12.08.2014

Planejamento financeiro de empresas


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1- Tenha um calendário
Para se planejar é importante saber como e quando se dão as movimentações financeiras. Nesse sentido, é de grande ajuda criar um calendário colocando as datas de despesas e recebimentos. Isso será útil para o planejamento mensal, fazendo com que você saiba qual será sua renda e evitando que fiquei no vermelho.
2- Adote um de sistema de custos
Precificar nunca é uma tarefa fácil. Mas é possível compreender o processo ao analisá-lo por partes. A estrutura básica de um sistema de custos é composta pelos seguintes elementos: sistema de custeio, modalidade de custeio e sistema de acumulação de custos. Isso também deve estar em seu planejamento, afinal, é uma maneira de saber quanto é possível lucrar.
O empreendedor deve decidir qual será o seu sistema de produção (contínua ou por encomenda), que irá orientar como será feita acumulação de custos. A partir dele segue a decisão do sistema de custeio (por histórico ou por predeterminados). E, ao final, como será feito o custeio, se por absorção ou variável.
3- Faça o planejamento orçamentário anual
Este procedimento é fundamental para planejar o ano seguinte do empreendimento. Para ajudar no processo, é possível dividir as questões principais em áreas, com objetivos e metas quantificadas, entre marketing, RH, pesquisa e desenvolvimento, estoque, TI, PDV e outras. O mais importante é que este plano seja detalhado e com metas gerais mensais – que deverão ser passadas aos funcionários e sempre checadas .
4- Estabeleça audição de registros e conferência de documentos
A burocracia existe e é impossível fugir dela. Portanto, o melhor a fazer é entender quais os processos de registro e documentação necessários e estruturá-los de forma a evitar erros e dores de cabeça. Atenção às emissões de notas, cupons e todo tipo de documentação que precisa estar à mão, seja para a auditoria, contadores, administradores ou para o governo.
Isso irá ajudá-lo a enxergar todas as movimentações financeiras, como você paga fornecedores, recebe dos clientes, administra as despesas. Ao verificar documentos e registros, é possível planejar como organizá-los. Isso é de extrema importância para área financeira. Muitas empresas hoje em dia têm adotado sistemas que facilitam essa gestão, integrando processos e permitindo um acesso rápido e atualizado da movimentação da empresa, a fim de descobrir possíveis desvios de rota para que sejam corrigidos o quanto antes.
O importante é lembrar que o gerenciamento é um processo diário, necessitando de atenção constante para que se mantenha na rota esperada. Planejar como esse gerenciamento será feito garante que você tenha suas movimentações financeiras à vista, sem sustos e preparado para os imprevistos.
Lembre-se que quem faz o planejamento financeiro define como a operação da empresa irá caminhar!
Fonte:  Administradores.com
 
RIO - Em muitas pequenas e médias empresas, a organização financeira nem sempre aparece no topo da lista das prioridades. Preocupados, em sua maior parte, apenas em criar produtos inovadores e serviços diferenciados, é comum esbarrar com empreendedores sem um controle de caixa que permita saber se todos os pagamentos estão corretos. Para não fazer parte desse índice, dizem especialistas em finanças, uma boa organização financeira é essencial para tomar decisões em momentos difíceis e crescer quando a economia começa a perder fôlego.— Em toda e qualquer empresa deve haver planejamento financeiro com objetivos, projeções e estratégias bem definidas. Caso contrário, facilmente o controle sobre as despesas será perdido — diz Alexandre Lopes, diretor de Operações do TagPlus, empresa que oferece sistemas de gestão.

Claudio Carvalho dos Santos, professor de administração da UFRJ, diz que as pequenas e médias empresas não devem misturar as contas empresariais com as pessoais. Segundo ele, isso torna ainda mais difícil o plano de expansão da companhia, principalmente, na hora de obter empréstimos, já que o empreendedor não vai saber se o próprio negócio consegue gerar caixa suficiente para pagar os juros. É nesse ponto que o especialista sugere atenção redobrada: pesquisar as condições nos bancos.
— O ideal é pesquisar em vários bancos as condições de pagamento, como taxas de administração e juros. Como os juros básicos no Brasil estão em alta (a Selic subiu para 11,25%) e a inflação está em patamar elevado ( a projeção é ficar perto do teto da meta neste ano, de 6,5%), a economia tende a desacelerar, o que vai afetar a geração de caixa da empresa, que não pode estar com parte dos recursos comprometidos com o pagamento de juros — afirmou Santos.
Por isso, veja algumas dicas de planejamento financeiro:
FLUXO DE CAIXA
A melhor maneira de manter as despesas sob controle é acompanhar a entrada e a saída de dinheiro através do fluxo de caixa. Isso permite que o empreendedor tenha uma visão ampla da situação financeira do negócio, além de facilitar a contabilização dos ganhos e gestão da movimentação financeira. Se a companhia estiver crescendo demais, tornando o acompanhamento de todas as movimentações financeiras mais difíceis, pode recorrer a softwares de gerenciamento.
CAPITAL DE GIRO
É preciso ter uma quantia de dinheiro reservada para que o negócio possa fluir com tranquilidade, ainda mais no início de um grande projeto ou até mesmo da empresa. Mas não basta ter esse recurso extra disponível em caixa. É preciso saber administrá-lo, além de entender que o capital de giro existe para honrar com os compromissos imediatos ou lidar com problemas de última hora.
SEM VIDA PESSOAL
Não se deve misturar a conta pessoal com a conta empresarial. Uma falha é achar que, por ser dono do negócio, o empreendedor pode misturar as contas. Ao misturar as duas contas, a lucratividade do negócio nunca vai acontecer. Além disso, ficará ainda mais difícil reinvestir o dinheiro, gerado pela própria operação, no negócio, sem buscar recursos da vida pessoal.
GASTOS
Muitas pequenas e médias empresas, geralmente, se preocupam com os grandes gastos, como aluguel, impostos e salários. E, por isso, deixam de lado as despesas pequenas e rotineiras, como água, luz, material de escritório, internet, produtos de limpeza e manutenção de equipamentos. Para que um negócio dê certo, é preciso ter controle sobre todas as despesas.
RESERVAS/PROVISÕES
É interessante separar alguma quantia por mês para eventuais que surgem ao longo do ano. Essa quantia pode ajudar em despesas como rescisão de contrato, aluguel e contas como a de água e luz. Sempre analise os gastos e veja se os recursos estão sendo direcionados de maneira correta. Com essa economia, é possível poupar.
EMPRÉSTIMOS
Uma pequena e média empresa muitas vezes precisa de recursos para alavancar os negócios. Mas é preciso ficar atento às condições de pagamento, como juros e taxas de administração. Sempre tente renegociar a dívida para tentar evitar mais juros.
TRAÇAR METAS
Trace objetivos. Para alcançá-los, desenvolva planos de ação. Com isso, é possível amenizar erros ou ajustar erros de rota. Com essas metas, é possível traçar um plano financeiro para ajudar na condução do negócio.
COMPRA DE SOFTWARES
Novas tecnologias estão tornando as atividades de gerenciamento muito mais rápidas, práticas e eficazes. Já existem softwares gerenciais personalizados para as necessidades de cada negócio. Com essas ferramentas, o empreendedor acompanhar em tempo real as contas a pagar e a receber, analisa a lucratividade do negócio, o andamento de notas fiscais e ainda consegue controlar estoques e acompanhar o saldo do caixa. Diversas empresas oferecem os produtos. Em média, custam entre R$ 59 e R$ 99.
Fonte: O Globo
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