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19,9% da população da região metropolitana de São Paulo tem transtorno de ansiedade e depressão atinge 11%, diz estudo
A região metropolitana de São Paulo tem índices de
depressão e transtornos de ansiedade semelhantes ao de áreas de guerra
como o Líbano e a Síria. Um estudo realizado por pesquisadores da
Faculdade de Medicina da USP e que integra uma base de dados
internacional identificou que 19,9% da população sofre de algum transtorno de ansiedade. Já em relação à depressão, os dados mostram que ela atinge 2,2 milhões, ou 11% dos 20 milhões de pessoas que moram na grande São Paulo.
“É
preocupante. É uma cidade muito estressada, muito violenta. Acreditamos
que o nível de violência tenha relação a ansiedade e a depressão”,
disse.Wang Yuan Pang, pesquisador do Instituto de Psiquiatria do
Hospital das Clínicas de São Paulo e coordenador da pesquisa São Paulo
Megacity, que integra um estudo da Organização Mundial da Saúde
realizado concomitantemente em vários países.Teste: Qual é o seu grau de ansiedade?
Wang afirma que 54% dos entrevistados relataram ter vivido pelo menos um evento violento traumatizante, que pode ir desde ser vítima de um assalto, a presenciar a morte de alguém, ou tentativa de homicídio, ou sofrer estupro.
Além do alto índice, outra preocupação
dos pesquisadores é o fato de não haver serviço suficiente para atender a
demanda. “ A gente não tem pessoal suficiente para atender esta
população” disse. No estudo, os problemas de saúde mental foram
divididos em três níveis de acordo com a gravidade. Apenas um terço
destes 10% de pessoas na categoria grave - aqueles que tentaram
suicídio, apresentaram transtorno bipolar, ou são dependentes químicos
com sinais fisiológicos -de fato receberam tratamento.
A
taxa de depressão está entre as maiores do mundo. Países da África,
menos desenvolvidos que a região metropolitana de São Paulo, têm índices
de depressão de 4%, 6%, de acordo com Wang. Mas são os casos mais
sérios de transtornos de ansiedade que deixaram os pesquisadores
alarmados, aqueles que englobam casos como fobias e até síndrome do
pânico.
Só a síndrome do pânico, um grave transtorno de ansiedade,
atinge 1,1% da população, ou 220 mil pessoas só na região metropolitana
de São Paulo. De acordo com Wang, no entanto, ela é mais percebida do
que a depressão, por exemplo, porque é mais difícil de esconder. “Ela é
extremamente incapacitante. O indivíduo não consegue sair de casa, pegar
o metrô cheio."Preconceito: Ninguém leva minha depressão à sério
O
estudo também mapeou os locais onde há mais casos de ansiedade e
depressão. Percebeu-se que as áreas periféricas, onde há menos segurança
e saneamento - as chamadas áreas de privação social - , são justamente
aquelas com menos casos de depressão e transtornos de ansiedade. “Não
quer dizer que as pessoas são mais felizes, não é isso. O que acontece é
que nessas áreas periféricas há um alto número de migrantes, que se
mudam para São Paulo para trabalhar. Quem não está saudável, com boa
saúde mental, não aguenta e volta. Nessas áreas os problemas são outros:
há muitos casos de alcoolismo e uso de drogas.”
Alimentos que ajudam a amenizar sintomas da depressão
Ricos em nutrientes, eles garantem bem-estar e ajudam no tratamento da doença
Por Roberta Lemgruber -
A
depressão é um transtorno mental bastante comum atualmente. Segundo o
Ministério da saúde, estima-se que, na América Latina, 24 milhões de
pessoas sofram com a doença. Num episódio depressivo a pessoa pode se
sentir sem energia, com o humor afetado, sem interesse e sem vontade de
fazer tarefas comuns da sua rotina, além dos sintomas físicos como dor
de cabeça e dor de estômago. Segundo o nutrólogo Roberto Navarro, nosso
cérebro produz substâncias chamadas de neurotransmissores que controlam
inúmeras funções cerebrais. Um destes neurotransmissores, a serotonina, é capaz de dar ao cérebro sensação de bem-estar, regulando nosso humor e também dando sensação de "saciedade".
A alimentação pode ajudar a produzir mais serotonina, aumentando o bom humor e ajudando no combate da depressão, entretanto, vale lembrar que ela não substitui o tratamento da doença, com a intervenção medicamentosa e terapia. "Para a produção cerebral da serotonina há necessidade de "matérias primas" (chamadas de cofatores) fundamentais para sua síntese, como exemplos: triptofano (aminoácido), magnésio, cálcio (minerais), vitamina B6, ácido fólico (vitaminas)", ressalta Navarro. A seguir, conheça alguns alimentos que melhorar o seu humor e são excelentes coadjuvantes para dar uma "forcinha" no combate da doença.
A alimentação pode ajudar a produzir mais serotonina, aumentando o bom humor e ajudando no combate da depressão, entretanto, vale lembrar que ela não substitui o tratamento da doença, com a intervenção medicamentosa e terapia. "Para a produção cerebral da serotonina há necessidade de "matérias primas" (chamadas de cofatores) fundamentais para sua síntese, como exemplos: triptofano (aminoácido), magnésio, cálcio (minerais), vitamina B6, ácido fólico (vitaminas)", ressalta Navarro. A seguir, conheça alguns alimentos que melhorar o seu humor e são excelentes coadjuvantes para dar uma "forcinha" no combate da doença.
