Segundo especialista, falar em público tem muito a ver com a
autoconfiança que cada indivíduo possui. Isso porque antes de tudo a
pessoa precisa confiar naquilo que está falando.
“Existem sim algumas pessoas que já nascem com essa pré-disposição para serem bons oradores, mas isso não significa que quem não nasceu com essa capacidade não pode desenvolvê-la. Muito pelo contrário, ela pode – e deve – desenvolver essa habilidade que é tão significativa no mundo atual”, opina Michel Soares, especialista em oratória.
Soares, que administra treinamentos para pessoas que têm dificuldade para falar em público há mais de cinco anos, percebe quais são as principais dificuldades para essas pessoas e, o mais importante, como superar esses obstáculos. “Falar em público tem muito a ver com a autoconfiança que cada indivíduo possui. Isso porque, antes de tudo, a pessoa precisa confiar naquilo que está falando, e só assim transmitirá confiança para aqueles que a ouvem” comenta.
Algumas das dicas que Soares oferece para que o medo de falar em público seja pelo menos amenizado são: falar com propósito. “Saiba o que vai falar e domine o assunto. Isso é primordial, afinal, traz segurança e conforto na hora de falar em público”, explica.
Outras soluções são enfrentar o medo de frente: “esse é o segredo para o sucesso. Quando um medo é enfrentado ele é dissolvido, pois o cérebro dessensibiliza e diminui gradativamente a sensação de ameaça.
Não existe uma receita de bolo para aprender a falar em público, mas para aqueles que não conseguem superar o medo sozinhas, Soares sugere o uso de técnicas terapêuticas para acelerar esse processo. O especialista ressalta que cada técnica funciona melhor com uma pessoa, e para isso, é preciso testá-las. “Usar uma técnica terapêutica é fundamental para acelerar o aprendizado, pois ressignifica as memórias traumáticas e elimina todo e qualquer desconforto na hora de falar. As técnicas mais eficazes em minha opinião são: EFT, PNL (Programação Neurolinguistica) Hipnose e Terapia cognitivo comportamental”, ressalta.
Para serem potencializadas, essas técnicas devem ser feitas com o auxílio de um bom profissional, que faz com que o medo seja amenizado e, em vários casos, até eliminado.
Sua dieta
Medo de falar em público: Saiba como melhorar!
As
pessoas que sentem medo de falar em público, a grande maioria não está
relacionado com situações em que se tem de falar perante multidões. Pelo
contrário, muitas pessoas ficam temerosas em situações menores do
dia-a-dia. Sentem receio a falar frente a frente, num pequeno grupo de
pessoas, ou até mesmo para pedir uma indicação lhes causa um terrível
incómodo. Uma pessoa pode ficar nervosa durante uma reunião, quando os
colegas de trabalho têm de interagir com ela. Ou pode ficar ansiosa ao
apresentar-se a novos colegas.
Exemplo de um relato: Quando eu fiz a defesa de tese, todo o tempo os meus joelhos estavam tremendo, e as minhas mãos suando. E isso foi apenas na frente do meu orientador e dois membros da comissão. Por dentro, principalmente no começo, eu estava gritando “me tira daqui“.
CASCATA DE SINTOMAS FÍSICOS E PENSAMENTO NEGATIVOS
As pessoas também podem ficar ansiosas
em situações ou atividades na comunidade. Há pessoas que ficam ansiosas
na igreja, quando convidados a fazer uma leitura ou um elogio, ou mesmo
quando se faz um brinde. A ansiedade
pode disparar quando algumas pessoas falam com alguém que represente a
autoridade. Aquilo que as pessoas mais temem relativamente à tarefa de
falar em público é a sua própria reação física e que outros irão notar
os seus sintomas. Os sintomas podem incluir uma voz trémula, sudorese,
tremores, rubor facial, dificuldade em recuperar o fôlego, tonturas,
náuseas, problemas gastrointestinais e outros.
