Em pesquisa, prevalência de obesidade foi 2,6 vezes maior entre as crianças que dormiam menos que o recomendado para sua idade
Os hábitos de sono das crianças foram acompanhadas dos seis meses aos sete anos de vida
(Thinkstock)
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Chronic Sleep Curtailment and Adiposity
Onde foi divulgada: periódico Pediatrics
Quem fez: Elsie M. Taveras, Matthew W. Gillman, Michelle-Marie Peña, Susan Redline e Sheryl L. Rifas-Shiman.
Instituição: Harvard Medical School, nos Estados Unidos, e outras
Resultado: Crianças que dormiram menos que o recomendado na primeira infância tinham maior prevalência de obesidade e acúmulo de gordura abdominal aos sete anos.
"Nosso estudo encontrou evidências de que dormir menos que o
recomendado na primeira infância é um fator de risco independente e
importante para a obesidade", diz Elsie Taveras, líder do trabalho e
professora da Harvard Medical School, nos Estados Unidos. O resultado
contraria alguns estudos que defendem que o sono influencia o ganho de
peso em apenas um período específico da vida da criança. "Nós
constatamos essa relação em qualquer fase da primeira infância", afirma
Elsie.Título original: Chronic Sleep Curtailment and Adiposity
Onde foi divulgada: periódico Pediatrics
Quem fez: Elsie M. Taveras, Matthew W. Gillman, Michelle-Marie Peña, Susan Redline e Sheryl L. Rifas-Shiman.
Instituição: Harvard Medical School, nos Estados Unidos, e outras
Resultado: Crianças que dormiram menos que o recomendado na primeira infância tinham maior prevalência de obesidade e acúmulo de gordura abdominal aos sete anos.
Os pesquisadores documentaram as horas de sono — diurno e noturno — de 1 046 crianças, por meio de entrevistas pessoais e questionários realizados com suas mães anualmente, dos seis meses aos sete anos de idade. No sétimo aniversário da criança, os cientistas mediram sua altura, peso, gordura corporal total, gordura abdominal, massa corporal magra (músculo) e circunferência da cintura e do quadril — fatores relacionados à saúde cardiovascular e metabólica.
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Quantidade recomendada — Os cientistas consideraram aquém do recomendado a quantidade inferior a doze horas diárias para crianças de seis meses a dois anos de idade; menos de dez horas para três e quatro anos; e menos de nove horas para cinco a sete anos. Com base nas declarações das mães, os pesquisadores atribuíram às crianças notas relacionadas ao seu sono: de 0 (menor quantidade de horas dormidas) a 13 (quando não há relatos de sono insuficiente).
A prevalência de obesidade e acúmulo de gordura abdominal, considerado perigoso à saúde, era 2,6 vezes maior entre as crianças com as notas mais baixas. A associação entre pouco sono e muito peso foi consistente em todas as idades. A explicação para o resultado seria a influência do sono nos hormônios que controlam a fome e a saciedade, as más escolhas de alimentos para matar a fome (causada pela privação do sono) ou rotinas domésticas que diminuem a vontade de dormir e aumentam o consumo de comida. Sono insuficiente pode também oferecer mais "oportunidades" para comer, especialmente se o tempo é gasto em atividades sedentárias, como assistir TV.
"Médicos podem ensinar a pais e filhos maneiras da criança ter uma melhor noite de sono, incluindo determinar o horário de dormir, limitar o consumo de alimentos com cafeína no fim do dia e cortar distrações tecnológicas na cama", diz Elsie.
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