9.25.2014

Justiça autoriza enterro de grávida encontrada morta no RJ


Jandyra desapareceu após sair para fazer um aborto
Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução

Nesta quinta-feira, a Justiça do Rio de Janeiro autorizou o enterro do corpo de Jandyra Cruz, grávida que foi encontrada morta no mês passado em Guaratiba, zona oeste da cidade. Sem a autorização de um juiz, ela teria que ser enterrada sem identificação. As informações são da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado.
O pedido foi feito pela irmã da vítima, Joyce Magdalena dos Santos Liane. De acordo com o alvará expedido pela juíza Ingrid Carvalho de Vasconcellos, ela informou que a mãe "não teve condições psicológicas de providenciar os trâmites burocráticos relativos ao sepultamento”.
O corpo carbonizado foi encontrado sem digitais e arcada dentária no dia 27 de agosto, abandonado dentro de um carro, com marcas de tiros. Após um exame de DNA feito com material genético fornecido por familiares de Jandyra a identificação foi confirmada. 
A carioca, que estava grávida de quatro meses, estava desaparecida desde o final de agosto, quando saiu para fazer um aborto clandestino em Campo Grande, também na zona oeste. 
Prisões
Suspeitos de facilitar a realização de abortos já foram presos na cidade. Segundo a polícia, Marcelo Eduardo Medeiros e Monica Gomes Teixeira sublocavam uma casa em Campo Grande para a quadrilha. A técnica de enfermagem Rosemere Aparecida Ferreira também foi presa, apontada como chefe do esquema. Outro detido foi o policial civil Edilson dos Santos, ex-marido de Rosemere, que tinha um mandado de prisão expedido contra ele em 2013 e atuava como segurança da quadrilha. 
Já Carlos Augusto Graça de Oliveira, apontado como falso médico que realizava os procedimentos, está foragido.

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