Para além da cascata de sintomas físicos provocados pela ansiedade
gerada pela dificuldade de estabelecer um diálogo, a mente pode também
ser inundada com pensamentos de medo. Estes pensamentos automáticos
negativos como: “As outras pessoas vão pensar que sou estúpido porque gaguejo e fico agitado quando falo” ou “Como é que eu vou sair dessa?”
Ao iniciar-se este ciclo vicioso do corpo/mente gera-se dúvida
nas capacidades para lidar de forma eficaz com as situações. Quanto
mais sintomas corporais se fizerem sentir, mais alerta a mente fica, e
consequentemente mais medo é sentido e mais o corpo amplifica esses
sintomas.
Como resultado, muitas pessoas tentam o
seu melhor para evitar falar em público. O evitamento proporciona alívio
imediato, mas é temporário e prejudicial. Para além de afastar a
pessoa das suas tarefas e necessidades, irá reforçar ainda mais o
comportamento de evitamento de situações desagradáveis, dado que quando
evita falar em público os seus sintomas negativos diminuem, gerando um
sentimento de bem-estar, mas aumentando o problema original (mais medo
de falar em público).
Felizmente, existem muitas maneiras
saudáveis que você pode aprender e diminuir o pânico de falar em
público. Em seguida apresento algumas estratégias para aprender a lidar com a ansiedade e medo, assim como para reforçar a auto confiança e a auto estima:
O SEU CORPO E A ANSIEDADE
Dado que as pessoas que sofrem de medo
de falar em público ficam usualmente muito preocupadas com o que está
acontecendo no seu corpo, é importante a prática de estratégias para
diminuir os sintomas físicos. O primeiro passo é parar de temer as
reações físicas, pois esse medo aumenta ainda mais a intensidade dos
sintomas. Observe essas sensações sem se exaltar, aceite os sintomas
e aguente a onda de ansiedade. Para que possa conseguir fazer isso é
preciso relembrar-se que embora o sintomas sejam desagradáveis, eles não
lhe podem causar dano nenhum, não irão prejudicá-lo. Depois de um pico
de intensidade máxima dos seus sintomas, eles têm inevitavelmente de
reduzir.
A respiração
A respiração é outra fator importante a
ter em consideração. Muitas pessoas nas situações agudas prendem a
respiração ou respiram muito rápido, de forma irregular e superficial.
Essas sensações criam uma reação de emergência no corpo. Aprender
algumas técnicas respiratórias de forma controlada e voluntária é um
recurso importante para a diminuição dos sintomas físicos desagradáveis.
Exemplo prático:
Respire, inspire e expire enquanto pensa
em algumas imagens ou pensamentos que induzam uma palavra como, “estou
calmo” ou ” relaxa”, ou “ok descontrai”. Expire lentamente e expire
totalmente. À medida que inspira pense na palavra escolhida, e quando
expira tente livrar-se da tensão, stress ou medo. Para aprofundar este
assunto, leia o nosso artigo: 10 técnicas poderosas de relaxamento.
A técnica de respiração agregada às sensações de relaxamento
minimizam a tensão no seu corpo. Quando estamos com medo, os nossos
músculos ficam mais contraídos e tensos, porque estamos em guarda,
ficamos prontos na iminência que algo aconteça. Quando você está tenso, o
seu corpo pressente o perigo. Quanto mais consciente tiver desse
estado, mais facilmente e de forma deliberada irá conseguir relaxar a
tensão no corpo, ao descontrair o corpo, mais ele dá a mensagem para si
mesmo que já não existe necessidade de proteger-se contra o perigo
inicial.
