Dilma promete proteger produção e empregos no País
"Vamos criar e expandir parcerias internacionais para fazer isso e estamos tomando todas as medidas aqui no Brasil. (...) Desenvolvemos modelos em bases sólidas, modelo que está fincado em pés brasileiros", disse a presidente em evento na capital federal
AEDilma comentou que houve expansão do mercado de consumo e que foi criado um mercado de massa. "É óbvio que não somos uma ilha e que sofremos influência da redução do comércio internacional", admitiu, acrescentando, porém que, como o País tem pouca exposição financeira à crise, a posição do Brasil é confortável.
A presidente comentou ainda que a relação câmbio/juros ficou um
pouco melhor, que há um processo de desoneração de investimentos e que o
governo decidiu avançar em investimentos públicos em um momento em que o
investimento privado recua. Segundo ela, esse recuo é natural em
momentos críticos. "Isso assegura que não há interrupções", resumiu.
Brasil Maior
Dilma se vangloriou de o governo ter antecipado, durante o
lançamento do Plano Brasil Maior, em agosto de 2011, um problema que
assumiria a dimensão atual, com a crise do euro. "O poder de compra do
Estado seria um dos instrumentos fundamentais para estimular a nossa
economia, garantir empregos e gerar renda. Hoje tomamos mais uma
iniciativa para usar o poder de compra", citou.
O uso do poder de compra é algo consagrado como um dos mecanismos
aceitos para garantir a sustentação do crescimento econômico, na opinião
da presidente. "Mal ou bem foi feito nos Estados Unidos, na China e foi
objeto da disputa eleitoral na Europa", enumerou. Dilma disse que
frases como "compre produtos americanos" ou "compre produtos chineses"
são algo que faz parte do processo de resistência à crise.
Compras governamentais
A presidente disse que a política de compras governamentais lançada
nesta quarta-feira é a afirmação de que o governo possui mecanismos
para enfrentar a crise internacional e vai usá-los "sem nenhuma
restrição". Segundo ela, o País seguirá estimulando o investimento e o
consumo sem comprometer a estabilidade fiscal.
"O Brasil será um dos países que resistirá a essa crise porque nós
escolhemos um modelo de desenvolvimento que repousa sobre a força da
economia brasileira, do nosso mercado interno e na força dos
trabalhadores e empreendedores do País", afirmou Dilma.
Ela destacou que o programa vai atender às necessidades da
população nas áreas de saúde e educação, além de reforçar a defesa do
País e melhorar o combate às secas no semiárido nordestino. "Essa medida
vai se somar ao conjunto que já tomamos e às próximas, em um momento no
qual o mundo sofre processo de recessão, desesperança e desemprego",
acrescentou a presidente.
Dilma lembrou outras medidas tomadas desde o início do ano, para
setores da construção civil, indústria naval, agricultura familiar, além
do programa de investimentos para os Estados. A presidente também
agradeceu a aprovação pelo Congresso Nacional do Regime Diferenciado de
Contratação (RDC) para as obras do PAC, que permitirá contratações mais
rápidas.
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