12.09.2014

João Pedro Zappa comenta cenas 'picantes' com Deborah Secco

'Quando ela trocava de roupa na minha frente eu ficava de boca aberta. Pô, é a Deborah Secco, né?', disse o ator

Patrícia Teixeira
João Pedro Zappa já está na mira de diretores por conta de atuações
Foto:  Bruno de Lima / Agência O Dia
Rio - Bastou um abraço mais apertado para Deborah Secco identificar seu par perfeito para o filme ‘Boa Sorte’, em cartaz nos cinemas. A química entre a atriz e João Pedro Zappa foi tanta que ganhou repercussão fora das telonas e fez com que o ator carioca, de 26 anos, ficasse na crista da onda, elogiado pela crítica. Foram muitas as cenas comoventes entre o casal, mas nenhuma marcou tanto quanto a da morte de Judite, personagem de Deborah, na opinião de Zappa. Nem mesmo as de nudez.
“Nas cenas de sexo ela dominava, ela dizia pra equipe: ‘Vamos lá, gente, já estou acostumada! Sexo é bom na vida real, no cinema é uma merda’”, relembra ele. “Logo nos primeiros ensaios, ela já estava bem à vontade. Mas é claro que quando ela trocava de roupa na minha frente eu ficava de boca aberta. Pô, é a Deborah Secco, né? Mulher maravilhosa. Mas sempre tive muito foco”, diz, aos risos.
O encantamento rolou, ele admite, mas garante que nada além do profissional. “Parceria é o que define melhor o que a gente teve. Também tem aquela coisa de que onde se ganha o pão não se come a carne. E eu pensava: ‘Imagina, essa mulher tá fora da minha alçada. Vou ficar aqui quietinho. Mas a entrega em cena rolou, a gente beijava mesmo. Os meu amigos que não são atores ficam loucos.”
As cenas ousadas eles ensaiavam sem se tocar, o ator explica. O trabalho, inicialmente, era para exercitar a mente, o calor, para depois ir para o toque. “Fiquei um pouco tímido de tirar a roupa, nunca tinha feito nada nu. Na cena do sexo, teve um momento em que tive que usar tapa-sexo. Pela situação em si, pela proximidade dos corpos. Era melhor usar, né? Somos humanos, mas também não dá pra dizer que teria uma puta ereção, porque não dá para ter. É muita gente, muitos olhares em cima de você”, conta, com uma risada marota.
O ator e Deborah Secco em ‘Boa Sorte’: ‘A entrega em cena rolou, a gente beijava mesmo. Os meu amigos que não são atores ficam loucos.’
Foto:  Divulgação
Assuntos como Aids e drogas, abordados no longa de Carolina Jabor, também não são nenhum tabu para o ator, que defende a legalização das drogas e admite só ter feito teste de HIV uma única vez. “Vamos legalizar, pelo amor de Deus. Óbvio que tem que haver um planejamento sério em termos de saúde, de como vão liberar as drogas mais pesadas. Não pode ser um oba-oba. Sou completamente a favor da legalização e de um projeto que pense nisso como uma coisa que não seja nociva”, pontua.
“Também deveria ter um controle da qualidade da maconha, por exemplo. Aqui no Brasil eu nem fumo, não consigo fumar essa maconha prensada, que você nem sabe o que é que tem nela”, expõe. Quanto à prevenção da Aids, ele salienta que já transou sem camisinha algumas vezes. “A gente vai aprendendo com a vida, claro que não sou nenhum santo. Tiveram momentos em que acabei não usando (camisinha), mas no geral sou bem prevenido. Mas acho que deve-se ter uma preocupação em relação a todas essas doenças sexualmente transmissíveis.”
João Pedro pode ser pequeno no tamanho (ele mede 1,68m), mas já é um gigante para muitos diretores de cinema e teatro. Ele festeja o bom momento e vibra ter chegado onde chegou sem precisar passar por ‘Malhação’. “Tenho vontade, mas nunca fiz novela. Muitos amigos meus do meio falavam que a ‘Malhação’ era a porta de entrada. Não para mim. Até fiz testes, mas não tinha o espírito daquilo. Talvez por isso não tenha passado”, avalia

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