A expressão corporal
A sua postura e expressões faciais jogam
um papel importante na expressão do seu medo. Quando uma pessoa está
relaxada e confiante, os seus ombros estão abertos, a sua postura é
ereta e esboça-se um sorriso suave. Mas, quando você está com medo, a
sua postura é mais fechada, todo o corpo colapsa, você quer ser
invisível. O seu rosto expressa tensão, sobrolho franzido, testa
enrugada, maxilares fechados. Em vez disso, consciente e deliberadamente
adote uma postura confiante e relaxada, enviando mensagens para o seu
corpo de que tudo irá correr bem e que está capaz de lidar com o desafio
entre mãos. Desta forma você aciona a parte mais primitiva do seu
cérebro, enviando a mensagem para si mesmo: “não há perigo aqui”.
A SUA MENTE E O MEDO
Para
ajudar a sua mente a tornar-se numa aliada de confiança e a aumentar a
sua consciência e diminuir os pensamentos automáticos prejudiciais é
necessário tonar-se mais consciente dos seus processos de pensamento e
do diálogo que tem consigo mesmo. É imperativo implementar
formas de auto-diálogo mais positivas e construtivas, afirmando formas
de lidar com os seus medos e ao mesmo tempo agir de acordo com isso. Esta forma de descrever a ação de forma virada para a solução, redireciona a sua atenção para a sua estrutura mental positiva
e consequentemente dá-lhe de volta uma sensação de capacidade para
executar a tarefa temida. A ação de execução da tarefa sobrepõem-se ao
medo. Mesmo com a noção de dificuldade presente, a sua atenção está
agora focada no processo que tem de realizar.
Para aprofundar este assunto, pondere ler o artigo: Abandone a preocupação, passe à ação
O medo, na
grande maioria das vezes distorce a realidade. Se for um medo
construído nas suas inseguranças, você vai acreditar que aquilo que está
sentido não o deixa realizar o que pretende e pode conduzi-lo a
pensamentos do tipo “se eu perder a noção do que estou dizendo, eu vou parecer um idiota e perder a credibilidade e o respeito de todos.” Na
realidade, embora seja desagradável perder a sua linha de pensamento,
“não é uma catástrofe” e a probabilidade de perder a sua credibilidade e
respeito pode revelar-se muito baixa. Mesmo que possa temporariamente
esquecer algo, as pessoas nem sempre são castradoras, com calma e foco é
possível recuperar de novo a linha de raciocínio. Na pior das
hipóteses, mesmo que perante esse pequeno incidente algumas pessoas
possam julgá-lo, você teve a oportunidade de fazer o que tinha de ser
feito, seguir em frente e comprovar que mesmo com algum sentimento de
medo e um ou outro pequeno percalço é possível cumprir aquilo a que se
propôs.
Poder de foco
Então, tal como podemos concluir,
uma parte importante para o treinamento da sua mente é o poder do foco.
Quando estamos com medo, a nossa mente tende a fixar-se nas coisas que
são assustadoras para nós, como os sintomas do nosso corpo ou no
auto-julgamento. E, para o bom e para o mau, aquilo em que nos focamos
expande-se. Desta forma, se nos momentos que antecedem a exposição
pública você se focar em coisas que o façam sentir-se vulnerável e
fraco, todos os seus receios aumentam até ao ponto da incapacidade,
fazendo a sua mente gritar: “não consigo, tenho de sair daqui”. Regride-se a um estado infantil, sentindo-se impotência.
Em vez disso, concentre-se em coisas que
façam parte do processo de interação ou de exposição física e verbal. O
seu foco depende de si. Foque-se em alguns dos seus pontos fortes, faça
com que eles se expandam. Visualize-se numa situação difícil e como os
seus pontos fortes o ajudariam a ultrapassar essa dificuldade.
Posteriormente construa um cenário de sucesso e o que seria necessário
fazer para que você fosse bem sucedido. Simule mentalmente o seu
desempenho. Simule e visualize-se a ultrapassar os seus receios e
relembre-se daquilo que usou para o ajudar. Essa será a sua estratégia
de eficácia e segurança.
