Presidente reafirmou que quer dar continuidade ao programa habitacional.
Em discurso a empresários da construção, ela defendeu subsídios federais.
Dilma
Rousseff durante abertura do 86° Encontro Nacional da Indústria da
Construção, em Goiânia (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Em discurso a empresários da construção, a presidente Dilma Rousseff
voltou a defender nesta quarta-feira (21) os gastos do governo com
infraestrutura e afirmou que quem pretender tomar "decisões impopulares"
na condução da economia do país deverá cortar parte dos recursos hoje
destinados ao Minha Casa, Minha Vida, principal programa habitacional do
governo."Todos aqueles que pretenderem fazer arranjos ou tomarem decisões impopulares, vocês podem ter a certeza que alguma delas será cortar uma parte dos subsídios do Minha Casa, Minha Vida", afirmou, acrescentando ter "compromisso" com o programa e que vai garantir sua continuidade, lançando a terceira etapa do programa até o fim deste mês.
A declaração foi feita na abertura do 86º Encontro Nacional da Indústria da Construção, que ocorre em Goiânia, para o qual estão convidados também os pré-candidatos à Presidência Aécio Neves (PSDB), que deverá falar nesta quinta, e Eduardo Campos (PSB), que participará do evento na sexta.
Durante seu discurso, que durou quase 50 minutos, Dilma exaltou várias vezes o Minha Casa, Minha Vida, dizendo ter "a honra de ter participado do nascimento" do programa, acrescentando que ele "não pode ser interrompido nem amesquinhado".
Ressaltou a experiência adquirida pelo governo e pelos construtores desde o lançamento em 2010 e destacou a contratação de 3,75 milhões de unidades até o fim deste ano. Ao mencionar a ascensão de "48 milhões de pessoas" à classe média e de "36 milhões" que deixaram a pobreza, Dilma disse que a principal riqueza delas está na conquista da casa própria.
Na defesa das despesas do governo, Dilma também destacou o investimento de R$ 14 billhões no Pronatec (ensino técnico); R$ 143 bilhões em obras de mobilidade urbana; além de R$ 33,8 bilhões em saneamento - todas obras de infraestrutura executadas pelo setor da construção.
"Sem subsídio não há investimento em infreaestrutura", resumiu a presidente, antes de descrever com números como funciona o financiamento de obras pelo governo. Sem subsídios, disse Dilma, também ficariam "fora" financiamentos para a agricultura, compra de máquinas para cidades e investimentos em abastecimento de água no Nordeste.
Na parte final de seu discurso, Dilma admitiu que de fato nos últimos anos o Brasil não teve o crescimento registrado até 2010, atribuindo o desempenho à crise mundial, mas destacando que o país atravessou o período mantendo o nível de emprego.
Concluiu dizendo ser importante olhar para as conquistas do país. "Na teoria do copo meio cheio e meio vazio é muito importante que não prevaleça a visão do copo meio vazio. É muito importante que se veja as conquistas desse país. Por um motivo muito simples: elas serão a base da retomada do próximo crescimento".
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