A Atenção Farmacêutica consiste na provisão responsável da farmacoterapia com o propósito de alcançar resultados concretos
que melhorem a qualidade de vida do paciente. Busca, encontrar e
resolver de maneira sistematizada e documentada todos os problemas
relacionados com os medicamentos que apareçam no transcorrer do tratamento
do paciente. Além disso, compreende a realização do acompanhamento
farmacológico do paciente, com dois objetivos principais:
1. Responsabilizar-se com o paciente para que o medicamento prescrito pelo médico tenha o efeito desejado.
2. Estar atento para que ao longo do tratamento as reações adversas aos medicamentos sejam as mínimas possíveis, e no caso de surgirem, que se possa resolvê-las imediatamente.
1. Responsabilizar-se com o paciente para que o medicamento prescrito pelo médico tenha o efeito desejado.
2. Estar atento para que ao longo do tratamento as reações adversas aos medicamentos sejam as mínimas possíveis, e no caso de surgirem, que se possa resolvê-las imediatamente.
A
Atenção Farmacêutica constitui uma nova filosofia de exercício
profissional farmacêutico. Não existe porém, uma concepção concreta da
prática de tal conceito. Isso então permite a cada farmacêutico uma
certa flexibilidade para adaptar a provisão da Atenção Farmacêutica à
sua realidade, seus próprios recursos e habilidades, procurando sempre
uma farmacoterapia racional, segura e custo-efetiva para o cuidado do
paciente. Além disso, a variabilidade enorme de patologias, unido à
ampla disponibilidade terapêutica, oferece múltiplas possibilidades de
abordagem e resolução de um mesmo caso.
O
que se deve ter em mente quanto a este modo de exercício profissional, é
que a qualidade dos resultados se mede diretamente pela melhora da
qualidade de vida oferecida ao paciente. E essa
melhora deve ser obtida pela otimização da terapia medicamentosa e
resolução dos problemas relacionados aos medicamentos. O que se propõe
não é o exercício do diagnóstico ou da prescrição de medicamentos
considerados de responsabilidade médica, mas a garantia de que esses
medicamentos venham a ser úteis na solução ou alívio dos problemas do
paciente.
Fases do processo de Atenção Farmacêutica:
· Estabelecer a relação farmacêutico-paciente;
· Recolher, sintetizar e analisar a informação relevante;
· Listar e classificar os problemas relatados pelo paciente e identificados na anamnese;
· Estabelecer o resultado farmacoterapêutico desejado para cada problema relacionado com o medicamento;
· Determinar as alternativas terapêuticas disponíveis;
· Eleger a melhor solução farmacoterapêutica e individualizar o regime posológico;
· Desenvolver um plano de monitorização terapêutica;
· Iniciar o tratamento individualizado e o plano de monitorização;
· Realizar o seguimento para medir o resultado.
" A Atenção Farmacêutica previne
e soluciona problemas relacionados com medicamentos, se posta em
prática constitui a grande esperança de dar sentido a nossa profissão"
Fonte: http://www.farmaceuticovirtual.com.br/html/apresent_atfarm.htm
Um comentário:
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a atenção farmacêutica é muito importante para que os profissionais
farmacêuticos mostrem seu papel de atuação na área da saúde e obtenham
reconhecimento, é importante que as pessoas saibam que não são só o
médico e o enfermeiro que podem ajudá-las.
Atenção Farmacêutica é o conjunto de ações,, promovidas por um farmacêutico, em colaboração com os demais profissionais de saúde, que visam promover o uso racional dos medicamentos e a manutenção da efetividade e segurança do tratamento.
Segundo a Organização Mundial da Saúde a atenção farmacêutica é: um conceito de prática profissional na qual o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico. A AF é o compêndio das atitudes, os comportamentos, os compromissos, as inquietudes, os valores éticos, as funções, os conhecimentos, as responsabilidades e as habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia com o objetivo de obter resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente.
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICADe acordo com a Resolução no338, de 6 de maio de 2004, do Conselho Nacional de Saúde, que aprovou a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, Assistência Farmacêutica (AF) é:Conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população (BRASIL, 2004).FINALIDADE / PROPÓSITOContribuir na melhoria da qualidade de vida da população, integrando ações de promoção, prevenção,recuperação e reabilitação da saúde.OBJETIVOApoiar as ações de saúde na promoção do acesso aos medicamentos essenciais e promover o seu usoracional.CARACTERÍSTICAS•É parte integrante da política de saúde.•Área estratégica do sistema de saúde para o suporte às intervenções na promoção, prevenção dedoenças e no tratamento.•Apresenta procedimentos de natureza técnica, científica e administrativa.FUNÇÕES ATIVIDADES•Planejar, coordenar, executar, acompanhar e avaliar as ações.•Articular a integração com os serviços, profissionais de saúde, áreas interfaces, coordenação dosprogramas, entre outras.•Elaborar normas e procedimentos técnicos e administrativos.•Elaborar instrumentos de controle e avaliação.•Selecionar e estimar necessidades de medicamentos.•Gerenciar o processo de aquisição de medicamentos.•Garantir condições adequadas para o armazenamento de medicamentos.•Gestão de estoques.•Distribuir e dispensar medicamentos.•Manter cadastro atualizado dos usuários, unidades e profissionais de saúde.
