"Se os bancos privados forem financiar nos mesmos padrões dos bancos públicos, sejam muito bem-vindos. Mas aí tem que ter prazos mais altos e juros mais baixos", disse a presidente.
Para Dilma, subsídios geram investimentos para as empresas, que, por sua vez, geram empregos. Ela também disse que há impactos positivos no campo, com os subsídios para o setor agrícola. "Ora, se pararem com isso, o agronegócio brasileiro não tem as mesmas condições de gerar não só a produção que gera, mas garantir o nosso saldo na balança comercial", completou ela, citando ainda o programa Minha Casa, Minha Vida, que também é subsidiado.
"Nós temos, sim, uma política de subsídio. Não nos envergonhamos dela, pelo contrário. Achamos que ela viabilizou muitas conquistas e sustenta toda a estrutura produtiva desse país", disse.
PAPEL
A presidente também sugeriu desconhecimento da campanha do PSB em relação ao papel dos bancos. "O papel dos bancos não é algo que simplesmente se coloca, se escreve que ele vai ser assim, assado. É bom conhecer primeiro como é que funciona para depois propor, porque senão você desestrutura a economia brasileira", completou.
Dilma então retomou as críticas. "É absolutamente temerário, inacreditável que alguém proponha reduzir o papel dos bancos públicos".
Apesar das críticas, Dilma disse que, no caso do desemprego, não está afirmando que a sua adversária irá gerar desempregos. E tentou explicar. "Eu não estou atribuindo à pessoa, não estou dizendo que A, B ou C vai fazer isso. Estou dizendo que quando você escreve que você vai reduzir o papel dos bancos públicos tem uma consequência, assim como quando você diz: 'Olha, eu vou antecipar 10% do PIB para a educação, 10% da receita bruta para a saúde, vou antecipar impostos para os municípios'. Então, qual é o problema? Você tem de dizer de onde vai sair [o dinheiro]", disse.
Foi a primeira vez nesta campanha que Dilma foi a Minas Gerais e ignorou o seu concorrente tucano, Aécio Neves, não lhe reservando críticas.
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