9.24.2013

DIA DO SURDO



26 de setembro, o Dia Nacional do Surdo

Os problemas auditivos são sentidos por cerca de 15% de brasileiros, mas, com o apoio da tecnologia e estudos avançados, já é possível melhorar a qualidade de vida de quem sofre com esse mal.

A Comunidade Surda Brasileira comemora, no dia 26 de setembro, desde 2008, o Dia Nacional do Surdo, data em que são relembradas as lutas históricas por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde, dignidade e cidadania. Foi escolhido esse dia em especial porque em 26 de setembro de 1857 foi fundado o Instituto Imperial de Surdos-Mudos do Brasil, a primeira escola para surdos do país.
Os problemas auditivos podem ter causas congênitas, podem ser adquiridos por várias causas incluindo a superexposição a ruídos ou surgirem em decorrência do envelhecimento natural – a razão mais comum de problemas auditivos.
“Apesar de a presbiacusia – a perda auditiva que acontece devido o envelhecimento – ser a principal causa de surdez, cerca de 30 a 35% das perdas auditivas em adultos são causadas devido à exposição intensa a ruídos e sons muito altos,”. Um dos hábitos comuns do dia-a-dia que faz com que possa haver uma futura lesão no ouvido é o fato de se passar muito tempo com fones de ouvido – ouvindo música alta.
“O uso de fones de ouvido com a música alta, o uso indevido de hastes flexíveis de algodão, a poluição sonora e até o barulho do trânsito em grandes cidades podem causar um estrago considerável no canal auditivo”, alerta a médica.
E, além dessas questões citadas anteriormente, existem certas doenças que também podem interferir diretamente no sistema auditivo – principalmente em mulheres gestantes. “Problemas como a rubéola na gravidez, caxumba, otite e prematuridade são as principais causas de surdez em crianças” explica Rita, que diz que, além dessas, a meningite, problemas vasculares e a otosclerose – certa patologia genética que acontece em jovens adultos – também podem levar à perda auditiva.
Apesar de a surdez atingir cerca de 15% dos brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), muitas pessoas ainda não sabem que existem alternativas muito eficazes para lidar com esse problema. “Hoje, o exame de Emissões Otoacústicas, popularmente conhecido como teste da orelhinha – que ajuda a detectar o problema de surdez precocemente – já é obrigatório, ainda no berçário, em todos os hospitais e maternidades do país”, ressalta.
Outra boa notícia é que o SUS disponibiliza aparelhos auditivos e implantes cocleares gratuitos para pessoas que apresentam necessidade. Além disso, já existem medicações mais eficientes, antibióticos com menos efeitos colaterais e a evolução tecnológica das próteses também beneficiam quem tem problemas dessa natureza.
Vale lembrar que o uso de Libras, a Língua Brasileira de Sinais, também vem se popularizando. Uma lei regulamentada em 2005 torna seu ensino obrigatório nos cursos de formação de professores em nível médio e superior, assim, o acesso a esse conhecimento se torna cada vez maior, e as pessoas que sofrem com esse mal não se sentem mais a margem da sociedade.
Rita de Cassia 

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