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA ATENÇÃO BÁSICA•Organizar e estruturar os serviços de AF nos três níveis de atenção à saúde no âmbito local e regional.•Desenvolver sistema de informação e comunicação.•Desenvolver e capacitar recursos humanos.•Participar de comissões técnicas.•Promover o uso racional de medicamentos.•Promover ações educativas para prescristores, usuários de medicamentos, gestores e profissionais da saúde.•Desenvolver estudos e pesquisa em serviço.•Elaborar material técnico, informativo e educativo.•Prestar cooperação técnica.•Assegurar qualidade de produtos, processos e resultadoConceitos relacionados
- Farmácia comunitária
Conselho Federal de Farmácia. Resolução N.º 357 De 20 De Abril De 2001. Aprova o Regulamento Técnico das Boas Práticas de Farmácia.
- Acompanhamento farmacoterapêutico
OPAS (org.). Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. - Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24 p.
- Intervenção farmacêutica
OPAS (org.). Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. - Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24 p.
- Atendimento Farmacêutico
OPAS (org.). Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. - Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24 p.
- Uso Racional de Medicamentos
Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de medicamentos 2001. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
- Dispensação
Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de medicamentos 2001. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
- Problemas relacionados ao medicamento
Comitê de consenso. Segundo Consenso de Granada sobre Problemas Relacionados con Medicamentos. Ars Pharmaceutica 2002; 43 (3-4): 175-184.
- Assistência farmacêutica
Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de medicamentos 2001. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
A História da Atenção Farmacêutica pode ser contada pelos artigos publicados ao redor do mundo sobre o tema. Os artigos citados abaixo têm sido forte influência na construção da atenção farmacêutica no Brasil
Assistência farmacêutica
A assistência farmacêutica é um conceito que engloba o conjunto de práticas voltadas à saúde individual e coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial, no ciclo logístico (manufatura, aquisição, programação, armazenamento, distribuição e dispensação). É uma atividade multidisciplinar1 , mas os farmacêuticos é quem são os responsáveis por prestar o conhecimento do uso de medicamentos de forma racional.2 3
A Resolução nº 338, de 6 de maio de 2004 do Conselho Nacional de Saúde, diz que a assistência farmacêutica é conjunto de ações voltadas à promoção, à proteção, e à recuperação da saúde, tanto individual quanto coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial, que visa promover o acesso e o seu uso racional; esse conjunto que envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população.1
Papel do Profissional Farmacêutico
Na assistência farmacêutica, cabe aos farmacêuticos irem além da simples logística de adquirir, armazenar e distribuir. É necessário, programar aquisições, selecionar medicamentos em relação ao seu custo benefício, dispensar com orientação, distribuir e armazenar segundo às diretrizes, verificar surgimento de reações adversas, entre outras tantas ações.1
Alguns exemplos de ações da assistência farmacêutica
- Laboratório de análise químicas
- Farmácia comercial
Fornecimento de colheres ou copos-dose para medicamentos que indiquem como administração colher de chá, colher de sopa, onde muitas vezes o paciente não tem ideia da medida.
Anamnese farmacêutica, onde o farmacêutico consegue avaliar o paciente, em um local separado e privativo.
Automedicação
- A automedicação é a prática de ingerir medicamentos
sem o aconselhamento e/ou acompanhamento de um profissional de saúde
qualificado, em outras palavras, é a ingestão de medicamentos por conta e
risco por um indivíduo.1
Cultura da automedicação
A cultura da automedicação, somada a geniosidade do marketing, expõem inúmeras pessoas ao perigo. Pesquisa feita pelo Ministério da Saúde em novembro de 2008 relata que apenas 30% dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva conseguiram absorver os princípios ativos que necessitavam. As causas do problema seriam o uso incorreto de substâncias durante vários períodos da vida, onde o sistema imune é perturbado, facilitando assim intoxicações, hipersensibilidade e resistência de organismos nocivos. Em 2004, o Brasil era o primeiro país do mundo na venda de medicamentos. A abertura comercial proporcionou ao país importações de vitaminas, sais minerais e complementos alimentares. Os medicamentos são comprados, por indicações de amigos, matérias de jornais, revista, Internet ou indicação do balconista. O culto à beleza impulsionou as vendas de medicamentos para emagrecer e vitaminas. A onda das psicoses, fez a classe média consumir antidepressivos sem recomendação médica. Antitérmicos, antiinflamatórios e analgésicos são os medicamentos mais utilizados, sem qualquer tipo de orientação. Munhoz R.F.; Gatto A.M.; Fernades A.R.C; realataram em estudo que um dos principais fatores que levam as pessoas a se automedicar é achar que o problema é pouco importante, o que se transcreve em um grande risco à própria saúde, também relataram que a classe terapêutica mais utilizada no grupo pesquisado foi a dos analgésicos, seguida dos anti térmicos e antiinflamatórios e que a propaganda de medicamentos influencia na automedicação. Tendo em vista os problemas decorrentes da automedicação e principalmente quando esta é feita com uso de antibióticos (o que pode aumentar a resistência do microrganismo e transforma-los em uma bactéria multirresistente), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em outubro de 2010, modificou algumas regras para a venda de antibióticos, que a partir de então passaram a ser vendidos em farmácias e drogarias apenas com retenção de receita médica. A realidade de hoje é muito diferente, as farmácias possuem sempre um farmacêutico para orientar os clientes, quanto ao uso eficácia e segurança dos medicamentos. O acesso aos medicamentos mais utilizados pela população estão facilitados pela criação das farmácias populares, onde o cidadão é atendido por farmacêuticos.
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