Dica: Diga a si próprio, “mesmo sentido sensações desagradáveis e este medo irracional, eu irei conseguir executar aquilo que necessito e quero, pois sei o que fazer e naquilo em que me focar para ser bem sucedido”,
Quando as pessoas estão ansiosas, tendem
a perder a sua perspectiva. Sentem que tudo o que fazem é monumental e
tudo é muito arriscado. Mude a sua perspetiva. Imagine qual a
importância desse pequeno acontecimento daqui a 5 ou 10 anos?
Provavelmente não terá qualquer relevância, ou se tiver será ínfima.
Dica técnica para executar: Com isto em mente, foque-se nas estratégias necessárias à execução de um bom desempenho. Junte a essas estratégias, as técnicas de respiração e relaxamento, assim como uma boa expressão corporal. Coloque-se nesse estado. Faça isso. Certamente a sua atitude mudou. Você passou a expressar uma atitude positiva. Sente-se agora mais capaz de enfrentar os seus receios. O seu corpo ficou mais vigoroso, mais ereto, a sua expressão facial abriu-se, o seu discurso mais fluído e a sua voz mais segura. Certamente todo o seu corpo transmite-lhe confiança. E a confiança é a antítese do medo.
O SEU ESPÍRITO
Espírito, significa a relação que você
estabelece consigo mesmo, como os outros e com o mundo, e não ser-se
religioso. Isto numa perspetiva psicológica. O nosso medo está
relacionado com as preocupações do ego, expressando auto-foco e proteção
a nós mesmos. Se pretendemos dar uma boa impressão de nós mesmos e
preocuparmo-nos com o que os outros irão pensar acerca de nós, poderá
inflamar o medo. Como a forma de nos relacionarmos passa pelo contato
com os outros através da nossa linguagem verbal e não verbal, cada vez
que temos de interagir e falar com outros, é quase como se a nossa auto
estima estivesse na linha de fogo. Se o nosso espírito, ou estado mental
for receoso, então o que descrevi anteriormente faz sentido. O nosso
espírito será tomado pelo medo, e a nossa auto estima passa a estar na
linha da frente da batalha que pretendemos enfrentar. E o resultado,
como podemos imaginar, é levar uns tiros nos próprios pés.
Uma ótima maneira de elevar o seu
espírito é conectar-se às pessoas e ao seu propósito. Isto porque
quando estamos com medo, tudo gira em torno de nós, e como os
acontecimentos nos irão afetar, fazendo-nos esquecer o verdadeiro
propósito de querer efetuar o nosso objetivo. Lembre-se que na interação
com os outros, você está lá para compartilhar informações, e não para
colocar o seu ego à prova. Em vez de resistir e afastar-se dessas
situações, desenvolva um espírito aberto. Além disso, quanto mais você
humanizar as pessoas, menos medo terá delas. Por vezes, o seu medo é
igual ao medo dos outros. Eles são tão humanos quanto você.
PERDA DE CONTROLE
Temer a perda de controle também
amplifica a ansiedade. Assim, aprender a gerir o medo, a ansiedade e
confiar que está a aprender um conjunto de estratégias e formas de
raciocinar é imperativo para criar a percepção de que no final tudo vai
ficar bem.
Embora seja sábio preparar e ensaiar uma
conversa, ou alguns cenários para que no momento de se expor tenha algo
que lhe transmita segurança. É igualmente importante que vá com o
fluxo e deixar que tudo acontece naturalmente. Além disso, Aprenda a
confiar em si mesmo, nos outros, e em algo mais.
Dica: Lembre-se que se trata de, apenas aparecer, ser quem você é, e genuinamente conectar-se e compartilhar informação com os outros.
A maioria das pessoas odeia a sua
ansiedade de falar em público e quer conquistá-la o mais rapidamente
possível, se fosse possível quase como que por magia. Mas isso é de todo
impossível. Sejamos então realistas, a maioria das circunstâncias
difíceis são os nossos melhores professores. Se adotarmos este ponto de
vista, a ansiedade ou o medo de falar em público deve ser olhado não como um inimigo, mas como uma lição a ser aprendida.
