Esse padrão de alimentação se mostrou mais eficaz e saudável do que dietas que restringem gorduras ou carboidratos
Alimentos ricos em fibra: com baixa carga glicêmica, eles
melhoram a saúde de obesos e diminuem riscos de doenças crônicas
(Thinkstock)
Pesquisadores americanos observaram como três tipos diferentes de dieta
contribuem para a manutenção do peso entre pessoas com obesidade que
conseguiram emagrecer. Segundo os resultados, uma dieta que reduz a
carga glicêmica no sangue pode ser a melhor alternativa em comparação
com uma alimentação que restrinja gordura ou então carboidratos (entenda as características de cada uma dessas dietas).
O estudo desenvolvido no Hospital Brigham and Women, que é vinculado à
Universidade de Harvard, foi divulgado nesta quarta-feira no periódico The Journal of the American Medical Association (JAMA).As três dietas do estudo:
DIETA COM BAIXA CARGA GLICÊMICAEvita alimentos que aumentam rapidamente as taxas de açúcar no sangue, como carboidratos processados, açúcar branco, frutas em calda enlatadas, farinha branca, batatas e pães, por exemplo. Dá preferência a alimentos integrais, ricos em fibras. As calorias totais são distribuídas da seguinte forma: 40% de carboidratos; 40% de gordura; e 20% de proteína.
DIETA COM RESTRIÇÃO A CARBOIDRATOS
Restringe a quantidade de qualquer tipo de carboidrato e aumenta o consumo de proteínas. Das calorias totais dessa dieta, apenas 10% são carboidratos; 60% gorduras saudáveis; e 30% proteínas.
DIETA COM RESTRIÇÃO A GORDURAS
Evita gordura e dá preferência a grãos integrais, frutas e vegetais. As calorias totais são distribuídas em: 60% de carboidratos; 20% de gordura; e 20% de proteínas.
Para avaliar o efeito de cada dieta sobre a manutenção do peso dos indivíduos, a pesquisa selecionou um grupo de 21 adultos obesos ou com sobrepeso. Essas pessoas seguiram uma alimentação estabelecida pelos autores do estudo e, após conseguirem perder entre 10% e 15% de seu peso corporal, eles foram submetidos aos três tipos de dieta. Em ordem aleatória, todos os participantes seguiram as dietas propostas durante quatro semanas cada uma.
Gasto calórico — Os pesquisadores observaram que o maior gasto calórico foi obtido com a dieta que restringe os carboidratos. No entanto, ela também foi associada a um maior risco de resistência à insulina e doenças cardiovasculares. Embora um pouco menor, a alimentação de baixa carga glicêmica também se mostrou benéfica em relação ao gasto das calorias e ainda teve efeitos positivos sobre os sintomas da síndrome metabólica, como hipertensão e colesterol alto. Por outro lado, a dieta com pouca gordura foi a que proporcionou o menor gasto calórico entre os participantes.
“Essas descobertas sugerem que uma estratégia que reduza a carga glicêmica na alimentação, e não a gordura ou os carboidratos, é vantajosa para a manutenção do peso e para a prevenção de doenças cardiovasculares. Para se ter sucesso na manutenção do peso, o ideal é aliar uma alimentação que favoreça o organismo a queimar mais calorias junto a intervenções comportamentais e ambientais”, dizem os pesquisadores no artigo.
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