Há três tipos de diabetes. Confira quais são eles.
Há três tipos de diabetes. São eles:
Diabetes tipo 1: está relacionado à baixa produção de insulina do pâncreas, já que as suas células sofrem de destruição autoimune. Os portadores de diabetes tipo 1 precisam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Ocorre com mais frequência em crianças, adolescentes ou adultos jovens;
Tipo 2: o tipo 2 corresponde a 90% dos casos de diabetes e é mais comum em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade. Neste caso, há a presença de insulina, mas a sua ação é dificultada pela obesidade. Na maioria das vezes, ela permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento, o que facilita a ocorrência de suas complicações no coração e no cérebro;
Gestacional: este tipo ocorre com a presença de glicose elevada no sangue durante a gravidez. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, a glicose no sangue se normaliza após o parto. As mulheres que sofreram este tipo de diabetes têm chances maiores de desenvolver o diabetes tipo 2.
Sintomas do diabetes
De acordo com Rodrigo Siqueira, endocrinologista da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, os sintomas do diabetes são: aumento da fome, aumento da sede, aumento da frequência da micção, visão turva, câimbras, cansaço, dormência nas pernas, dificuldade de cicatrização e perda de peso.
Riscos do diabetes
O diabetes mal controlado pode gerar cegueira, amputação (especialmente de membros inferiores), aumento do risco de infarto cardíaco e derrame, insuficiência renal e impotência sexual. Para o endocrinologista Rodrigo Siqueira, uma forma de prevenção da doença é manter o peso dentro da normalidade e a prática de atividade física regularmente.
Entre as formas de tratamento do diabetes estão a prática de exercícios, dieta e o uso de medicações orais ou injetáveis.
DIABÉTICOS TÊM MAIS CHANCES DE DESENVOLVER DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA (DAP)
Saiba mais sobre a doença que atinge milhões de pessoas no mundo.
A DAP caracteriza-se pela presença de aterosclerose (desenvolvimento de placas de gordura) na artéria aorta e em seus ramos principais, além do comprometimento das artérias periféricas, localizadas nos membros inferiores e superiores. Dados do Estudo Brasileiro de Monitorização de Amputações de Membros Inferiores (EBMAMI) revelam que das 7.634 amputações que ocorrem por ano no Brasil devido a doenças crônicas degenerativas, 88,6% estão relacionadas à doença arterial periférica e ao diabetes.
“Quando uma artéria apresenta um estreitamento, as partes do corpo supridas por este vaso não recebem uma quantidade adequada de sangue e oxigênio. Uma obstrução grave pode causar a morte do tecido necessitando, inclusive, de uma amputação”, explica Dr. Álvaro Razuk Filho, diretor científico da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.
Entre os fatores de risco, pacientes diabéticos são duas a três vezes mais suscetíveis a desenvolver a doença arterial periférica do que outras pessoas, sendo que ocorre mais frequentemente em homens do que em mulheres. Segundo o especialista, estima-se que cerca de 20% da população brasileira acima de 55 anos sofra da doença.
“O perfil do paciente de DAP está associado à idade, ao tabagismo e ao sedentarismo. Por ser uma doença silenciosa, os pacientes custam a procurar um especialista vascular e, na maioria das vezes, acreditam que a dor que sentem nas pernas é apenas uma dor muscular”, afirma. Os principais sintomas da doença são dores na panturrilha, nas pernas e no quadril, além de manchas avermelhadas nos membros inferiores. Com a redução da irrigação sanguínea, os pés tornam-se frios e perdem a sensibilidade.
A doença arterial periférica pode ser um aviso precoce de que um paciente tem artérias obstruídas em outras partes do corpo. Uma pessoa com DAP tem de quatro a seis vezes mais chances de sofrer um infarto do que uma pessoa que não tem a doença. Além disso, cerca de uma em cada dez pessoas que sentem dor ao caminhar também desenvolve a perda de fluxo sanguíneo nos pés, o que pode levar à amputação.
O tratamento da doença arterial periférica pode ser feito por cirurgia para desobstrução da artéria, angioplastia (passagem de cateter com um balão para eliminar a obstrução causada pela aterosclerose), cirurgia para remoção da parte obstruída e inserção de um enxerto em seu lugar.
Confira alguns dados sobre a doença:
• Estima-se que 27 milhões de pessoas no mundo sofrem de DAP e o diabetes é o maior fator de risco desta doença, sendo que a amputação é a sua maior consequência direta. A expectativa de vida de um paciente após a amputação de membros inferiores é de cinco anos.
• O diabetes melito é uma doença decorrente da falta de incapacidade da insulina de exercer adequadamente suas funções. A doença é considerada um problema de saúde pública por seu caráter crônico e por afetar grandes proporções da população.
• Segundo a Fundação Mundial do Diabetes (WDF, sigla em inglês), a prevalência da doença na América do Sul e América Central cresceu cerca de 65% nas duas últimas décadas, sendo que o Brasil e o México estão entre os 10 primeiros países no ranking da doença. No mundo são cerca de 285 milhões de pessoas que sofrem com o diabetes, e só no Brasil são mais de 7,6 milhões de casos registrados.
DIABETES TIPO 1: PESQUISA APONTA DESCOBERTA DE CURA
Estudos afirmam que é possível curar a doença.
Os primeiros testes pré-clínicos, realizados pelos pesquisadores, aconteceram em camundongos. A estratégia foi alterar geneticamente os roedores para que produzissem quantidades menores de uma substância conhecida como glucagon, responsável por impedir que os níveis de glicose fiquem muito baixos.
De acordo com a farmacêutica Jeana Escher, existem muitos estudos para buscar informações referentes à prevenção e cura da diabetes 1 e 2. “A diabetes tipo 1, além de ser uma patologia crônica onde o paciente necessita das doses diárias de insulina, pode trazer uma série de complicações como as alterações vasculares, gerando os danos e falência de órgãos como rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos”, diz, ela.
Os estudiosos norte-americanos esperam que os resultados obtidos com os camundongos comprovem que, caso os níveis de glucagon consigam ser controlados, a insulina se torna supérflua, já que os níveis de glicemia estariam normais, dispensando, assim, as injeções da substância para equilibrar a “balança” do açúcar.
“Essa descoberta poderá melhorar a qualidade de vida dos portadores de diabetes tipo 1 e, com isso, muitas complicações decorrentes desta patologia serão evitadas”, conclu
MAGROS TAMBÉM ESTÃO APTOS A DOENÇAS CARDÍACAS E DIABETES TIPO 2
Estudo mostra que magros também podem ter doença do coração
Um estudo realizado em 76 mil pessoas pelo Medical Research Council, da Grã-Bretanha, e divulgado pela revista Nature Genetics faz um alerta às pessoas magras. De acordo com o resultado da avaliação, os genes que produzem as pessoas magras estão ligados a problemas cardíacos e de diabetes tipo 2. Segundo o estudo inglês, as variantes do gene IRS1, conhecido também por “gene magro”, não diminuem a gordura nas vísceras, em torno do coração e do fígado.
Estar magro e sem gordura acumulada na pele (gordura subcutânea), não significa ser saudável. Segundo especialistas, a gordura que se acumula internamente (gordura visceral) é a mais preocupante. Ainda de acordo com especialistas, cerca de 20% das pessoas que sofrem com a diabetes tipo 2 não estão com sobrepeso.
Apesar do alerta aos magros, é importante destacar que a obesidade ainda é um fator de risco. É preciso que todas as pessoas pratiquem atividades físicas e controlem a alimentação. Viver de forma saudável é fundamental.
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