Muitos dos meus clientes ficaram
surpreendidos com aquilo que aprenderam e descobriram acerca deles
mesmos, acerca dos outros e da vida, aceitando o desafio de enfrentar os
seus medos, aprenderam a lidar com a ansiedade
de uma maneira muito melhor e eficaz. Isto permite-nos parar e prestar
atenção naquilo que realmente importa. Trabalhar com o medo, em vez de
contra ele, pode levar ao desenvolvimento pessoal e espiritual.
Se você pretende movimentar-se
livremente na esfera social, então isso significa que vai ter que
aprender como iniciar uma conversa, continuar uma conversa e ser capaz
de fazer isso com uma ampla gama de pessoas com diferentes interesses e
valores, na verdade, você vai precisar aprender a fazer conversa de
ocasião.
Aquilo que se pretendo não é que se
transforme num exímio conversador, mas que fique munido de algumas
ferramentas que lhe permitam ser capaz de manter a sua própria linha de
raciocínio, no sentido de eliminar o vaguear da mente para pensamentos
de interferência que conduzem ao desconforto.
Barreira à conversa nº1
A ansiedade social
impede que você se sinta confiante e confortável, seja falar com
desconhecidos ou até mesmo com os seus entes queridos. A conversa de
ocasião é uma forma de conversa que você necessita para falar sobre uma
gama de assuntos, por vezes de forma fugaz com pessoas que não conhece
num cenário que lhe é geralmente desconhecido. Se sofrer de ansiedade
social, significa que esta é uma das áreas ou situações que certamente
mais evita. Pode acontecer a pessoa sofrer de medo de falar em público
sem ter ansiedade social. Mas quem sofre de ansiedade social, a
probabilidade de ter medo de falar em público está quase sempre
presente.
Quebre esta barreira lendo os seguintes artigos:
Barreira à conversa nº2
Não é apenas o facto de ter saber como
fazer uma conversa de ocasião interessante e estimulante para ambas as
partes que faz com que a maioria das pessoas fiquem ansiosas, se sintam
um pouco desajeitadas e grossas, é também o facto dos pensamentos
ruminantes negativos muitas vezes interferirem no diálogo. Os
pensamentos ruminantes negativos, são pensamentos que surgem dentro da
sua cabeça e que fazem-no sentir-se mal. Normalmente você não fica
ciente do que está dizendo, mas percebe como se está sentido, e
usualmente sente-se mal.
Este tipo de pensamentos torna quase
impossível sentir-se relaxado e calmo quando tem de conversar com as
pessoas, e é muito mais provável que fique consciente e auto-focado na
percepção que a outra pessoa lhe transmite de também sentir-se
desconfortável enquanto fala com você.
Quebre esta barreira lendo os seguintes artigos:
Barreira à conversa nº3
Então o que é que você pode
abordar com alguém que não conhece, num ambiente desconhecido, se sofre
de ansiedade social ou medo de falar em público?
A resposta, infelizmente, é tudo e nada,
exceto os temas habituais de sexo, política e religião, e se estiver
a trabalhar, então não diga mal do seu gerente ou chefe. Para além disso
você pode falar sobre tv, feriados, o que está passando nas notícias,
os mais recentes gadgets, dos seus filhos, algo engraçado que você viu,
todos os assuntos podem ser interessantes e divertidos para ambos se
você souber como introduzir o assunto corretamente.
Quebre esta barreira lendo o seguinte artigo:
COMO INTRODUZIR UM TEMA DE CONVERSA CORRETAMENTE
Para introduzir um tema de conversa
corretamente, você precisa ouvir o que a outra pessoa está dizendo,
encontrar um gancho ou um link para um assunto que você tenha em mente e
moldá-la em torno de uma frase de transição, tais como “eu percebo
o você quer dizer com isso, já me aconteceram situações semelhantes com o
meu computador, há alguns dias o meu computador … “
Você também pode usar uma pergunta
para “forçar” a outra pessoa a falar mais sobre o assunto. Você pode
pedir a sua opinião sobre algo. Você pode dar uma opinião.
