Rio -  A partir desta semana, carrinhos de bebês vendidos no Brasil deverão obedecer novas normas publicadas pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro). Eles deverão ter selo de qualidade. A medida já está em vigor.
Fabricantes terão 18 meses para se adaptar. Já o comércio terá 36 meses para zerar o estoque de produtos sem o novo selo.
Foto: Arte: O Dia
Arte: O Dia
O objetivo, de acordo com a portaria do Inmetro, é aumentar a segurança e diminuir o número de acidentes com crianças. De acordo com levantamento realizado pelo órgão, 11,6% dos acidentes com crianças envolvendo produtos infantis acontecem com carrinhos.“Muitas vezes, os acidentes são sérios. O bebê pode sofrer fratura no crânio e na clavícula, além de sufocamentos”, explica a pediatra Cylmara Gargalak Aziz.
Para entrar nos padrões do Inmetro, os carrinhos deverão ser aprovados em testes que vão verificar se a estrutura suporta o peso da criança e se cintos não oferecem risco de estrangulamento. “Freio de segurança obrigatório também é fundamental. Muitos acidentes ocorrem porque o carrinho anda sozinho, por exemplo, uma vez que não tem trava”, afirma o presidente da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio, Edson Liberal.
Segundo ele, ainda que os fabricantes tenham tempo para se adaptar, pais devem estar atentos às normas preconizadas pelo Inmetro. “Eles devem ler com atenção e comparar nas lojas para que tenham um produto seguro para seus bebês”, diz.
Mau uso também pode ser perigoso
De acordo com Cylmara, muitos dos acidentes com bebês ocorrem pelo uso errado dos carrinhos — principalmente a falta de colocação do uso do cinto de segurança. “Pais acham que o recém-nascido não se mexe muito e não usam o cinto. Ela acaba escorregando e caindo”, diz.
Segundo ela, também não se deve colocar almofadas e outros objetos no carrinho. “Podem sufocar e machucar”.