Aécio some em debate polarizado por Dilma e Marina
No encontro do SBT, presidenta pergunta duas vezes a
Marina sobre o pré-sal. Com a polarização, o tucano debateu a maior
parte do tempo com os chamados "nanicos"
A
presidenta Dilma Rousseff e a candidata do PSB à Presidência, Marina
Silva, levaram as disputas nas pesquisas de intenção de voto para o
estúdio do SBT, onde aconteceu nesta segunda-feira, 1º/9, o segundo debate presidencial
destas Eleições 2014. Assim, em todas as oportunidades que teve, Dilma
priorizou perguntas para a concorrente do PSB. E vice-versa.
Nos dois blocos em que jornalistas faziam perguntas para candidatos e escolhiam alguém para comentar, a primeira escolhida foi a presidenta, com comentário de Marina. E, em seguida, era pedida uma resposta de Marina, com comentários de Dilma. Em meio à polarização entre as duas líderes das pesquisas, coube ao candidato tucano Aécio Neves debater a maior parte do tempo com os chamados "nanicos".
O primeiro questionamento de Dilma à Marina, que foi também a primeira pergunta do debate, foi sobre os recursos para cumprir suas promessas. “De onde a senhora vai tirar verba para cumprir 140 bilhões de reais em promessas?”, questionou a presidenta. Na resposta, Marina Silva lembrou do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo no último mês de agosto.
“Serão cumpridos a partir dos esforços para que o País volte a ter eficiência nos gastos públicos. A sociedade paga muito alto para que as coisas sejam mal feitas, como dizia Eduardo Campos”, disse Marina. A resposta levou Dilma a endurecer na tréplica. “Quero dizer que a senhora falou, falou, mas não disse de onde vai vir o dinheiro. O montante prometido pela senhora equivale a quase tudo que se gasta com saúde e educação hoje”, retrucou.
O embate entre as duas continuou nos outros blocos. Na sua vez, Marina Silva pressionou Dilma por conta do alto número de famílias endividadas no País. A presidenta respondeu, mas aproveitou para cutucar Marina sobre “contradição” no discurso da rival, que promete fazer uma “nova política”.
“Marina, nós tiramos 32 milhões de pessoas da pobreza. Levamos 40 milhões de pessoas para a classe médica. Há contradições sim entre querer política econômica de arrocho salarial e a o mesmo tempo defender conquistas sociais. Sem negociação, a senhora não consegue aprovar grandes interesses do Brasil. Ganhei muitas [batalhas] e perdi algumas. Sem apoio no Congresso, não é possível [governar]”, criticou Dilma.
Marina ironizou a resposta. “A presidente Dilma tem dificuldade em reconhecer erros. Defendo, sim, a autonomia do Banco Central. Por isso. É preciso institucionalizar a política econômica. E não manter essa postura de dizer que esta tudo colorido”, afirmou a ex-ministra.
Pré-sal
Em pergunta direta à candidata Marina Silva, Dilma Rousseff questionou por que ela despreza a Petrobras, uma empresa “invejada” no mundo inteiro. Em sua defesa, a ex-senadora declarou que não despreza a estatal, mas que aposta em políticas para além do pré-sal. “Não podemos ficar onde a bola está, precisamos ir para onde a bola vai estar. O Brasil tem energia eólica negligenciada pelo governo”, respondeu a candidata do PSB.
“O pré-sal é um dos maiores patrimônios do povo, existem outras energias, mas ele está aí e deve ser explorado. Com o pré-sal poderemos investir mais em creches e educação, só com o pré-sal teremos mais de R$ 1 trilhão. Não há contradição entre uma e outra (petróleo e eólica). O Brasil explorou energia eólica, seremos o segundo maior exportador”, disse a presidenta Dilma Rousseff.
Aborto
Em resposta ao jornalista Patrick Santos, da Jovem Pan, Eduardo Jorge defendeu o direito da mulher ao aborto. "Quando eu era deputado, fui o deputado que apresentou o projeto de legalização e regulamentação [da prática]. Fui o primeiro a discutir que mulheres que interrompem a gravidez não poderiam ser consideradas criminosas. A lei que revoga essa lei cruel e reacionária é de minha autoria".
Em seguida, Marina respondeu: “Quando entrei no PV, pedi que se fizesse cláusula de consciência em relação a alguns temas que eu pessoalmente não defendo, como a questão do aborto. O que eu defendo é que esse debate seja feito com cuidado e responsabilidade. Não é fácil, pois envolve questões éticas, morais e filosóficas. Em vez de discutir o mérito, vai para o rótulo. Eu não satanizo ninguém que defenda a legalização das drogas ou o aborto. O que eu quero é, através de um plebiscito, chegar a uma conclusão sobre esses temas.”
Nos agradecimentos finais, Pastor Everaldo, como fez em outras vezes, usou seus agradecimentos finais para se colocar contrário ao tema, dizendo que não precisa "nem de plebiscito", em referência à fala de sua colega evangélica.