Mas a maior barreira que você encontrará é alimentar a sua inibição, isto pode arruinar qualquer tentativa de diálogo.
INIBIÇÃO, ONDE COMEÇA E COMO PARÁ-LA
Praticamente todos os
problemas relacionados com a ansiedade, e que consequentemente geram
medo e inibição começam na nossa cabeça, começa nos pensamentos
que temos acerca do que a outra pessoa pode estar pensando, o que
pensamos sobre nós mesmos e sobre o nosso desempenho.
Dizer uma piada e todo mundo virar os olhos, ter alguém que se desvie
de nós enquanto falamos e pior ainda, inventar uma desculpa descabida e
sair, deixando uma mensagem subtil de que estavamos a ser chatos e
entediantes e que por isso todos se recusam a falar connosco. Bem, este
cenário desprezível, é certamente aquilo que já lhe passou algumas
vezes pela cabeça como tendo grande probabilidade de realmente
acontecer.Declarações motivacionais
Para evitar a inibição é necessário
parar de pensar sobre si mesmo (nos seus medos) e sobre o seu
desempenho, e focar-se apenas em si, nas suas habilidades, nas suas
forças e virtudes. Faça disso a sua missão, foque-se nas suas
declarações motivacionais ou de enfrentamento, assim como aquelas que
lhe transmitem calma, e diga-as a si mesmo em voz alta ou de forma
silenciosa a qualquer momento que precise.
É como ter a sua própria conversa de
vitalidade portátil à sua disposição na forma de uma afirmação que se
pode dizer quer em voz alta ou de forma silenciosa, inpirando-o e
fazendo-o sentir-se bem. Mas, atenção, não será por dizer umas quantas
frases ou palavras que irá resolver o seu problema, longe disso. Tem de
perceber e sentir que essas palavras mexem consigo, que acredita nelas e
que acima de tudo consegue transformá-las em ações. Consegue fazer com
que elas o orientem e motivem a continuar em situação percepcionadas
como difíceis.
Para aprofundar este assunto, pondere ler os artigos:Passos para a construção das suas declarações motivacionais:
- Escreva uma lista de pequenos tópicos de conversa.
- Escreva uma afirmação ou frase que lhe transmita bem-estar assim que a verbalize
- Pratique com as pessoas da sua confiança e ajusta conforme necessário
- Perceba com os outros fazem e modele o estilo que mais lhe convém
- Esteja pronto para aproveitar algumas situações sociais e accione a sua declaração motivacional quando necessário.
COMPLEMENTO
O medo de falar em público comporta em
si algumas fragilidades associadas à percepção que a pessoa tem acerca
de si mesmo, de alguns dos seus traços, capacidades e crenças. É
imperativo que para além de algumas especificidades que abordei
referentes a esta problemática, sejam complementadas com o
desenvolvimento e melhoria de três construtos vitais. Falo da superação
da timidez, da melhoria da auto-estima e da construção da
auto-confiança. Acredito que se trabalhar nestes três aspetos em
conjunto, ficará mais próximo de superar o seu medo de falar em público.
Que as leituras e consequentes
exercícios propostos, assim como as novas formas de raciocinar não sejam
um impeditivo de abraçar esta oportunidade para resolver o seu medo de
falar em público. Claro que é trabalhoso, claro que necessita da sua
dedicação, persistência e motivação.
Não desista nas primeiras dificuldades, e muito menos em pequenos
recuos. Se recuar, é sinal que já conseguiu dar alguns passos, é
possível voltar a conseguir, e desta vez com mais conhecimento para ir
mais longe. Para ir até à total superação do seu medo de falar em
público.
Não faria sentido estar a repetir
matéria já escrita e publicada por mim. Como complemento indispensável à
sua melhoria, pondere ler os seguintes artigos:
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