26 de setembro, o Dia Nacional do Surdo
Os problemas auditivos são sentidos por cerca de 15% de brasileiros, mas, com o apoio da tecnologia e estudos avançados, já é possível melhorar a qualidade de vida de quem sofre com esse mal.
A Comunidade Surda Brasileira
comemora, no dia 26 de setembro,
desde 2008, o Dia Nacional do Surdo, data em que são relembradas
as lutas históricas por melhores
condições de vida, trabalho,
educação, saúde, dignidade e
cidadania. Foi escolhido esse dia em especial porque em 26 de setembro
de 1857 foi fundado o Instituto Imperial de Surdos-Mudos do
Brasil, a primeira escola para surdos do
país.
Os problemas auditivos podem ter causas
congênitas, podem ser adquiridos por várias
causas incluindo a superexposição a
ruídos ou surgirem em decorrência do envelhecimento natural – a
razão mais comum de problemas auditivos.
“Apesar de a presbiacusia –
a perda auditiva que acontece devido o envelhecimento
– ser a principal causa de surdez, cerca de 30 a 35%
das perdas auditivas em adultos são causadas devido
à exposição intensa a ruídos e
sons muito altos,”. Um dos hábitos comuns do dia-a-dia que faz com que possa haver uma futura
lesão no ouvido é o fato de se passar muito
tempo com fones de ouvido – ouvindo música
alta.
“O uso de fones de ouvido com a música alta, o uso indevido de hastes flexíveis de algodão, a poluição sonora e até o barulho do trânsito em grandes cidades podem causar um estrago considerável no canal auditivo”, alerta a médica.
E,
além dessas questões citadas anteriormente,
existem certas doenças que também podem
interferir diretamente no sistema auditivo –
principalmente em mulheres gestantes. “Problemas como
a rubéola na gravidez, caxumba, otite e prematuridade
são as principais causas de surdez em
crianças” explica Rita, que diz que,
além dessas, a meningite, problemas vasculares e a
otosclerose – certa patologia genética que
acontece em jovens adultos – também podem levar
à perda auditiva.“O uso de fones de ouvido com a música alta, o uso indevido de hastes flexíveis de algodão, a poluição sonora e até o barulho do trânsito em grandes cidades podem causar um estrago considerável no canal auditivo”, alerta a médica.
Apesar de a surdez atingir cerca de 15% dos brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), muitas pessoas ainda não sabem que existem alternativas muito eficazes para lidar com esse problema. “Hoje, o exame de Emissões Otoacústicas, popularmente conhecido como teste da orelhinha – que ajuda a detectar o problema de surdez precocemente – já é obrigatório, ainda no berçário, em todos os hospitais e maternidades do país”, ressalta.
Outra boa notícia é que o SUS disponibiliza aparelhos auditivos e implantes cocleares gratuitos para pessoas que apresentam necessidade. Além disso, já existem medicações mais eficientes, antibióticos com menos efeitos colaterais e a evolução tecnológica das próteses também beneficiam quem tem problemas dessa natureza.
Vale lembrar que o uso de Libras, a Língua Brasileira de Sinais, também vem se popularizando. Uma lei regulamentada em 2005 torna seu ensino obrigatório nos cursos de formação de professores em nível médio e superior, assim, o acesso a esse conhecimento se torna cada vez maior, e as pessoas que sofrem com esse mal não se sentem mais a margem da sociedade.
Rita de Cassia
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