em obras de mobilidade urbana; além de R$ 33,8 bilhões em saneamento - todas obras de infraestrutura executadas pelo setor da construção.
"Sem subsídio não há investimento em infreaestrutura", resumiu a presidente, antes de descrever com números como funciona o financiamento de obras pelo governo. Sem subsídios, disse Dilma, também ficariam "fora" financiamentos para a agricultura, compra de máquinas para cidades e investimentos em abastecimento de água no Nordeste.
Na parte final de seu discurso, Dilma admitiu que de fato nos últimos anos o Brasil não teve o crescimento registrado até 2010, atribuindo o desempenho à crise mundial, mas destacando que o país atravessou o período mantendo o nível de emprego.
Concluiu dizendo ser importante olhar para as conquistas do país. "Na teoria do copo meio cheio e meio vazio é muito importante que não prevaleça a visão do copo meio vazio. É muito importante que se veja as conquistas desse país. Por um motivo muito simples: elas serão a base da retomada do próximo crescimento".
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