Ao final do programa, os candidatos podiam escolher se iam ou não ao encontro dos jornalistas, que assistiram ao debate de um estúdio ao lado. O único que passou por lá foi Aécio Neves, que atacou Dilma e Marina e falou que "quando a razão voltar" ele irá ao segundo turno.
Nos dois blocos em que jornalistas faziam perguntas para candidatos e escolhiam alguém para comentar, a primeira escolhida foi a presidenta, com comentário de Marina. E, em seguida, era pedida uma resposta de Marina, com comentários de Dilma. Em meio à polarização entre as duas líderes das pesquisas, coube ao candidato tucano Aécio Neves debater a maior parte do tempo com os chamados "nanicos".
O primeiro questionamento de Dilma à Marina, que foi também a primeira pergunta do debate, foi sobre os recursos para cumprir suas promessas. “De onde a senhora vai tirar verba para cumprir 140 bilhões de reais em promessas?”, questionou a presidenta. Na resposta, Marina Silva lembrou do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo no último mês de agosto.
“Serão cumpridos a partir dos esforços para que o País volte a ter eficiência nos gastos públicos. A sociedade paga muito alto para que as coisas sejam mal feitas, como dizia Eduardo Campos”, disse Marina. A resposta levou Dilma a endurecer na tréplica. “Quero dizer que a senhora falou, falou, mas não disse de onde vai vir o dinheiro. O montante prometido pela senhora equivale a quase tudo que se gasta com saúde e educação hoje”, retrucou.
O embate entre as duas continuou nos outros blocos. Na sua vez, Marina Silva pressionou Dilma por conta do alto número de famílias endividadas no País. A presidenta respondeu, mas aproveitou para cutucar Marina sobre “contradição” no discurso da rival, que promete fazer uma “nova política”.
“Marina, nós tiramos 32 milhões de pessoas da pobreza. Levamos 40 milhões de pessoas para a classe médica. Há contradições sim entre querer política econômica de arrocho salarial e a o mesmo tempo defender conquistas sociais. Sem negociação, a senhora não consegue aprovar grandes interesses do Brasil. Ganhei muitas [batalhas] e perdi algumas. Sem apoio no Congresso, não é possível [governar]”, criticou Dilma.
Marina ironizou a resposta. “A presidente Dilma tem dificuldade em reconhecer erros. Defendo, sim, a autonomia do Banco Central. Por isso. É preciso institucionalizar a política econômica. E não manter essa postura de dizer que esta tudo colorido”, afirmou a ex-ministra.
Pré-sal
Em pergunta direta à candidata Marina Silva, Dilma Rousseff questionou por que ela despreza a Petrobras, uma empresa “invejada” no mundo inteiro. Em sua defesa, a ex-senadora declarou que não despreza a estatal, mas que aposta em políticas para além do pré-sal. “Não podemos ficar onde a bola está, precisamos ir para onde a bola vai estar. O Brasil tem energia eólica negligenciada pelo governo”, respondeu a candidata do PSB.
“O pré-sal é um dos maiores patrimônios do povo, existem outras energias, mas ele está aí e deve ser explorado. Com o pré-sal poderemos investir mais em creches e educação, só com o pré-sal teremos mais de R$ 1 trilhão. Não há contradição entre uma e outra (petróleo e eólica). O Brasil explorou energia eólica, seremos o segundo maior exportador”, disse a presidenta Dilma Rousseff.
Aborto
Em resposta ao jornalista Patrick Santos, da Jovem Pan, Eduardo Jorge defendeu o direito da mulher ao aborto. "Quando eu era deputado, fui o deputado que apresentou o projeto de legalização e regulamentação [da prática]. Fui o primeiro a discutir que mulheres que interrompem a gravidez não poderiam ser consideradas criminosas. A lei que revoga essa lei cruel e reacionária é de minha autoria".
Em seguida, Marina respondeu: “Quando entrei no PV, pedi que se fizesse cláusula de consciência em relação a alguns temas que eu pessoalmente não defendo, como a questão do aborto. O que eu defendo é que esse debate seja feito com cuidado e responsabilidade. Não é fácil, pois envolve questões éticas, morais e filosóficas. Em vez de discutir o mérito, vai para o rótulo. Eu não satanizo ninguém que defenda a legalização das drogas ou o aborto. O que eu quero é, através de um plebiscito, chegar a uma conclusão sobre esses temas.”
Nos agradecimentos finais, Pastor Everaldo, como fez em outras vezes, usou seus agradecimentos finais para se colocar contrário ao tema, dizendo que não precisa "nem de plebiscito", em referência à fala de sua colega evangélica.
Ao final do programa, os candidatos podiam escolher se iam ou não ao encontro dos jornalistas, que assistiram ao debate de um estúdio ao lado. O único que passou por lá foi Aécio Neves, que atacou Dilma e Marina e falou que "quando a razão voltar" ele irá ao segundo turno.
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