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Castanha-do-pará, nozes e amêndoas: elas são
ricas em selênio, um poderoso agente antioxidante. Segundo a
nutricionista Abykeyla Tosatti, elas colaboram para a melhoria dos
sintomas de depressão, auxiliando na redução do estresse. As quantidades
diárias recomendadas são duas a três unidades de castanha-do-pará ou
cinco unidades de nozes ou 10 a 12 unidades de amêndoas. Mas também dá
para fazer um mix saboroso dessas oleaginosas.
Leite e iogurte desnatado: eles são ótimas fontes
de cálcio, mineral que elimina a tensão e depressão. "O cálcio ajuda a
reduzir e controlar o nervosismo e a irritabilidade. Ele participa
também das contrações musculares, dos batimentos cardíacos e da
transmissão de impulsos nervosos e regulariza a pressão arterial",
explica a nutricionista Abykeyla Tosatti. É recomendado o consumo de 2 a
3 porções por dia.
Frutas: Melancia, abacate, mamão, banana,
tangerina e limão são conhecidos como agentes do bom humor. "Todas estas
frutas são ricas em triptofano, aminoácido que ajuda na produção de
serotonina", explica a nutricionista Abykeyla Tosatti. É recomendado o
consumo de três a cinco porções de frutas todos os dias.
Laranja e maçã: elas ganham destaque porque
fornecem ácido fólico, cujo consumo está associado a menor prevalência
de sintomas depressivos. Além disso, por ser rica em vitamina C, a
laranja promove o melhor funcionamento do sistema nervoso, garante
energia, ajuda a combater o estresse e previne a fadiga.
Banana e abacate: a banana é rica em carboidrato
(hidratos de carbono), potássio e magnésio. Também é fonte de vitamina
B6, que produz energia. "A fruta diminui a ansiedade e ajuda a ter um
sono tranquilo", explica Abykeyla. Tão bom quanto, o abacate é outra
ótima opção, e antes de dormir. Consuma duas colheres de chá da fruta
pura (sem açúcar ou adoçante) todos os dias antes de se deitar.
Mel: esse alimento estimula a produção de
serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e
bem-estar. Para usufruir dos benefícios, duas colheres de sobremesa, ao
dia, são suficientes.
Ovos: "Eles são uma boa fonte de tiamina e a
niacina (vitaminas do complexo B), que colaboram com o bom humor",
aponta Abykeyla Tosatti. O recomendado é uma unidade por dia, no
máximo. Quem tem colesterol alto deve se preocupar com o consumo em
excesso, e evitar, principalmente a versão frita.
Carnes magras e peixes: "O triptofano, presentes
nestas fontes de proteína, ajuda no combate da depressão e melhora o
humor, pois aumenta a produção de serotonina, que exerce grande
influência no estado de humor, pois é capaz de reduzir a sensação de
dor, diminuir o apetite, relaxar, criar a sensação de prazer e bem-estar
e até induzir e melhorar o sono", enfatiza a nutricionista Abykeyla
Tosatti. Ela recomenda entre uma e duas porções por dia, principalmente
de peixes como atum e salmão.
Carboidratos complexos: eles ajudam o organismo a
absorver triptofano e estimulam a produção do neurotransmissor
serotonina, que ajuda a reduzir as sensações de depressão. "Uma
alimentação pobre em carboidratos, por vários dias, pode levar a
alterações de humor e depressão. Alimentos fontes de carboidratos: pães,
cereais integrais (trigo, arroz)", explica a especialista Abykeyla
Tosatti. A recomendação é de 6 a 9 porções diárias.
Aveia e centeio: os dois são ricos em vitaminas
do complexo B e vitamina E. "Estes nutrientes possuem grande
importância, pois, melhoram o funcionamento do intestino, combatem a
ansiedade e a depressão", diz a nutricionista Abykeyla Tosatti. A
recomendação é de, pelo menos, três colheres de sopa cheia por dia.
Folhas verdes: estudos mostram que uma
alimentação com consumo elevado de folato (importante vitamina do
complexo B) está associada a menor prevalência de sintomas depressivos.
Um dos alimentos ricos em folato são as hortaliças folhosas
verde-escuras (espinafre, brócolis, alface). "Algumas pesquisas mostram
que indivíduos deprimidos podem apresentar baixos níveis de vitamina
B12, levando a diminuição do folato e o desequilíbrio do metabolismo dos
neurotransmissores do cérebro associados ao controle do humor", adverte
a especialista Abykeyla Tosatti. O recomendado é a ingestão diária de
três a cinco porções por dia.
Soja: ela é rica em magnésio que é o segundo
mineral mais abundante no nosso organismo e desempenha um papel
fundamental na energia das células. Sua deficiência pode resultar em
falta de energia. "O magnésio ajuda a reduzir a fadiga e aumentar os
níveis de energia. Esse mineral combate o estresse porque tem
propriedades tranquilizantes naturais, principalmente quando combinadas
com cálcio", explica a nutricionista Abykeyla Tosatti.
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